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    Arquivo: Edição de 30-11-2022

    SECÇÃO: Opinião


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    Do Macaco ao Homem? Talvez não (6ª parte)

    O HOMO SAPIENS

    O Homem de Heidelberg faz a sua aparição no registo fóssil, sendo os exemplares mais antigos datáveis de há cerca de 500.000 anos.

    Já se trata dum indivíduo por muitos considerado Homo sapiens, embora arcaico. Assim como o Homo neanderthalensis, por muitos considerado sub-espécie do sapiens.

    Vale a pena refletir um pouco.

    Paleontólogos e biólogos divergem. Para o paleontólogo, um fóssil com diferenças apreciáveis doutro fóssil constitui espécie diferente. Assim, para o paleontólogo, é fácil admitir que aqueles três indivíduos pertencem a espécies diferentes. Mas para os biólogos, nomeadamente os paleogeneticistas, as coisas não são bem assim, pois para se classificar como espécies diferentes é necessário que o ADN seja notavelmente diferente, o que poderá não acontecer no caso em estudo. Mas considera-se, para o âmbito deste artigo, aqueles indivíduos como sendo de espécies diferentes, embora aparentadas. Haverá um pormenor interessante em relação ao sapiens e ao neanderthalensis, mas disso falaremos mais à frente.

    O Homem de Heidelberg foi bem-sucedido e colonizou praticamente todo o planeta, exceto as Américas e a Antártida. Em vários locais teve nomes diferentes dados por alguns paleontólogos, como o Homem de Java. Mas parece tratar-se do mesmo indivíduo.

    Este é o momento crucial do caminho para o Homem Moderno.

    Em África o Homem de Heidelberg dá origem ao Homo sapiens e na Europa dá origem ao Homem de Neanderthal. Assim, Sapiens e Neandertais são praticamente contemporâneos, apenas divididos pelo lugar onde tiveram origem.

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    Ocupemo-nos dos Neandertais. E olhemos para o mapa da sua provável distribuição. Apareceu há cerca de 400.000 anos e extinguiu-se há cerca de 30.000.

    Viveu grande parte do seu tempo durante a glaciação de Wurm (Idade do Gelo), que terminou há escassos 10.000 anos. Vivia, pois, sob condições climáticas muito agrestes numa região que é hoje o sul da Europa, parte da Ásia, e talvez em latitudes mais a norte, na Sibéria. Praticamente não tocou no continente africano.

    Nada faz supor que seria menos inteligente ou menos adaptado do que o Homem Moderno. Inclusivamente tinha uma caixa craniana (clássico sinal de nível de inteligência) maior que a do Homem Moderno. As suas armas, cujos vestígios chegaram até nós, não ficam, de forma alguma, atrás das do Homem Moderno contemporâneo. Apenas refletiam técnicas de caça diferentes, preferindo o contacto próximo com a presa e usando armas de mão, em vez de a tentar matar à distância com armas de arremesso, como fazia o sapiens. Talvez por que o neanderthalensis caçasse mamutes pesadões e não gazelas rápidas, como o sapiens.

    Por seu lado, em África, o Homo sapiens apareceu há cerca de 300.000 anos e também prosperou. Acabou por migrar para o resto do mundo. Conviveu com o Homem de Neanderthal e o registo fóssil não mostra sinais de lutas tipo “Guerra dos Tronos” em que sapiens e neanderthalensis se guerreavam até à destruição do outro. Teria havido guerras entre uns e outros, como teria havido guerras entre sapiens e guerras entre neanderthalensis. Até hoje continua a haver guerras...

    Então porque desapareceram os Neandertais?

    Existem muitas teorias, em algumas das quais entra um supervulcão próximo de Nápoles, o Campi Flagri (monstruoso, nada garantindo que está extinto). Provavelmente os Neandertais não seriam muitos. Provavelmente viviam em grupos relativamente pequenos e distantes uns dos outros. Provavelmente havia consanguinidade entre eles, o que não é saudável para a geração seguinte. Provavelmente isto tudo e muito mais. Pelo que foram sendo lentamente absorvidos pelos sapiens, que chegaram ao continente europeu há uns escassos 70.000 anos. Teriam formado casais entre eles e tido descendência comum.

    E os Neandertais? Foram extintos?

    (...)

    leia este artigo na íntegra na edição impressa.

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    José Campos Garcia*

    *Médico

     

     

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