Ermesinde celebrou 35 anos como cidade com homenagem a personalidades e instituições locais
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Fotos CMV |
No passado dia 13 de julho, a cidade de Ermesinde assinalou o seu 35.º aniversário com uma sessão solene carregada de simbolismo, emoção e reconhecimento. Aconteceu no anfiteatro do Parque Urbano, ao ar livre, tendo sido entregues as Medalhas de Honra e de Mérito da cidade a mais de 20 personalidades e instituições que, ao longo das últimas décadas, se distinguiram pelo seu contributo para o desenvolvimento social, cultural, desportivo e cívico da freguesia.
Para além do presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde (JFE), Miguel de Oliveira e de grande parte do seu executivo, estiveram presentes o presidente da Assembleia de Freguesia de Ermesinde, Josué Morais, o vice-presidente da Câmara Municipal de Valongo (CMV), Paulo Esteves Ferreira, a vereadora, Ana Maria Rodrigues, alguns deputados da Assembleia Municipal e eleitos da Assembleia de Freguesia de Ermesinde (AFE), o provedor do munícipe, João Morgado, a presidente da Associação das Coletividades do Concelho de Valongo, Joana Fitas, presidentes e elementos das mais diversas associações da nossa Freguesia, nomeadamente da Associação Académica e Cultural de Ermesinde (AACE), da Agorárte, do Rotary Clube de Ermesinde, do Ermesinde Sport Clube 1936, o Chefe Coordenador da PSP, elementos do Corpo Nacional de Escutas de Ermesinde, os membros da Comissão de Atribuição de Títulos Honoríficos, Homenageados e suas famílias, entre outros.
Os momentos musicais, no início, meio e fim, estiveram a cargo de grupos corais da AACE, do Grupo de Danças Tradicionais da Universidade Sénior e de Tozé Santos, conhecido vocalista da banda Perfume. A cerimónia, muito bem delineada, foi toda ela conduzida pelo jornalista Ricardo Couto, do Porto Canal e teve como ponto alto a entrega das distinções honoríficas, decididas pela Comissão escolhida pela AFE, composta por representantes de todas as forças políticas com assento naquele órgão autárquico. Esta escolha plural garantiu a representatividade e o consenso nas homenagens atribuídas.
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MOMENTO EM QUE A VOZ DE ERMESINDE É DISTINGUIDA COM A MEDALHA DE HONRA |
A VOZ DE ERMESINDE ENTRE OS DISTINGUIDOS COM A MEDALHA DE HONRA
A mais alta distinção da cidade, a Medalha de Honra, foi atribuída a várias figuras marcantes da vida ermesindense. Foram agraciados: Amadeu Vilar, Luciano Moura, Monsenhor Miguel Sampaio, Alberto Delgado, Manuel Conceição Pereira, Domingos Ferreira dos Santos, Frei Lourenço da Silva e António Bastos, todos eles a título póstumo; e ainda Casimiro Gonçalves, Joaquim Santos, Jacinto Soares e Manuel Dias. Com medalha de Honra foram distinguidas também as seguintes entidades: “Escuteiros 007”, “Casa do Povo” e “A Voz de Ermesinde”.
MEDALHAS DE MÉRITO
Foram também atribuídas Medalhas de Mérito, nas categorias Desportiva e Cultural, distinguindo cidadãos que se notabilizaram nestas áreas. Com Medalha de Mérito Desportivo foram reconhecidos Manuel Vilaça, Agostinho Pinto e Victor Iturriza. Com Medalha de Mérito Cultural, Serafim “Mechas”, António Pereira Carmo (a título póstumo), Tia Laurinda das Caixas (Laurinda Valentim, a título póstumo) e Cristina Rodrigues.
Estas distinções celebraram percursos de vida dedicados à comunidade, à solidariedade, à cultura e à promoção do bem comum. A cerimónia decorreu num ambiente de grande elevação, com momentos de emoção visíveis em muitos dos homenageados, familiares e representantes das instituições. As medalhas entregues representam o reconhecimento público de décadas de dedicação à causa pública, ao associativismo e à identidade de Ermesinde. No final, usou da palavra o vice-presidente da CMV, Paulo Esteves Ferreira, para felicitar Ermesinde pelos seus 35 anos de elevação a cidade e recordar algumas das intervenções mais significativas realizadas recentemente pela autarquia, destacando, entre elas, a construção da Oficina das Artes e a aquisição da Casa do Cônsul, destinada a acolher o futuro Museu de Ermesinde.
O presidente da JFE, Miguel de Oliveira, no seu discurso de encerramento, disse que apesar de Ermesinde celebrar naquele preciso dia, 35 anos de cidade (desde 13 de julho de 1990), essa categoria já «o seu coração tinha muito antes de a lei o reconhecer». Nascida como nó ferroviário no cruzamento das linhas do Minho e do Douro, cresceu com os comboios e com o Rio Leça – “o ferro da linha e a água do Leça” –, abastecendo vida e trabalho às fábricas de teares, serralharias e oficinas que moldaram o seu tecido urbano. Mais do que edifícios, foram as pessoas – operários, professores, comerciantes e famílias diversas – que construíram uma comunidade resiliente, guiada pela fé em Santa Rita e por romarias em honra de São Lourenço. Com o título de cidade, Ermesinde consolidou-se como centro metropolitano: escolas, comércio, cultura e desporto floresceram. Hoje, homenageámos cidadãos cuja dedicação se traduz em medalhas de reconhecimento. Mas, acima de tudo, celebramos a nossa identidade – “cidade casa” de raízes industriais, memórias ferroviárias e futuro partilhado.
No fim cantaram-se os “Parabéns a Você” à cidade de Ermesinde, houve bolo e champanhe para todos.
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