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    Arquivo: Edição de 15-01-2006

    SECÇÃO: Destaque


    Foto MIGUEL BARROS
    Foto MIGUEL BARROS

    CDU aberta ao diálogo para novo Plano 2006

    Numa conferência de imprensa realizada no passado dia 9, a CDU mostrou-se disponível para ser recebida pelo Executivo da Câmara Municipal de Valongo (CMV) de modo a discutir um novo Plano e Orçamento para 2006. No entanto, os comunistas de Valongo – representados nesta conferência por Adelino Soares, Sofia de Freitas e por José Caetano - sublinharam que estarão dispostos a aprovar um novo documento caso este contenha algumas alterações essenciais e que visam a resolução de problemas de indule social, tais como o desemprego e os elevados índices de abandono escolar, enumerando em seguida aspectos de ordem ambiental que consideram importantes a ser incutidos num novo documento, dando como exemplo neste ponto a urgência da limpeza dos rios Leça e Ferreira e a reflorestação das serras que no último ano foram “vítimas” dos incêndios que assolaram grande parte do concelho. A CDU fez reçalvar a ideia de que pretende discutir estas medidas a inserir num novo Plano e Orçamento numa reunião com o Executivo da CMV, tendo o comunista Adelino Soares tecido duras críticas ao facto de até à data a autarquia não se ter disponibilizado para discutir com as forças da Oposição as alterações essenciais à elaboração de um novo documento. O PS também não ficou fora do alvo das critícas do coordenador geral da CDU/Valongo, que acusou os socialistas de oportunismo, ao quererem tirar vantagens do actual momento político que se vive na CMV, sem que, no entanto, apresentem soluções para contornar esta situação, «numa clara opção pela “política de terra queimada”, sem outro projecto que não seja o de conquistar o poder», referiu.

    A CDU relembrou ainda que o Plano e Orçamento recentemente “chumbado” pela Assembleia Municipal (AM) reflecte o modelo desastroso de desenvolvimento seguido pela autarquia valonguense ao longo dos últimos 12 anos, modelo este «que assenta no crescimento imobiliário sem critérios e com pouca preocupação para intervir em domínios essenciais como a criação de emprego, a acção social, a educação, a cultura, e o desporto». Ainda em relação ao ponto relativo ao Plano e Orçamento reprovado pela AM, a CDU opina que o documento «apresentado assenta em previsões pouco realistas e na procura desesperada de receitas, o que se traduz na aposta em mais betão e em operações no mínimo incompreensíveis como a da alienação do Edifício Dr. Faria Sampaio construído em Ermesinde ao abrigo do Programa Polis». Neste campo particular das receitas, a CDU sublinhou que ao invés de a CMV alienar parte da infraestrutura acima referida na tentativa de gerar receita, deveria antes fazer uma maior contenção de despesas, dando em seguida os exemplos do financiamento por parte da Câmara da plataforma ferroviária de Campo, e do nó de Lombelho junto ao IC24, cujos acessos já foram financiados pela CMV, quando para o comunista essa despesa deveria ser da responsabilidade da empresa concessionária.

    «AO CONTRÁRIO DO PS» CDU DEFENDE

    QUE A «CÂMARA DE VALONGO SEJA GOVERNÁVEL»

    Para José Caetano, o financiamento desta última obra deveria ser suportado pela Administração Central. Já em relação à plataforma ferroviária de Campo, Caetano refere que é legítimo a CMV renogociar os protocolos já assinados com o Governo, já que, e segundo informação do deputado municipal da CDU, uma vez que o Governo não tem cumprido com a transferência de verbas acordadas para a conclusão da obra, indo desta forma contra a Lei das Finanças Locais, a autarquia de Valongo tem todo o direito de renegociar o protocolo inicialmente celebrado. Informe-se que a construção dos acessos a esta plataforma ferroviária estão orçados em sete milhões de euros. Voltando ao ponto que diz respeito à elaboração de um novo Plano e Orçamento, a CDU afirma que é sua intenção que a CMV seja governável, pois «ao contrário do PS, que quer que a Câmara caia para dessa forma tomar de assalto o poder, nós pretendemos que a autarquia seja governável. Queremos é que o Executivo camarário nos receba a fim de serem discutidas, em reunião, as condições por nós já apresentadas de modo a que sejam inseridas num novo Plano e Orçamento. Se assim for, nos votaremos favoravelmente esse novo documento», rematou Adelino Soares.

    Por: Miguel Barros

     

     

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