Chá entre mulheres socialistas
Decorreu no passado dia 12 de Março, pelas 15 horas, no restaurante do Parque Urbano, um chá organizado pelo departamento feminino do PS de Ermesinde e com a participação da Governadora Civil do Porto, Isabel Santos. Este chá, organizado por Diva Ribeiro, visava uma comemoração do Dia Internacional da Mulher (este ano coincidente com o Carnaval) e reunir as mulheres militantes do PS, incentivando-as a ter uma vida política mais activa.
|
Fotos SARA AMARAL |
Num ambiente com uma decoração bastante feminina, mas numa sala onde ainda restaram mesas, as mulheres socialistas de Ermesinde marcaram presença num chá que teve como oradoras a governadora civil do Porto, Isabel Santos e Cândida Bessa, autarca e professora.
A tarde iniciou-se com o discurso de Isabel Santos, referindo que o assunto da tarde era a sua tese de mestrado inacabada, devido «à necessidade que as mulheres têm de dividir-se e que faz com que, por vezes, tenham de deixar algo para trás». As Mulheres e a Política – o tema da tarde – foi abordado numa série de exemplos, com maior incidência em Carolina Beatriz Ângelo, primeira mulher a obter o direito ao voto no nosso país. Num âmbito mais partidário, Isabel Santos referiu que a luta dos partidos socialistas pela igualdade é mais notória, quer pela existência da agenda feminina no partido quer pelas decisões favoráveis à igualdade de género decretadas pelo PS enquanto Governo.
Recorreu também à experiência de deputada para relembrar que apenas 30% da Assembleia da República é constituída por mulheres e pondo em causa o mérito de muitos homens quando, na época do seu mandato, lhe fora dito que as mulheres deveriam merecer os lugares em S. Bento.
Colmatou com a “herança pesada” que as mulheres têm e que dificulta a subida na carreira.
INTERVENÇÃO
DE CÂNDIDA BESSA
Em seguida, Cândida Bessa, sem muito mais a acrescentar ao que antes havia sido dito, referiu sobretudo o hiato que há entre a lei e a realidade, causado pela discriminação feita pela sociedade. Sem querer “incendiar nenhum sutiã”, a autarca referiu ainda que «são os homens que fazem as listas partidárias e escolhem outros homens quase que para preservar a espécie», apontando uma das causas de poucas mulheres constarem nas listas e serem eleitas.
Por último, algumas das presentes contaram as suas histórias pessoais, merecendo o aplauso como homenagem àquelas que foram mulheres de outras gerações e que no anonimato lutaram pela igualdade.
Por:
Sara Amaral
|