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    Arquivo: Edição de 28-02-2019

    SECÇÃO: Destaque


    Em Alfena o PCP voltou a defender o fim das portagens nas ex-SCUT da Área Metropolitana do Porto

    Foto ALBERTO BLANQUET
    Foto ALBERTO BLANQUET
    Diana Ferreira, deputada do PCP na Assembleia da República (AR), esteve no passado dia 4 de fevereiro em Alfena onde voltou a apresentar propostas para a eliminação das portagens nas ex-SCUT da Área Metropolitana do Porto, mais concretamente na A28, A41/A42 e A29.

    A deputada eleita pelo Círculo do Porto - que nesta ação se fez acompanhar de alguns membros da concelhia de Valongo do partido - falou à comunicação social à margem de uma iniciativa realizada junto à entrada da rotunda de acesso à A41 levada a cabo com o intuito de não só alertar a população para esta questão da eliminação das portagens, mas também para a informar de que no dia 8 de fevereiro iria ser discutido e votado na AR um projeto de resolução do PCP que visava, precisamente, a eliminação das portagens nas ex-SCUT.

    Diana Ferreira lembrou que o PCP já ali havia estado num passado recente, frisando a importância «de se fazer esta luta contra as portagens. Estamos a falar de vias de circulação que foram consideradas sem custos para o utilizador e que neste momento são portajadas e todas as pessoas que lá circulam pagam um determinado valor de portagem, sendo que na esmagadora maioria dos casos nem sequer há circulação alternativa e as pessoas são mesmo obrigadas a utilizar aquelas vias», disse.

    Considerando ainda que a introdução de portagens nas ex-SCUT, em 2010, «constituiu um rude golpe no tecido económico e agravou as já difíceis condições de vida de todos aqueles que sem alternativas circulam nestas vias estruturantes», a deputada sublinharia que o seu partido pretende assim que sejam tomadas medidas no sentido destas portagens serem abolidas. Acrescentou que volvidos todos estes anos quem perdeu com a introdução das portagens foi a população, as empresas e a economia da região. «Achamos que as portagens têm um impacto significativo até do ponto de vista da própria economia local, nomeadamente na circulação dos pequenos comerciantes, que precisam de se deslocar a vários locais e têm de passa por portagens e que são altamente prejudicados se pensarmos que o seu valor de faturação é diminuto em relação a outro tipo de empresas», disse.

    Referiu que por outro lado «quem beneficiou com todo este processo foram as concessionárias, entidades privadas que no fundo estão a lucrar com os custos dos utilizadores, daqueles que aqui circulam de automóvel e de até outro tipo de entidades, como por exemplo os bombeiros, pois as ambulâncias pagam portagem, ou seja, temos também todo um conjunto de outras entidades que acabam por ter um prejuízo acrescido com esta situação».

    Concluiu dizendo que o PCP sempre esteve contra esta decisão da introdução de portagens nas ex-SCUT e não vai desistir «de corrigir esta injustiça», e que nesse sentido irá discutir e votar na AR a sua proposta para a retirada dos pórticos nas citadas vias estruturantes.

    O CHUMBO DO PARLAMENTO

    No dia 8 de fevereiro a Assembleia da República foi então chamada a pronunciar-se e votar o projeto de resolução do PCP que visava a eliminação das portagens na A28, A41/A42 e A29. Proposta que seria então chumbada com votos contra do PS e de Paulo Trigo Pereira, a abstenção do PSD e do CDS-PP, e a favor dos restantes partidos e ainda duas deputadas socialistas.

    Para além deste projeto de resolução do PCP, o Parlamento chumbou outros dois projetos de resolução do PCP, PEV e Bloco de Esquerda, que visavam a eliminação das portagens na A23, A24, A25 e A22. Os três projetos de resolução foram votados em simultâneo, tendo sido rejeitados com os votos do PS e do deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira, e com a abstenção do PSD e do CDS-PP, e os votos favoráveis dos proponentes (PCP, BE, e PEV), PAN e de nove deputados do PS (sendo que no projeto de resolução para a eliminação das portagens na A28, A41/A42 e A29 dois destes nove deputados socialistas votaram favoravelmente).

    Por: MB

     

     

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