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Edição de 31-03-2025
Jornal Online

SECÇÃO: Ciência


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O futuro estará no hidrogénio?

hidrogénio (H) é o elemento químico mais abundante do universo, constituindo cerca de 75% da sua massa. Nas estrelas, incluindo o nosso Sol, ocorre a fusão nuclear de átomos de hidrogénio, gerando hélio e libertando enormes quantidades de energia. Este processo é a fonte de luz e calor que permite a vida na Terra. Apesar da sua abundância no cosmos, na Terra o hidrogénio raramente se encontra em estado livre. Em vez disso, está presente em compostos como a água (H2O) e os hidrocarbonetos (como o metano, CH4). Para ser utilizado como fonte de energia, precisa de ser extraído, um processo que pode ser feito por eletrólise da água ou por reformação do gás natural.

O hidrogénio pode ser utilizado em meios de transporte de duas formas principais: motores de combustão a hidrogénio, que são semelhantes aos motores a gasolina e queimam hidrogénio em vez de combustíveis fósseis, e células de combustão, que geram eletricidade através da reatividade entre hidrogénio e oxigénio, emitindo apenas vapor de água como resíduo. A tecnologia de células de combustão tem ganhado destaque pela sua elevada eficiência e baixo impacto ambiental. Os veículos movidos a hidrogénio, como menciona o autor do nosso texto deste mês, são silenciosos, têm autonomias comparáveis às dos veículos a gasolina e podem ser reabastecidos em poucos minutos, ao contrário dos elétricos a bateria, que demoram mais tempo a carregar.

Os carros a combustão interna dominam as estradas há décadas, mas enfrentam um declínio devido às emissões de gases poluentes e ao esgotamento das reservas de petróleo. Os veículos elétricos a bateria surgiram como uma alternativa promissora, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis. No entanto, a sua autonomia limitada e o tempo de carregamento são desafios. Os veículos a hidrogénio combinam o melhor dos dois mundos: têm uma autonomia semelhante à dos carros a combustão (cerca de 500 a 800 km) e um tempo de reabastecimento de apenas 5 minutos. No entanto, ainda enfrentam desafios significativos, como a escassez de postos de abastecimento e o elevado custo de produção das células de combustão.

Os principais benefícios do hidrogénio nos transportes incluem zero emissões, uma vez que quando utilizado em células de combustão apenas liberta vapor de água, tornando-o uma solução limpa. Além disso, o hidrogénio é abundante e pode ser produzido a partir da água e de outras fontes renováveis. Outra vantagem é a rapidez de abastecimento, pois os veículos a hidrogénio podem ser reabastecidos em poucos minutos, tal como os carros convencionais. Por fim, destaca-se o seu alto rendimento energético, já que as células de combustão têm uma eficiência superior aos motores a combustão interna.

Apesar do seu potencial, a adoção do hidrogénio enfrenta obstáculos consideráveis. O custo de produção é um dos maiores desafios, uma vez que a eletrólise da água é um processo energético intensivo e caro. Atualmente, a maior parte do hidrogénio é obtida a partir de gás natural, um método que emite CO2. A infraestrutura também é um problema, pois a rede de postos de abastecimento de hidrogénio é muito limitada, dificultando a adoção em massa. Outro desafio é o armazenamento e transporte, dado que o hidrogénio é altamente inflamável e necessita de ser armazenado sob pressão, exigindo tecnologia avançada e segurança rigorosa. Além disso, enfrenta concorrência com as baterias elétricas, cuja tecnologia tem avançado rapidamente e beneficiado de uma redução de custos significativa nos últimos anos.

Para que o hidrogénio se torne uma alternativa viável e competitiva, é necessário investir em inovação tecnológica e expansão da infraestrutura. Governos e empresas têm apostado cada vez mais no “hidrogénio verde”, produzido por eletrólise utilizando energia renovável, eliminando as emissões de carbono associadas ao seu fabrico. Países como o Japão e a Alemanha estão na vanguarda da transição para uma economia baseada no hidrogénio, investindo fortemente em tecnologias de produção e armazenamento.

Se os desafios forem superados, o hidrogénio pode desempenhar um papel fundamental na descarbonização dos transportes, tornando-se uma peça-chave na luta contra as alterações climáticas. O futuro da mobilidade pode ser mais limpo e eficiente, e o hidrogénio poderá ser um dos protagonistas dessa mudança.

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“Carros de Hidrogénio: A Alternativa Sustentável do Futuro?

À medida que a mobilidade sustentável ganha destaque nas nossas vidas, os carros elétricos têm sido amplamente promovidos como a solução para um futuro livre de emissões. Contudo, uma alternativa cada vez mais relevante está a emergir: os carros de hidrogénio. Esta tecnologia oferece uma série de vantagens que merecem ser exploradas.

Os veículos a hidrogénio utilizam células de combustível para converter hidrogénio em eletricidade, processo que emite apenas vapor de água como subproduto. Isso não só contribui para a redução da pegada de carbono, mas também elimina as preocupações com a poluição do ar que afetam muitas cidades.

Uma das grandes vantagens dos carros de hidrogénio é o seu tempo de abastecimento. Enquanto os carros elétricos podem demorar várias horas a carregar, um carro de hidrogénio pode ser abastecido em cerca de cinco minutos, o que é comparável ao abastecimento de um veículo a gasolina. Esta rapidez torna a opção mais prática para longas distâncias, especialmente em contextos onde a infraestrutura de carregamento elétrico ainda é limitada.

Adicionalmente, os carros de hidrogénio têm uma

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Por: Luís Dias

 

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