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    Arquivo: Edição de 31-12-2020

    SECÇÃO: Editorial


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    Hora de Balanço

    O ano de 2020 que hoje termina fica tragicamente marcado pela pandemia Covid19, que é oficialmente responsável, até ao momento a que respeitam os dados que abaixo se publicam (26 de dezembro; fonte: https://www.worldlifeexpectancy.com/selected-deaths-vs-covid-19-world), pela morte de mais de 1,8 milhões de pessoas no Planeta.

    A pandemia que estamos a viver foi precedida de outras, mas aquela que provocou maior número de mortos, a seguir à Peste Negra de finais do século XIV, foi a que a Humanidade conheceu há cerca de um século – a Pneumónica de 1918-19, que terá matado, segundo alguns estudos, uma em cada três pessoas na população mundial, ou seja, foi muito mais mortífera do que as duas guerras mundiais, do século XX, juntas. Portugal, que também esteve envolvido na 1.ª Guerra Mundial (na África portuguesa e em França), conheceu um ano de 1918 muito atípico: para além da Guerra, foi a convulsão política da chamada “República Nova” protagonizada por Sidónio Pais. Mas voltando à Pneumónica, ela é considerada responsável pela morte de pelo menos 2% da população portuguesa, tendo estado na origem de uma situação verdadeiramente caótica nos serviços da assistência médica do país. Há quem fale em 50 mil mortos, mas há estudos que apontam para o dobro.

    Para que a memória da atual pandemia se não perca, ficam, em fim de ano, e ao jeito de balanço, alguns números, a nível global e a nível de países, respeitantes aos infetados e aos mortos, indicando entre parêntesis, a seguir ao nome do país o número total dos seus habitantes para que os leitores possam fazer as suas próprias deduções quanto à gravidade da pandemia para esses mesmos países.

    Assim, no Mundo (que tem 7,8 mil milhões), a Covid19 é a 6.ª causa de morte, com quase 1,8 milhões de mortos, em mais de 80 milhões de infetados.

    A nível de países, a Covid19 é a 1.ª causa de morte: no Brasil (211 milhões), com quase 340 mil mortos (em quase 20 milhões de infetados); na França (67 milhões), com mais de 60 mil mortos (em mais de 2,5 milhões de infetados); na Bélgica (11 milhões), com mais de 19 mil mortos (em mais de 600 mil infetados); e no México (123 milhões), com mais de 120 mil mortos (em mais de 1,3 milhões de infetados). É a 2.ª causa de morte: nos EUA (325 milhões), com mais de 190 mil mortos (em quase 7,5 milhões de infetados); na Espanha (46 milhões), com quase 50 mil mortos (em quase 2 milhões de infetados); e na Itália (60 milhões), com mais de 70 mil mortos (em mais de 2 milhões de infetados). É a 3.ª causa de morte: no Reino Unido (63 milhões), com mais de 70 mil mortos (em mais de 2,2 milhões de infetados); e na Suíça (8,5 milhões), com mais de 8 mil mortos (em quase 400 mil infetados). É a 4.ª causa de morte: na Holanda (17 milhões), com quase 11 mil mortos (em mais de 750 mil infetados) e em Portugal (10 milhões), com mais de 6 mil e 500 mortos (em quase 400 mil infetados). É a 5.ª causa de morte na Rússia (144 milhões), com pouco mais de 54 mil mortos (em mais de 3 milhões de infetados. É a 6.ª causa de morte na Alemanha (82 milhões), com mais de 30 mil mortos (em mais de 1,6 milhões de infetados). Curiosamente, no Oriente, onde parece ter começado, os dados, a serem verdadeiros, são mais suaves: na China (1394 milhões), apenas 4634 mortos, em quase 87 mil infetados; no Japão (126 milhões), pouco mais de 3 mil mortos, em pouco mais de 200 mil infetados; na Indonésia (260 milhões), quase 21 mil mortos, em pouco mais de 700 mil infetados e na Índia (1281 milhões), pouco mais de 147 mil mortos, em mais de 10 milhões de infetados.

    Queremos acreditar que a Covid19 ficará, em número de vítimas mortais, muito aquém das outras pandemias acima referidas, até porque a vacinação já começou e há fundamentadas esperanças de que pode travar de vez a vaga assassina desta pandemia.

    Por: Manuel Augusto Dias

     

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