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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-05-2021

    SECÇÃO: Local


    NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

    Centro Social de Ermesinde recebe a visita de deputado do PCP no Parlamento Europeu

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    O Centro Social de Ermesinde (CSE) recebeu no passado dia 7 de maio a visita do Deputado do PCP no Parlamento Europeu (PE), João Pimenta Lopes, no âmbito de várias visitas ao Distrito do Porto inseridas nas jornadas que o partido estava a levar a cabo através dos seus deputados no PE e que de certa forma foram uma resposta à Cimeira Social que nos dias 6 e 7 decorreu no Porto e reuniu dirigentes da União Europeia (UE).

    A receber o deputado europeu nesta visita ao Centro estiveram vários dirigentes da instituição, desde logo o presidente da Direção, Henrique Rodrigues, que se fez acompanhar de outros membros diretivos, nomeadamente Alcina Meireles, Augusta Moura, Joaquina Patrício, Raul Santos, Ana Paula Teles e Adelino Soares, sendo que esta última figura ali estava igualmente enquanto representante da estrutura local do PCP. Ainda antes de João Pimenta Lopes ser conduzido por Henrique Rodrigues numa visita guiada pelo CSE, conhecendo não só a história da instituição como também o funcionamento de algumas das suas valências, trocámos algumas palavras com o deputado europeu no sentido de perceber melhor a essência destas jornadas organizadas pelo PCP. Foi-nos dito que estas são antes de tudo umas jornadas em defesa do emprego, dos direitos dos trabalhadores, sendo que esta visita como tantas outras que os deputados comunistas fizeram ao longo da semana, quer a instituições de apoio social, quer a sindicatos, empresas e a outras entidades, «insere-se precisamente no aprofundamento do conhecimento da realidade social e laboral do país, nomeadamente aqui nos distritos do norte, como uma forma de dar o suporte daquilo que é a nossa análise, a nossa consideração, e a nossa crítica ao que apelidamos de uma jornada de propaganda da UE em Portugal mascarada de social mas que no fundo e também a reboque da epidemia que tem como objetivo criar as condições para a exploração dos trabalhadores», referiu João Pimenta Lopes a propósito da Cimeira Social que decorria na altura. Ainda num tom crítico a esta cimeira, o deputado acrescentaria que num quadro de «mais de 15 milhões de desempregados na UE, aquilo que se preconiza não são medidas concretas que resolvam os problemas de fundo que criam essas situações, pelo contrário, é o nivelamento por baixo dos direitos laborais e sociais que vão agravar a situação».

    Na sequência de visitas efetuadas nos dias que antecederam esta vinda ao CSE a empresas do setor têxtil, o deputado abordou ainda uma das temáticas da atualidade, a digitalização, referindo que uma das consequências dessa mesma digitalização é a perda do emprego e a necessidade de encontrar soluções precárias. «O que nós dizemos é que a digitalização, os avanços tecnológicos, não pode servir de desculpa para despedimentos massivos de trabalhadores, têm sim que ser integrados no processo produtivo em favor da capacidade produtiva nacional, em favor dos trabalhadores, desde logo reduzindo, por exemplo, a jornada de trabalho e tendo em conta que a produtividade aumenta sem perda de salários».

    Sobre os salários em concreto, João Pimenta Lopes destacou que nas visitas que fez a instituições de solidariedade social verificou em grande parte delas a evidência da existência de baixos salários, bem como a desregularização de horários na questão dos turnos, por exemplo. E para este setor em concreto adiantou que o seu partido defende não um reforço significativo do Serviço Nacional de Saúde, como também o reforço da Segurança Social (SS) como forma de dar apoio a estas instituições. «Uma das questões que tem vindo a ser colocada e que é transversal a todas as instituições é que o serviço que aqui prestam e que é contratualizado com a SS diz que esses contratos não cobram o serviço que é prestado. Ora, nós não podemos estar a defender uma falsa ideia do social se depois o Estado se demite das suas responsabilidades e não atribui as verbas necessárias a estas instituições».

    A terminar estas breves declarações prestadas ao nosso jornal, o deputado do Parlamento Europeu disse ser necessário romper com os caminhos que têm posto a desvalorização salarial, «é preciso aumentar os salários, aumentar o salário mínimo nacional para 850 euros, que é uma proposta do PCP. É necessário regular os salários, reduzir os horários de trabalho, é necessário fazer um combate efetivo a essa exploração, é necessário combater de forma eficaz a precariedade, proibindo-a e não a normalizando, e são essas denúncias que pretendemos fazer através destas jornadas».

     

     

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