SECÇÃO: Cultura

I Passeio Pedestre de Ermesinde

«O sol de hoje, por muito fraco, há-de ser sempre mais brilhante do que o de ontem.»

Faíza Hayat, in “Contra a Saudade”

O Núcleo “Pés Ligeiros” do Ágora leva a cabo amanhã, dia 16 de Abril, o I Passeio Pedestre de Ermesinde, cobrindo um percurso que contempla a partida do Parque Urbano de Ermesinde, passagem pela Quinta de Ermesinde, onde existiu uma capela do século XVII recentemente destruída, rio Tinto (que nasce nos Montes de Sá e deu origem ao nome da cidade vizinha de Ermesinde), Convento de Nossa Senhora da Mão Poderosa e do Bom Despacho (construído na segunda metade do século XVIII) e, finalmente, passagem pelos conglomerados de Ermesinde – rochas sedimentares formadas por detritos ou fragmentos de outras rochas, ligadas por um cimento natural calcário ou silicioso.

O passeio será orientado por Jacinto Soares, um estudioso da história e etnografia local.

Por montes e vales...: «No curto espaço de três a quatro gerações, Ermesinde mudou radicalmente no seu ordenamento físico e nas novas perspectivas de vida que se foram abrindo a todos aqueles que elegeram este espaço para se sediarem.

Na realidade, ainda no início do século passado Ermesinde era um dom sublime da Natureza, demandada por uma sociedade cosmopolita e endinheirada, que aqui procurava refúgio e tranquilidade nas suas "vilas" luxuosas e com uma arquitectura de que hoje já mal restam vestígios.

Foi a época de ouro da chamada "Sintra do Norte", onde era possível encontrar uma qualidade de vida que nas grandes urbes já começava a rarear.

Hoje os tempos são outros. As quintas de outrora deram lugar a loteamentos sobre loteamentos, numa urbanização desordenada, que lenta mas progressivamente foi enclausurando as pessoas, roubando-lhes espaço, quase as asfixiando.

Por isso mesmo, e dado que o ritmo acelerado a que a vida, inexoravelmente, a todos condenou, as pessoas alegres e despreocupadas de antanho deram lugar a pessoas mais ensimesmadas, mais fechadas, menos crentes numa vida melhor, onde o stress se instalou com todas as trágicas consequências!»

(Do desdobrável promocional do Ágora)

INFORMAÇÃO ÚTIL

Duração da caminhada: 4 horas aproximadamente.

Grau de dificuldade: leve.

Participantes: não aconselhável mais de vinte.

Equipamento: roupa leve, botas adequadas, boné ou chapéu, saco ou mochila e máquina fotográfica.

Comes e bebes: cada caminhante leva o farnel que entender: água, sumos, fruta e sandes…

Hora prevista para a chegada: 12h30.

Indispensável: boa disposição, jovialidade e espírito de aventura.

Telefones de urgência:

Bombeiros de Ermesinde – 22 971 00 29

PSP – 22 974 88 81

ÁGORArte – 96 676 28 38