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Milhares de pessoas aderiram à Feira da Regueifa e do Biscoito & Mercado Oitocentista no núcleo central de Valongo
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| Fotos CMV |
De 1 a 5 de junho últimos, Valongo voltou a vestir-se a rigor para celebrar uma das suas logomarcas mais características: o setor da panificação e, em particular, a afamada regueifa e os doces biscoitos, através da realização da Feira da Regueifa e do Biscoito & Mercado Oitocentista. Evento que regressou este ano em formato presencial após dois anos de interregno devido à pandemia, e que levou milhares de pessoas ao engalanado núcleo central da cidade de Valongo. Recorde-se que este evento é organizado, desde 2014, pela Câmara Municipal de Valongo em conjunto com a Junta de Freguesia de Valongo, tendo como principal objetivo a promoção da regueifa e dos biscoitos “made in Valongo”, bem como a preservação das tradições centenárias associadas aos ofícios da panificação.
O núcleo nobre dos padeiros e biscoiteiros no Largo do Centenário foi o centro das atenções desta feira, graças à presença dos padeiros e biscoiteiros neste espaço de venda que incluiu fabrico ao vivo. Desde os tradicionais moletes à famosa regueifa feitos com farinha de trigo, às versões de pão mais contemporâneas e outras doçarias, houve de tudo um pouco nesta praça. O núcleo do Mercado Oitocentista concentrou-se na Praça Machado dos Santos e a Rua de São Mamede esteve cortada ao trânsito para acolher a venda de artesanato.
A cada edição surgem novidades na Feira da Regueifa e do Biscoito & Mercado Oitocentista, e este ano não foi exceção. Assim, a Rua de Sousa Paupério contou, além da habitual decoração, com uma exposição de fotografia marcante para a cidade de Valongo e para a comunidade local. Nela foi contada uma viagem no tempo onde o passado e o presente se unem numa só imagem.
Nas muitas recriações históricas realizadas ao longo dos cinco dias, destacam-se a Bênção do Pão de Santo António e o Cortejo dos Padeiros, bem como a Procissão e Pregão de Santo António. Também de realçar o desfile da Confraria do Pão, da Regueifa e do Biscoito de Valongo, que celebrou o seu aniversário numa cerimónia a que chamam Capítulo e que ocorreu durante a Feira.
A música também fez parte desta edição da Feira. Além da animação itinerante com os grupos Gaitifarra, Guindilha, Sópraki, e Gaitas Sirigaitas que se fizeram ouvir em vários pontos da feira, houve espetáculos musicais para todos os gostos, que lotaram quer a Praça Machado dos Santos, quer o Largo do Centenário, onde se encontravam montados os palcos. De sublinhar neste campo as atuações das bandas Virgem Suta, Zingarus, Baluarte, e The Black Mamba, às quais se juntou a atuação de Carlão, ex-vocalista dos DaWeasel.
O concurso que elege a Melhor Regueifa e o Melhor Biscoito da Feira foi outro momento-chave neste evento. No último dia da Feira, um grupo de jurados provou dezenas de regueifas e biscoitos das padarias e biscoitarias do concelho para eleger os melhores produtos à venda no certame, que foram criteriosamente avaliados em prova cega. Assim, na categoria de Melhor Regueifa, cujo concurso contou com 14 participantes, o 1.º lugar veio para Ermesinde, mais concretamente para o Pão Quente Vila Beatriz, seguido na classificação da Padaria Panfino, e do Café/Confeitaria Croquembouche.
Na categoria de Melhor Biscoito Tradicional de Milho (que teve quatro participantes a concurso) o vencedor foi a Confeitaria Diogo (de Valongo), seguida da Biscoitaria Paupério, e da Padaria Panfino.
Por fim, na categoria de Melhor Biscoito Inovação (que teve igualmente quatro participantes no concurso), o 1.º prémio foi entregue à Padaria Panfino (de Campo), sendo que na segunda posição ficou a Confeitaria S. Mamede, e em terceiro lugar a Confeitaria Diogo. O júri destes concursos foi composto pelo Chef ermesindense Arnaldo Azevedo (que ostenta no seu currículo uma estrela Michelin), por Manuel Adelino Marques, por Américo Couto e por José António Costa Alves da Silva.
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