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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 20-09-2009

    SECÇÃO: Editorial


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    Votar é escolher o melhor entre os disponíveis…

    Estamos na recta final da campanha eleitoral para as Legislativas, cada partido tenta cativar mais um indeciso, esta semana é crucial, todos os partidos disparam em todas as direcções, a demagogia atinge o auge, é uma fase divertida para os analistas com humor mas muito pouco esclarecedora, diria mesmo, confusa para quem ainda não se decidiu. As conversas passam a discussões, normalmente sem nexo, rondando a trica e uma grande dose “clubista”. Talvez por isso haja uma certa unanimidade em relação à pré-campanha, considerada por uma grande maioria como mais esclarecedora do que a própria campanha. A introdução do humor transformou os intervenientes em personagens mais humanas, o que não quer dizer verdadeiras, mas a brincar a brincar lá se foram dizendo as verdades…

    Um aspecto muito curioso foram as audiências, afinal os portugueses interessam-se pela política e não só por futebol!...

    A idade ensina-nos a treinar a procura do silêncio, um certo distanciamento que não significa de modo algum desinteresse, antes pelo contrário, aprendemos a não cair no discurso fácil e habituamo-nos a ser críticos em relação ao mundo que nos rodeia, reconhecendo os erros numa perspectiva construtiva.

    Quanto ao sentir das campanhas na nossa terra sem dúvida que a maioria anda muito preocupada com as Autárquicas, é natural sentirmos os problemas mais de perto, mas a eleição duma Assembleia da Republica e a formação de um Governo não pode passar para segundo plano. Quando o Grande Porto se preparava para receber os cabeças-de-lista dos principais partidos, na nossa terra continuávamos muito empenhados com a campanha para as Autárquicas. A proximidade de tempo entre as duas campanhas é capaz de ser pequena e quebrar a unidade necessária para as Legislativas, esperemos que não.

    Este ano vão ainda realizar--se eleições para o Centro Social de Ermesinde, uma IPSS de grande prestígio na nossa terra e tão importante e significativa nos tempos que vão correndo, IPSS referidas por vários partidos políticos, será bom não as esquecer neste momento, o País precisa das IPSS mas elas não conseguem sobreviver sem a ajuda do Estado, um Estado que tenha como prioridade a defesa de uma política social.

    A proximidade entre as diferentes eleições não deve de modo algum criar divergências que comprometam o bom funcionamento das instituições que se regem por princípios de solidariedade social, independentemente dos partidos políticos e de credos religiosos.

    Também este jornal, propriedade do Centro Social de Ermesinde, se tem pautado por essa independência, lutando por uma informação imparcial em termos dos poderes instituídos, mas regendo-se por princípios de solidariedade, combatendo a desigualdade e contribuindo para o enriquecimento cultural e informativo do que de relevo se vai passando na nossa terra.

    No meio de tanta incerteza resta-nos o silêncio dos poetas, os seus conselhos e a força que nos momentos de desânimo nos aconchegam: «A vida é demasiado preciosa para ser esbanjada num mundo desencantado» (citação de um protagonista do romance “Jesusalém”, de Mia Couto).

    É por isso que procuro e luto por um mundo que não me desencante, mas cada vez é mais difícil…

     

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