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Edição de 31-07-2025
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  • Jornal Online

    SECÇÃO: Desporto


    ENTREVISTA COM O NOVO PRESIDENTE DO ERMESINDE 1936, PEDRO CUNHA

    «Queremos envolver muitíssimo o clube na vida da cidade, das pessoas e das coletividades locais»

    Pedro Cunha é o novo presidente do Ermesinde Sport Clube 1936. Poucos dias após ter tomado posse o dirigente recebeu-nos no seu gabinete de trabalho no Estádio de Sonhos, onde nos deu a conhecer alguns dos projetos que pretende implementar num clube que aprendeu a amar desde tenra idade. Criar um espírito de união entre toda a família ermesindista e envolver o clube na vida da cidade para que esta se aproxime do emblema das argolas são metas que Pedro Cunha pretende alcançar ao longo do seu mandato.

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    A Voz de Ermesinde (AVE): O Ermesinde tem uma mística muito particular, como diz o hino: é o “clube das multidões”. Nesse sentido o que significa para si ser presidente deste emblema e como encara esta missão?

    Pedro Cunha (PC): Efetivamente é uma missão de grande responsabilidade. Primeiro porque o Ermesinde é um clube que me diz imenso, eu sou um homem da terra, nasci aqui há 55 anos, com a minha família, quer da parte do pai quer da parte da mãe, também natural daqui. O meu pai fez parte de órgãos sociais do Ermesinde na década de 60, e toda a minha vida foi construída nesta terra, tenho, inclusive, aqui a minha empresa, e, portanto, sendo este o clube da terra foi sempre um clube que carreguei no coração. Fui também aqui atleta, no futebol, durante 6 épocas, e estive também ligado ao Ermesinde como treinador das camadas jovens. E estando aqui como treinador as pessoas que me rodeavam foram-me criando desafios, sendo que no último mandato do Rui Fernandes Almeida fui convidado por ele para ser vice-presidente da sua direção e ficar com a responsabilidade da formação. Depois, e também pela indisponibilidade que o próprio Rui foi demonstrando em continuar, foi-se desenvolvendo uma vontade de ir mais além, porque não me teria candidatado se ele quisesse continuar, não faria sentido que o fizesse, até pela fidelidade e consideração que tenho por ele. Mas a partir do momento em que o Rui assumiu numa reunião de direção que não queria continuar, alegando motivos pessoais, abriu-se ali uma porta para se criar uma possível continuidade da minha parte. Não lhe vou mentir e dizer que no início era algo que eu iria abraçar logo naquele momento, até pela própria responsabilidade que isto acarreta, mas o amor pelo clube falou mais alto e depois também havia um grupo de pessoas que me rodeavam, que eram os meus braços direitos, que também me incentivaram a avançar. A partir daí assumi que iria candidatar-me à presidência do clube. Tinha algumas premissas que para mim eram fundamentais, desde logo criar uma estrutura de gente válida, trabalhadora, apaixonada e dedicada ao Ermesinde. Consegui reunir essas pessoas, algumas que se mantiveram da direção anterior, outras novas, porque entendi que era importante haver sangue novo para fazer algum refresh na direção. A minha missão nunca seria possível se eu não tivesse ao meu lado uma equipa de pessoas válidas, que sei que me são fieis, e por isso tenho para com elas uma gratidão muito grande. Quer a nível do Conselho Fiscal (CF), quer ao nível da Assembleia Geral (AG), quer a nível da própria direção, consegui reunir um grupo de pessoas que considero muito úteis e que são todos os meus braços direitos. Uma das minhas grandes missões é criar aqui um espírito de unidade entre todos, não só entre a direção, o CF e AG, mas uma unidade com todo o clube, desde os sócios, simpatizantes, claque, atletas, pais de atletas. Porque sabemos que num clube desta dimensão, o qual abarca muita gente, com centenas e centenas de pessoas, entre pais, atletas, simpatizantes, claque, sócios, há sempre polos díspares que nem sempre estão de acordo uns com os outros. E eu entendo que no caminho de um clube grandioso como é o Ermesinde tem de haver esta unidade, caso contrário o caminho torna-se mais difícil. E também porque é assim que eu sempre estive na vida entendo que as pessoas têm de estar agregadas, têm de ser acarinhadas, têm de estar connosco, porque todas são válidas.

    AVE: E à cidade, que mensagem gostaria de transmitir neste novo ciclo de liderança do clube?

