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    Arquivo: Edição de 15-01-2006

    SECÇÃO: Destaque


    Fotos JORGE REGO
    Fotos JORGE REGO

    A câmara pinhole

    Pinhole é um processo alternativo de se fazer fotografia sem a necessidade do uso de equipamentos convencionais. A sua câmara artesanal pode ser construída facilmente utilizando-se materiais simples e de poucos elementos. O nome inglês Pinhole ou Pin-Hole pode ser traduzido como “buraco de agulha” por ser uma câmara fotográfica que não possui lentes, tendo apenas um pequeno furo (de agulha) que funciona como lente e diafragma fixo no lugar de uma objectiva. Também conhecida como câmara estenopeica, a pinhole é basicamente uma caixa toda fechada onde não existe luz, ou seja, uma câmara escura com (normalmente um) pequeno orifício. A diferença básica da fotografia pinhole para uma convencional está na sua óptica. A imagem produzida numa pinhole apresenta uma profundidade de campo quase infinita. Siga o exemplo abaixo indicado.

    MUITO FÁCIL...

    Fazer uma pinhole é muito fácil: só é necessário termos à mão o material necessário, que pode ser desde uma simples caixa de sapatos, latinha de coca-cola ou algo semelhante (desde que tenha tampa) como uma caixa de madeira um pouco mais trabalhada.

    foto
    O primeiro passo é transformar esta caixa numa câmara escura. Para isso é necessário escolhermos uma caixa com uma tampa que vede bem o interior da mesma. Com tinta preto-fosco (exemplo: Robbialac Sintético Fosco) pintamos o interior da câmara, inclusive a tampa. Podemos também utilizar um papel cartão preto para forrar a câmara, ao invés da tinta. O importante é mantermos a câmara realmente escura. Depois, com o auxílio de uma agulha, fazemos um pequeno buraco numa das laterais da caixa/câmara. Em alguns casos, onde a dureza do material usado para a câmara não permite um furo perfeito (que é fundamental), devemos então fazer um buraco maior e colar sobre ele um pedaço de papel alumínio ou um retalho de latinha de cerveja e neste sim, fazermos o furinho de agulha. Isto irá facilitar e melhorar o trabalho.

    É importante observarmos que o tamanho do furo deve ser o menor possível, com um diâmetro que não ultrapasse o da ponta da agulha. Isto é relevante em termos de definição focal e nitidez na imagem gerada pela pinhole. Devemos perceber que uma imagem desfocada é consequência de um furo muito grande, isso em relação ao tamanho da câmara pinhole. Quanto menor a câmara, menor deve ser o furo. Evidentemente que, para cada tipo e tamanho de câmara, haverá de ser este furo proporcional à distância focal. Considerando que para uma pequena câmara, tipo caixinha ou lata, fazemos um furo com agulha, para uma câmara de grandes proporções, podemos chegar a um furo com diâmetro de um dedo polegar. Podemos também usar tabelas de cálculo – http://www.eba. ufmg.br/cfalieri/frame.html – para conseguimos um furo no tamanho ideal e preciso. Contudo, nada se compara ao entendimento empírico, experiência artesanal e a simplicidade. Os resultados são sempre mais encantadores.

    Chamamos de plano focal a distância ideal onde a imagem é projectada com o melhor foco. No meu caso, para ser ainda mais simples, utilizei umas simples caixinhas de rolos de fotografia 35 mm (pretas). Todo o processo é muito simples mas demora o seu tempo a confeccionar pois, por exemplo, relativamente ao furo feito com a ponta da agulha, devemos ter em atenção que este não deixe rebarbas quer para o interior como para o exterior da caixa.

    Por: JORGE REGO

     

     

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