Arquivo: Edição de 30-04-2006
SECÇÃO:
Cultura
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Mostra de teatro amador
Peripécias da Padeira de Aljubarrota recordadas pela Ribalta da ESE
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Fotos RUI LAIGINHA |
Lembram-se da popular personagem da História nacional Brites de Almeida? Hum... se calhar para muitos dos leitores menos familiriarizados com as questões da História este nome não diz absolutamente nada, mas se lhe dissermos que se trata da famosa, e temida (que o digam os espanhóis) Padeira de Aljubarrota aí certamente que todos reconhecem a figura, não? Pois bem, a 21 de Abril último no Centro Cultural de Campo esta personagem foi teatralmente recordada pelo grupo de teatro Ribalta da Escola Secundária de Ermesinde (ESE).
Intitulada de “A Padeira de Aljubarrota - Matou sete de uma vez, além dos que já tinha liquidado antes”, esta peça foi integrada na Mostra de Teatro Amador do concelho de Valongo, tendo sido levada à cena por um grupo de onze e promissores jovens actores do já citado grupo de teatro, grupo este que já nos habituou (nos últimos tempos) a espectáculos de muita agitação – no bom sentido – e sobretudo de muita diversão.
Sob a encenação de Virgínia Carvalho e de Pedro António Soares a peça retratou de uma forma cómica e deveras criativa a vida da histórica personagem, desde o momento em que nasceu até aos dias em que se tornou padeira. Um percurso longo e cheio de estórias, de aventuras e desventuras, de grandes e divertidas peripécias vividas pela valente Brites de Almeida, uma “mulher de armas”, como se costuma dizer, uma mulher sempre pronta a distribuir uns valentes socos sempre que para tal era – e quando não era também – chamada.
Em suma, os jovens actores da Ribalta da ESE conseguiram na perfeição reconstruir este episódio que ficou gravado na História lusitana. Uma reconstrução assente no estilo Commédia D’ell Arte, um estilo de teatro cómico que vive do ridículo social que se define por marcas, produtos e atitudes, um estilo que segundo os elementos da Ribalta... toca no coração de todos. E assim foi...
Por:
Miguel Barros
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