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Edição de 30-06-2025
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    Arquivo: Edição de 30-11-2024

    SECÇÃO: Crónicas


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    O Encontro

    Nota da autora: Este poema é baseado num encontro com uma coleguinha da escola de Ermesinde que, já adulta ocasionalmente encontrei numa maldita rua da cidade do Porto, arrastando os dias e o corpo num sonambulismo de faz de conta. Era a mesma menina doce da escola, das brincadeiras, a quem a vida foi madrasta. Há memórias antigas que nos rasgam por dentro, tornando-se eternas.

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    Ela chegava tarde e cansada

    Carregava os seus e os pecados dos outros

    Jantava restos de conduto com sabor a perdição

    De olhar baço e triste se deitava ao lado

    Do contador de horas vazias de quase tudo

    Queria muito o amor o despertar

    Mas nada dava nada recebia

    No leito de lençóis sem encorrilhas

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    Estava cansada de enganá-lo de sujar a alma

    O coração onde pulsava o degredo

    E um rio fluía contra a corrente

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    Aqueles pequeninos olhares do verde ao castanho

    Como queimavam…. De onde vens mamã?

    Tão tarde! Sentimos a tua falta.

    Tristes olhares pequenos em tamanho

    Grandes em amargura

    Como se percebessem o maldito fado da vida

    -

    Adormecia em sonhos de promessas e alegria.

    Mas lá vai ela novamente pela tardinha

    Insegura sem esperança

    Carregando apenas os sonhos e o desespero

    Por: Eugénia Ascensão

     

     

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