 |
Fotos URSULA ZANGGER |
As texturas e asperezas de Inês Lousinha
Encerrou hoje, na Galeria de Exposições do Fórum Cultural de Ermesinde a mostra de instalação//desenho que Inês Lousinha teve patente ao público desde o passado dia 4 de Agosto.
Trabalho no fio da navalha, pintura a branco, onde as vibrações da tela vivem de rugosidades, de subtis variações, de texturas mal vislumbradas, o trabalho desta artista exposto em Ermesinde faz lembrar o de Penélope à espera de Ulisses, urdindo e voltando a urdir, paciente, incansavelmente.
De resto a insolência da autora não está patente apenas nas declinações do branco que vai apresentando. Outro exemplo é dado por uma forca cuja base está ensopada de vermelho.
O brasileiro Paulo Reis, crítico de arte refere: «A forca de Inês Lousinha situa-se no terreno da violência denunciada por Marina Abramovic, na radical performance “Clear the House”, na Bienal de Veneza de 1995, e como tal é o palco para o teatro do horror, mas é preciso que cada um ocupe seu lugar».
Por:
LC
|