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Edição de 30-09-2025
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    SECÇÃO: Destaque


    EXPOVAL - MOSTRA DO CONCELHO DE VALONGO 2025

    Uma viagem pelas logomarcas de um território recheado de tradições com futuro

    Fotos CMV
    Fotos CMV
    A edição deste ano da Expoval contou ainda com momentos de reflexão e debate, destacando-se neste ponto a Tertúlia das Logomarcas, realizada durante a tarde do dia 19 de setembro no Fórum Cultural de Ermesinde. Esta tertúlia teve como objetivo principal a partilha de conhecimentos e perspetivas sobre a importância das marcas identitárias na construção de identidade e no desenvolvimento do território do nosso concelho. A tertúlia foi desenvolvida em dois painéis – “Valongo – Serras com História” e “Valongo – Cultura e Identidade” – que contaram com a intervenção dos embaixadores para cada uma das nove marcas identitárias (ou logomarcas) do concelho: Teresa Andresen – para as Serras e Rios; Artur Sá – para as Trilobites; Domingos Loureiro – para a Ardósia; Lino Tavares Dias – para os Romanos; José Manuel Tedim – para o Santuário de Santa Rita; Olga Cavaleiro – para a Regueifa e Biscoito; Sandra Rodrigues – para o Brinquedo Tradicional Português; Manuel Pinto – para os Bugios e Mourisqueiros, e Joaquim Silva Gomes – para os Ferroviários.

    Na sessão de abertura da tertúlia, Madalena Dinis, representante do Turismo do Porto e Norte de Portugal, começou por dirigir um elogio muito sentido ao Município de Valongo pela criação das logomarcas, «uma decisão estratégica de grande visão a nosso ver. Em vez de fragmentar o território em submarcas administrativas, o Município de Valongo escolheu valorizar ativos e recursos verdadeiramente diferenciadores. Sejam eles históricos, culturais, geológicos ou gastronómicos. É uma abordagem que eu diria moderna, muito alinhada com a estratégia que o Turismo do Porto e Norte de Portugal vêm seguindo, ou seja, trabalhar a motivação do viajante, a paixão por temas concretos e não apenas as limitações geográficas», explicou, acrescentando que o viajante de hoje procura experiências que correspondam aos seus interesses pessoais. «E Valongo soube ler esta tendência e responder com clareza. Cada uma destas logomarcas é uma porta de entrada para nichos de procura muitos específicos e qualificados. Se olharmos para este conjunto (de logomarcas) percebemos que Valongo tem condições para se afirmar em importantes eixos de turismo especializados. Valongo demonstra que quando o território reconhece os seus fatores diferenciadores e os transforma em marcas vivas cria valor para todos, para a comunidade, para o visitante e para toda a região. O Turismo do Porto e o Norte de Portugal precisam exatamente desta visão, baseada em motivações, numa visão autêntica e sustentável», sublinharia mais adiante Madalena Dinis.

    Seguiram-se as intervenções de cada um dos nove embaixadores das logomarcas, sendo que de todos eles foi possível extrair que este é um território onde se cruzam emoções, curiosidades, tradições, onde existe um singular sentido de pertença e de identidade, e de recursos diferenciadores.

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    Artur Sá, por exemplo, aludiu a que Valongo é um território abençoado pela riqueza geológica que a si tem associado, e que aqui se encontra a meca das trilobites a nível nacional. Domingos Loureiro apresentou a sua perspetiva sobre a ardósia, um elemento que está presente na identidade dos valonguenses, sobretudo os de Campo e da zona do Susão, acrescentando mais adiante que através da ardósia Valongo continua a ser um laboratório para artistas e investigadores do país e não só. José Manuel Tedim destacou o riquíssimo património religioso do nosso território, destacando neste ponto o Santuário de Santa Rita, um edifício que mais do que ser um edifício religioso representa uma importância enorme ao nível da peregrinação. Lino Tavares Dias referiu-se ao nosso território como único, onde se dá o casamento do trabalho do homem com a natureza que vem do tempo da presença dos Romanos, que aqui tiveram uma intervenção fortíssima, fazendo com que hoje Valongo tenha dado um salto enorme na investigação nacional e internacional no campo arqueológico, nas palavras deste professor/investigador.

    Em suma, e ao longo de mais de quatro horas, pudemos viajar no espaço e no tempo e descobrir uma terra outrora coberta por mar; abundante em trilobites; com um solo tão rico que atraiu os romanos; onde prolifera uma pedra escura e fina (ardósia) que chega a todo o Mundo; onde “sentimos” o sabor e o cheiro do biscoito e a textura da regueifa quente; onde emergimos na festa de S. João de Sobrado; onde nos deliciamos com a magia do brinquedo tradicional português; onde nos entroncamos com as origens e destinos da ferrovia; e onde fomos abençoados por Santa Rita; tudo isto no meio de muitos quilómetros de serras e natureza que nos convidam a grandes aventuras.

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