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Edição de 31-03-2025
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    Arquivo: Edição de 30-09-2023

    SECÇÃO: Ciência


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    O grande combate aos resíduos marinhos

    Com o regresso neste mês de setembro voltamos a um tema cada vez mais importante no nosso planeta, o combate aos resíduos, mais particularmente aos marinhos.

    Este tipo de resíduos é um problema global que afeta, infelizmente, todos os oceanos da Terra. Estima-se que, por ano, cerca de 8 milhões de toneladas de plástico sejam despejadas no mar, o que tem um impacto devastador na vida marítima e no meio ambiente.

    Os plásticos são materiais resistentes e de longa duração, o que os torna um problema sério. Ainda hoje não sabemos quanto tempo demoram os plásticos a degradarem-se na natureza. Quando chegam ao mar, os plásticos podem ser ingeridos por animais, que podem morrer por asfixia ou intoxicação. Também podem ser transportados pelas correntes marítimas, acumulando-se em áreas específicas, como as grandes manchas de lixo do oceano Pacífico. Na realidade, a quantidade de resíduos de plástico neste oceano é de tal forma grande que existe a já denominada Ilha de Plástico do Oceano Pacífico. Esta ilha é uma grande massa de resíduos de plásticos flutuantes que se acumula no Pacífico Norte, entre a Califórnia e o Havai. Estima-se que a ilha tenha três vezes o tamanho da França, cerca de 1,6 milhões de km2, e a quantidade de plástico aumenta exponencialmente a cada ano. Esta ilha é formada por resíduos plásticos que são transportados pelas correntes marítimas e que se acumulam naquela região. Os plásticos são libertados no oceano por diversas fontes, incluindo navios de carga, barcos de pesca e através dos continentes.

    Além dos impactos na vida marinha, os plásticos também podem poluir os oceanos, contaminando a água e os seus sedimentos. Os microplásticos, por exemplo, tema já focado aqui neste espaço de ciência, são partículas de plástico de tamanho inferior a 5 milímetros, que podem ser ingeridas por animais e seres humanos, causando danos à saúde. Desta forma, segundo os novos dados disponíveis, a causa de morte por consumo de plástico aumenta cada vez mais nos animais marítimos. Estima-se que, por ano, cerca de 1 milhão de aves marítimas morram por ingerir plástico. Outros animais aquáticos, como tartarugas, cetáceos e peixes, também podem ser afetados pelo consumo de plástico.

    Devemos, assim, estar atentos e tentar combater este problema na sua origem, havendo medidas que se devem tomar, tais como: Reduzir o consumo de plástico - evitar o uso de sacos, copos e outros utensílios de plástico descartáveis; Reciclar e reutilizar plásticos - sempre que possível, reciclar e, mais importante, reutilizar os plásticos; Perceber o problema: sensibilizar a população sobre os impactos dos resíduos no nosso planeta; Investir na limpeza dos oceanos: investir em programas de limpeza dos mares e oceanos para remover os resíduos que já se acumularam ao longo do tempo.

    Como aqui explicado, o problema dos resíduos é grave e está a afetar os nossos oceanos de uma forma irrecuperável. Temos que começar a olhar pelos nossos oceanos durante todo o ano e não apenas nos meses de verão quando nos apetece dar um mergulho na praia e, muito importante, precisamos da ajuda de todos!

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    «Especialistas da Universidade de Coimbra rumam ao Japão para combater lixo marinho através de drones e IA

    A FCTUC vai rumar ao Japão para apoiar o combate ao lixo marinho através de drones e inteligência artificial (IA) desenvolvidos no projeto UAS4Litter.

    As diretrizes relativas à monitorização do lixo marinho nas praias da costa japonesa serão debatidas por um grupo de peritos internacionais já na próxima semana, nos dias 11 e 12 de setembro, numa reunião organizada pelo Ministério do Ambiente do Japão (MOEJ), em Tóquio.

    Esta já é a segunda reunião que junta o grupo Smart Marine Litter Remote Sensing Technology (SmartMLRST) e tem como propósito atingir os objetivos traçados na cimeira do G20, realizada em 2019 sob a égide da “Visão do Oceano Azul de Osaka”, e que tem como meta, até 2050, reduzir a zero a poluição causada pelo lixo marinho, incluindo plásticos.

    «O objetivo do grupo SmartMLRST consiste na definição detalhada de diretrizes que serão implementadas no Japão, para a monitorização do lixo marinho, recorrendo a tecnologias de deteção remota, com especial destaque para os drones. Estas diretrizes irão permitir a padronização dos métodos a utilizar na monitorização, disponibilizando dados comparáveis sobre a atual distribuição, quantificação e composição do lixo, incluindo plásticos em ambiente marinho, os quais são essenciais na implementação de medidas de mitigação», começa por explicar Gil Gonçalves, professor da FCTUC e investigador no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra (INESC-Coimbra).

    Assim, continua Umberto Andriolo, também investigador no INESC-Coimbra e membro do SmartMLRST, «o nosso papel irá passar pela partilha e transferência de conhecimento adquirido no âmbito do projeto UAS4Litter, com vista à definição das diretrizes relativas à monitorização do lixo marinho das praias da costa japonesa, recorrendo a drones e IA. O UAS4Litter foi um projeto de investigação inovador ao desenvolver, implementar e testar um quadro de referência (framework) baseado em drones de baixo custo para a deteção, identificação e mapeamento do lixo marinho em sistemas praia-duna», esclarece.

    De acordo com a dupla da FCTUC, «voando um drone equipado com uma câmara digital (RGB e/ou multiespectral), a uma altitude de 20 metros, a framework proposta engloba a geração de dois produtos geoespaciais para permitir estudar a dinâmica do lixo marinho, assim como a deteção e identificação do

    (...)

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    Por: Luís Dias

     

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