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REFLEXÕES SOBRE ERMESINDE (5)
“Ermosindi”, “Hermisende ”, “Ermesende ”, “Ermezinde”, “Ermesinde” (parte 2)
Conforme, já tínhamos afirmado, o topónimo Ermesinde tem origem germânica. Etimologicamente, “Ermezinde” significa “caminho íngreme”. Na sequência do que vimos a analisar sobre o nome da nossa terra, e de onde virá o seu nome. Sabemos que a origem é muto antiga, mas de onde virá? Depois de termos verificado no jornal anterior, que não terá origem na outra língua de outro povo de origem germânico que passou por aqui, o povo “celta”. Será que é de origem: Sueva?
Tendo consultado vários autores locais, todos afirmando a sua natureza germânica, mas não consegui discernir uma opinião concreta sobre este assunto e a sua origem efetiva, no entanto, vi afirmações de M. Carvalho, em seu blog “beladermesinde” de que é de facto uma palavra de origem sueva, não dando uma explicação de como chegou a essa conclusão, dizendo apenas que, “Sobre a origem do nome “Ermesinde” ou “Caminho Forte”, terá sido o nome que os Suevos, quando por volta do século V ocupando território então romano, deram à via entre o Porto e Guimarães.”
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Sendo assim, vamos tentar chegar a algumas conclusões, e para isso, comecemos com um enquadramento histórico. Como vimos no mapa, nas reflexões do jornal anterior, em cerca de 300 a. C. era assim a disposição dos povos existentes na Península Ibérica. A conquista romana da Península Ibérica iniciou-se no contexto da Segunda Guerra Púnica (218−201 a.C.), quando as legiões romanas, sob o comando do cônsul Cneu Cornélio Cipião Calvo, para ali se movimentaram taticamente, a fim de atacar pela retaguarda os domínios de Cartago na região. A partir desta altura foi uma completa romanização da Península, fazendo a sua organização territorial, em divisões provinciais e administrativas, no ano de 330, pelo Imperador Constantino, Magno, nas seguintes províncias, Tarraconense, com capital em Tarragona, Cartagenense, com capital em Cartagena, depois em Toledo, Bética, com capital em Sevilha, Lusitânia, com capital em Mérida e a Galécia, com capital em Braga.
Pelo século V o império entra em colapso, e após uma estadia de cerca de mais de 600 anos na Península, e sem olharmos aos pormenores, constatamos a invasão da Península no ano 409, pelos bárbaros (Alanos, os Vândalos e os Suevos ).
«Os Alanos, os Vândalos e os Suevos penetraram nas Espanhas no ano de 447 da nossa era. Para uns, terá sido no dia 4 das calendas, para outros, a três dos idos de Outubro, terça-feira, sob o oitavo consulado de Honório e o terceiro de Teodósio, filho de Arcádio.», extrato da Crónica, de Idácio.
Após várias movimentações, dentro da Península, pois todos eram povos guerreiros, e por várias vezes os romanos chamaram os Visigodos (como soldados do Império) para reporem a ordem.
Enquanto os Vândalos e os Alanos se estabeleceram no centro e sul da Península. Após pedido do imperador, e para repor a ordem na Península, as tropas imperiais e mercenários visigodos começaram a acossar os Alanos e os Vândalos, pelo que após essas investidas, estes acabaram por passar a África em 429, comandados pelo rei vândalo Geiserico ou Genserico (427-477), indo auxiliar o conde Bonifácio que se rebelara contra Roma. Não sem antes deixarem a sua marca na península, pois segundo Reinhardt Dozy, investigador holandês do Islão, a palavra al-Andalus estaria relacionada ao vocábulo
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Por:
Carlos Marques
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