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No Café Majestic
Símbolo de Arte Nova da Cidade do Porto, ilustre palco de muitos factos e encontros.
Edificado pelo Arquiteto João Queiroz e inaugurado em 17-12-1922 com o nome Elite, mais tarde alterado para Majestic, por influência da cultura Parisiense. Visitado por grandes nomes, tais como, José Régio, Teixeira de Pascoais, Gago Coutinho, Beatriz Costa, Júlio Resende, etc.
O seu ambiente rico e chique atraía a “nata da cidade”, arquitetos, escritores, filósofos, médicos, artistas, com suas tertúlias e debates. Na época considerado o principal motor no conhecimento da Historia do Porto. A glamorosa decoração que orgulhosamente se mantém nos nossos dias atraía e atrai quem lá passa. Apenas o lamento profundo, pelo facto de os habitantes da cidade não terem o privilégio de viver toda aquela beleza do seu interior, dada a avalanche de turistas e os preços exorbitantes de agora.
Sou uma privilegiada visitei-o vezes sem conta, permitindo-me experiências emotivas, além de confraternizações com família e amigos.
Passo a relatar um episódio de há vários anos atrás.
Encontrava-me sentada, perto da porta da entrada do Café, quando reparei que na mesa ao lado, sentou-se um casal com uma criança. A julgar pela idade talvez um neto. Falam uma língua estrangeira, não identificável, mais antiga e vigorosa que a nossa? Dei conta da perplexidade ao ouvir um monólogo. O homem falava em catadupa, gesticulando, não dando qualquer
(...)
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Por:
Eugénia Ascensão
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