Imprensa Regional – Que Futuro?
É este o tema do Seminário a realizar na próxima sexta-feira no Fórum Cultural de Ermesinde.
Nas comemorações do 50º Aniversário de “A Voz de Ermesinde” este será o ponto mais relevante, e ilustra o nosso compromisso em reflectir sobre as temáticas que marcam a nossa actividade e a de todos os nossos pares nesta época volátil pautada por grandes questionamentos, novidades e desafios.
Nesta encruzilhada de lógicas e actuações tão diversificadas esperemos que este Seminário seja na verdade viveiro de ideias, ponto de partida para uma cooperação mais efectiva, entre pares que vivem no seu dia a dia os mesmos problemas, na perspectiva de, em conjunto, encontrarmos caminhos seguros e inovadores para o futuro da comunicação social e, em especial, para a Imprensa Regional.
É altura de nos debruçarmos sobre algumas propostas que têm surgido neste últimos tempos, trata-se de modelos de actuação junto das empresas de publicações periódicas e dos diferentes factores económicos e sociais que actuam em diversos sectores, como a internet e os jornais gratuitos.
A dúvida surge quando equacionamos se a imprensa escrita atravessa uma grave crise ou se estamos a assistir a uma alteração radical do modelo de negócio dos jornais.
Jornais como “A Voz de Ermesinde” terão de equacionar a sua existência apenas por uma lógica de mercado que se sobreponha a outras lógicas sociais e culturais, por exemplo?
Qual o papel da escola na formação de profissionais e de leitores?
Uma escola que promova a cidadania não pode alhear-se dos meios de comunicação social, é através deles que sabemos o que se passa no mundo e a escola tem de encontrar momentos e lugares onde os alunos os possam discutir.
Alguém dizia que a leitura do jornal todas as manhãs... era uma espécie de oração de todos os dias…
Mas vamos continuar a ter jornais impressos em papel ou o peso da internet, a televisão, a rádio e novos hábitos de leitura vão acabar por criar outros jornais que englobem isso tudo?
Será que se trata apenas de aplicar e desenvolver tecnologias adequadas ou teremos de fazer um outro jornalismo?
São estas questões e muitas mais que vão estar presentes neste Seminário, na esperança de encontrarmos saídas que tornem este jornal mais activo, mais participativo, que contribua para o seu crescimento e continue a registar a história desta terra e a levá-la cada vez mais longe, que continue a ser veículo de informação séria e participativa.
Temos um problema que é geral e que necessita de resolução a curto prazo: de como crescer economicamente sem vender a alma ao diabo.
Por:
Fernanda Lage
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