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    Arquivo: Edição de 29-02-2020

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    Fórum Cultural de Ermesinde recebeu primeira edição do ano do Smart Cities Tour

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    Valongo é a primeira cidade inteligente a acolher a edição deste ano do Smart Cities Tour, este ano dedicado ao tema “Desafios e Oportunidades para 2030”. O evento teve lugar no Fórum Cultural de Ermesinde, no dia 12 de fevereiro. Refira-se que esta é uma iniciativa nacional, composta por workshops temáticos realizados em seis cidades portuguesas e tem como objetivo promover a partilha de boas práticas entre os diferentes concelhos, a apresentação de soluções inovadoras no plano das cidades inteligentes, dando ainda a conhecer vários projetos concretos que estão a ser desenvolvidos por todo o país.

    Ermesinde acolheu o tema “Cidade Circular”, um novo conceito de cidade, assente na reutilização de recursos. Sob o atual sistema linear, as cidades consomem mais de 75 por cento dos recursos naturais, produzem mais de 50 por cento do lixo global e emitem entre 60 a 80 por cento de gases de efeito estufa. Uma cidade circular preserva os seus recursos, promove o crescimento, cria empregos e reduz significativamente as emissões de CO2.

    No Fórum Cultural da nossa Cidade foram várias as individualidades que ali marcaram presença para assistir ao evento que decorreu ao longo de todo dia, desde logo João Morgado, presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Ana Maria Rodrigues, vice-presidente da Câmara Municipal de Valongo, bem como António Almeida Henriques, presidente da Secção “Cidades Inteligentes” da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e Miguel de Castro Neto, da NOVA Cidade - Urban Analytics Lab.

    Na abertura do evento Ana Maria Rodrigues usou da palavra, relembrando a importância de se cuidar cada vez mais do ambiente, bem como os recursos que utilizamos diariamente. No seu discurso referiu que «Valongo tem apostado forte na economia circular, porque falar de cidades circulares é falar de economia circular e falar sobre o que a diferencia da economia linear». A vice-presidente da autarquia acrescentou que «o atual modelo económico de extrair, transformar e descartar está, como sabemos, a atingir os limites físicos», sendo a economia circular a resposta alternativa que traz benefícios a toda a toda a comunidade.

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    Ana Maria Rodrigues disse ainda que a Comissão Europeia apresenta dados estatísticos preocupantes sobre este assunto, acrescentando que «na União Europeia, por ano, cada pessoa utiliza cerca de 15 toneladas de materiais e gera em média mais de 4,5 toneladas de resíduos, sendo quase metade destes depositados em aterros, ou seja, uma imensidão de recursos finitos têm sido consumidos gerando também uma significativa produção de resíduos que vão contaminar e alargar continuamente os aterros». Afirmou mais à frente que em conjunto «devemos arranjar uma solução para resolver esta questão». Ao longo do seu discurso recordou o tempo “dos nossos avós”, onde existia maior aproveitamento dos eletrodomésticos e dos restos alimentares que serviam de utilidade na agricultura, dando o exemplo que isto é uma forma de economia circular, apesar de atualmente contarmos com a inovação e melhoramento da tecnologia. Fez-nos ainda refletir sobre os gastos desnecessários que todos os dias praticamos, afirmando que nas cidades o mesmo se passa e, que devemos tratar mais do meio ambiente diminuindo a pegada de carbono, a extração de recursos e promover a eficiência energética. «As palavras são mesmo estas: Regenerar, Partilhar, Otimizar, Reciclar, Virtualizar e Trocar», disse.

    Recordou também o sucesso do projeto “Reciclar é Dar +” que chega a mais de 10 lares do nosso concelho e, cujo objetivo é alargar o mesmo a mais habitações, dando a oportunidade à comunidade de perceber que consegue fazer a diferença com simples gestos como reciclar. Depois do discurso da vice-presidente da Câmara usou da palavra António Almeida Henriques, presidente da Secção “Cidades Inteligentes” da ANMP, que falou sobre a importância de direcionar a consciência e a cidadania da comunidade para questões mais ambientais, como a recolha seletiva, a qualidade do ar e da água, realçando a importância deste evento e a crescente evolução que existiu depois do mesmo.

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    E por fim, Miguel de Castro Neto, o coordenador da empresa NOVA Cidade, concluiu esta ideia de que devemos prestar mais atenção à sustentabilidade, apelando à adesão da economia circular para uma mudança de mentalidade sobre o ambiente.

    No decorrer da manhã dos trabalhos fomos brindados com apresentações de diferentes parcerias entre as quais a Altice, os CTT, a EDP Distribuição que tentaram sensibilizar e incutir boas práticas de inteligência urbana e de como podemos melhorar as nossas construções sem danificar o ecossistema e sobretudo reutilizarmos todos os materiais.

    JOANA OLIVEIRA

     

     

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