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    Arquivo: Edição de 28-02-2019

    SECÇÃO: Opinião


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    Braço de Ferro entre Governo e Enfermeiros

    Governo e enfermeiros continuam uma guerra em que as principais vítimas estão arredadas da contenda: os doentes, que diariamente correm sérios riscos de vida, em consequência de adiamento de consultas e de cirurgias, por falta de recursos humanos, a somar à degradação de equipamentos, ou falta deles, indispensáveis ao trabalho dos profissionais da Saúde.

    O conflito dos enfermeiros com o governo atingiu tal agudeza que não é expectável que em tempo razoável se encontre uma solução, sendo, por isso, necessário e urgente procurar processo que inovando, tente dirimir o conflito, sensibilizando os enfermeiros para a necessidade de moderarem as suas lutas, ainda que justas e, ao mesmo tempo, recordando ao governo que a arrogância escudada no poder, transforma este de democrático em ditatorial, regime que os portugueses rejeitam desde os finais do século passado.

    Perante tão preocupante quadro para o bem-estar dos portugueses, sugerimos que com recurso ao Alto Patrocínio do Presidente da República, usando a sua magistratura de influência, seja constituída uma comissão arbitral com a incumbência de encontrar uma solução para o diferendo, assegurando à partida que as partes aceitam as suas conclusões, garantindo que estas serão obrigatoriamente plasmadas em lei, ratificada pelo Parlamento e promulgada pelo Presidente da República. Se este requisito não for viável, então não vale a pena perder tempo, porque afinal, se as conclusões implicarem custos financeiros para o Estado, o ministro das Finanças se encarregará de manter a sua política de finanças de merceeiro, alardeando-se da conquista de mais umas míseras décimas na queda do défice das finanças públicas, indiferente à degradação dos serviços públicos e aos riscos de morte dos cidadãos, a troco de uns poucos milhões de euros.

    Embora com otimismo reduzido, mas acreditando que a esperança é a última coisa a morrer, ficamos na expectativa que Presidente da República, ministro das Finanças (sim ministro das Finanças e não primeiro-ministro, porque em questões de dinheiros, Centeno é quem manda) e sindicatos tomem em mãos a solução aqui proposta ou outra que rapidamente acabe com o desassossego nacional que atormenta os portugueses, principalmente os que precisam dos recursos do Serviço Nacional de Saúde.

    Por: A. Alvaro de Sousa

     

     

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