    PC: Eu tive o cuidado de criar um programa eleitoral onde elenquei 24 pontos e um dos pontos que mais incidi foi exatamente na questão da cidade. Eu sinto, e não por culpa de alguém em particular, que nos últimos anos notou-se que, se calhar, o clube e a cidade ficaram um pouco afastados. Há pessoas que não têm porventura a noção da grandeza do Ermesinde, não têm a noção da mística que o clube tem, mas isto não foi culpa da cidade, se calhar foi culpa nossa, do clube, que não soube aproximar-se à cidade. E por isso, um dos pontos que coloquei no meu programa eleitoral foi de que nós temos de fazer um caminho de ir ao encontro da cidade. Temos de nos aproximar desta para que esta se aproxime de nós. Nesse sentido, tenho um conjunto de iniciativas que pretendo desenvolver, como levar os nossos atletas até à comunidade, estar envolvidos com, por exemplo, a Associação Académica e Cultural de Ermesinde, com os bombeiros, com o Centro Social, fazer algumas iniciativas urbanas com a nossa formação e os nossos seniores. Portanto, uma série de ações que vamos querer desenvolver ao longo de todo o ano, criando a tal proximidade do clube, dos nossos atletas, para com a cidade, para que as pessoas olhem para o Ermesinde não só como um clube de futebol, mas como uma coletividade integradora e social que quer estar próximo das pessoas, próximo de quem precisa, próximo de ações humanitárias. Como sabe, o grosso dos nossos atletas são da formação, e formar também é mostrar aos nossos atletas que na cidade também há entidades e coletividades que precisam do nosso apoio. Queremos dinamizar a vertente social do clube. Queremos envolver muitíssimo o clube na vida da cidade, das pessoas e das coletividades locais.

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    AVE:… Talvez dessa forma o vosso número de associados possa ser engrossado (?)

    PC: Sim, também. Um dos grandes objetivos será engrossar significativamente o número se sócios, e vamos criar algumas iniciativas e dinâmicas para que isso possa acontecer. Se vir o primeiro ponto do meu programa eleitoral ele fala precisamente nos associados. Para mim sempre me fez muita confusão como é que numa cidade com 40.000 habitantes o clube não chega a 200 sócios pagantes. Não faz sentido. A culpa é do clube, como disse antes, porque se calhar não criámos as dinâmicas necessárias para fomentar esta agregação de sócios. E, portanto, chegou o momento de o clube ir à cidade para que esta se sinta envolvida, acarinhada e agregada ao próprio Ermesinde. Essa é de facto uma das grandes missões que tenho no meu mandato.

    AVE: Como já referiu antes, o senhor fez parte da direção liderada pelo Rui Fernandes Almeida, como vice-presidente, mas, por certo, tem a sua forma de liderar, e acima de tudo tem as suas próprias ideias…

    PC: Já falei atrás um pouco das ideias que pretendo implementar. Essencialmente, a minha forma de estar no clube será muito semelhante à minha forma de estar na vida e no meio profissional. Eu sou um homem das pessoas, e quero ser visto como um presidente de proximidade, um presidente de abraços, um presidente da gratidão, um presidente da envolvência. Eu acho que as pessoas precisam de se sentirem apoiadas, agregadas, envolvidas, acarinhadas para podermos estar todos unidos. Esta é a minha forma de estar na vida. E sendo eu um homem que gosta de pessoas, de ligações humanas, um dos meus grandes objetivos é de facto abrir o clube às pessoas e não deixar ninguém de fora do Ermesinde. Ninguém pode ser excluído dos objetivos do clube.

    AVE: Noutro ponto do seu programa eleitoral o senhor fala em valorizar o património do clube. O que quis dizer em concreto com isso?

    PC: Na minha tomada de posse eu dizia que o Ermesinde é um bocadinho o baluarte da cidade, é o clube que carrega o nome da cidade e que tem muita história. Pode ver aqui muitos troféus, mas quando falo em património não me refiro só a coisas/objetos, mas sobretudo às pessoas. E volto outra vez a falar nas pessoas porque eu sou um homem de pessoas. Queremos trazer para aqui velhas glórias, pessoas que ajudaram a escrever a história deste clube. Por isso, quando falo em enriquecer, ou valorizar, o património do clube refiro-me essencialmente às pessoas, quero dar-lhes destaque. Fazer regressar as velhas glórias que estão vivas e para os que já partiram criar algumas iniciativas para relembrá-los. Eu gostaria, aliás, de destacar um elemento que me marcou muito, e que foi para mim talvez das pessoas mais importantes que existiu neste clube, que foi o senhor

    (...)

    leia esta entrevista na íntegra na edição impressa.

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