DIA MUNDIAL DO TEATRO EM ERMESINDE
“O Pai do Gigante” assinalou o Dia Mundial do Teatro
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Fotos RUI LAIGINHA |
Um pouco por todo o país comemorou-se a 27 de Março último o Dia Mundial do Teatro.
Uma data a que a cidade de Ermesinde não se quis alhear, tendo por isso o Fórum Cultural local sido o palco escolhido para a exibição da peça “O Pai do Gigante”, uma criação de Júnior Sampaio, do ENTREtanto Teatro de Valongo. Um espectáculo que girou em torno de duas personagens, um português e um brasileiro, que se encontraram numa jangada feita de restos, de pedaços de uma história luso-brasileira, uma história que começou há mais de 500 anos atrás com a descoberta de “terras de Vera Cruz” (nome este pelo qual era conhecido na altura o Brasil), uma jangada de discussões, querelas que vão sendo contadas, comparadas, partilhadas e vividas no meio de um oceano de risos, confusões, e delírios.
No fundo, “O Pai do Gigante” foi o desfilar de um sem-número de histórias, tradições, costumes, que marcaram, e marcam, dois povos, dois países, que se auto-denominam de irmãos, como é o caso de Portugal e Brasil.
De salientar ainda que esta peça foi produzida conjuntamente pelo ENTREtanto Teatro e a Prefeitura Municipal de Salgueiro, do Brasil. A criação do texto de “O Pai do Gigante” teve início na Oficina de Escrita Teatral realizada no ENTREtanto MIT (Mostra Internacional de Teatro) Valongo 2005, coordenada por Júnior Sampaio e Roberto Athayde, e orientada em terras brasileiras pelo dramaturgo português Hélder Costa juntamente com o actor brasileiro Vavá Paulino, ao passo que no nosso país foi orientada pelo dramaturgo brasileiro Roberto Athayde juntamente com o actor português Hugo Sousa. Uma Oficina de Escrita Teatral em que participaram um total de vinte formandos, sendo que dez deles o fizeram em Valongo e os outros dez em Salgueiro. Formandos estes que desenvolveram os textos desta peça a partir do tema “Passado, Presente e Futuro: Portugal e Brasil”. Uma última palavra para sublinhar a presença de um considerável número de público que acorreu ao Fórum Cultural de Ermesinde para visionar esta peça, sinal claro de que a arte de representar é cada vez mais apreciada entre a nossa população.
Por:
Miguel Barros
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