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Edição de 30-04-2024
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    Arquivo: Edição de 13-04-2012

    SECÇÃO: Saúde


    Formação pioneira em Portugal especializa enfermeiros em esclerose múltipla e estimula-os para a investigação

    A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, com o apoio da Novartis, acaba de lançar o I Curso de Pós-Graduação em Enfermagem na Esclerose Múltipla “Excellence in MS”. Este curso tem como objetivo aumentar a especialização e formação dos enfermeiros para a gestão dos cuidados, na promoção de autonomia e no tratamento destes doentes. O enfermeiro tem um papel crucial no processo de adaptação à doença, na gestão de sintomas, na gestão da terapêutica, cuidando do doente e família de forma individualizada.

    De acordo com Carlos Oliveira, responsável pedagógico por esta pós-graduação, esta formação pretende sobretudo reforçar o papel que os enfermeiros têm na promoção de autonomia do doente e na gestão do tratamento da EM, garantindo-lhes uma maior especialização e melhorando as duas competências, fundamental nos cuidados de saúde a prestar, no decurso de vida das pessoas com EM, bem como das suas famílias. E

    A primeira edição do curso, que arranca amanhã, dia 14 de abril, conta com a participação de 30 enfermeiros. As aulas decorrem na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e decorrem até setembro de 2013.

    Sob a coordenação científica de Luís Cunha, Fernando Henriques, João Rogério Vieira e Lívia Sousa e com a coordenação pedagógica de Carlos Oliveira e Licínio Madeira, esta pós-graduação visa o planeamento, execução e avaliação dos cuidados especializados de enfermagem à pessoa com esclerose múltipla e à sua família, o desenvolvimento de padrões de cuidados de enfermagem nesta doença e a definição de guias orientadores de boas práticas de cuidados de enfermagem. Pretende ainda desenvolver a prática da investigação em enfermagem na esclerose múltipla e intervir ativamente na formação de enfermeiros, outros profissionais de saúde e cuidadores.

    SOBRE A ESCLEROSE MÚLTIPLA

    A EM afeta cerca de cinco mil portugueses. Em todo o mundo são cerca de 2,5 milhões de pessoas com esta doença inflamatória crónica do sistema nervoso central que se manifesta em jovens adultos, entre os 20 e os 40 anos de idade, e que interfere com a capacidade do doente em controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio. As mulheres têm duas vezes mais probabilidades de desenvolver EM do que os homens.

    A EM afeta o Sistema Nervoso Central (SNC) - o cérebro e a espinal medula. Como noutras doenças auto-imunes, na EM o corpo torna-se inimigo de si próprio e confunde as células normais com intrusos. No caso da EM, ataca a mielina, uma camada de lípidos que envolve e isola as fibras nervosas do SNC, e que permite uma comunicação mais rápida entre o cérebro e as outras partes do organismo. Se a mielina for destruída ou alterada, os impulsos nervosos tornam-se mais lentos, ou não são transmitidos de todo. Quando isso acontece pode haver perda de funções como a visão ou a mobilidade.

    A EM tem um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes e das suas famílias. Cerca de 85% das pessoas com EM queixam-se de fadiga constante independentemente do seu grau de incapacidade provocado pela doença, o que interfere com a sua qualidade de vida e produtividade.

     

     

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