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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 12-02-2014

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO

    Balanço de 100 dias de governação da Câmara não mereceu aprovação unânime

    O balanço de 100 dias de governação da Câmara Municipal de Valongo apresentado pelo presidente da edilidade, José Manuel Ribeiro, na última sessão da Câmara, realizada no passado dia 5 de fevereiro, foi acolhido sem hostilidade, mas com reservas por parte da oposição, que considerou prematura a realização de balanços quando a Câmara ainda se encontra numa fase de pouco mais que instalação e longe do meio do mandato.

    Foto URSULA ZANGGER
    Foto URSULA ZANGGER
    José Manuel Ribeiro deu início à sessão camarária apresentando um balanço positivo dos 100 dias da nova Câmara de Valongo de maioria relativa socialista, para tanto destacando 1 200 mil euros de poupanças, as alterações nos serviços de telecomunicações, a decisão de realizar um concurso para o fornecimento de refeições às escolas, os concursos para aquisição de serviços jurídicos, o surgimento de um boletim municipal pluralista, a facilitação do acesso dos munícipes à Câmara e, ainda, a constituição de um gabinete de apoio à presidência, com a contratação de uma jornalista, que se saldava apenas por um custo adicional anual de 32 mil euros, mas que era vital para a autarquia.

    Adriano Ribeiro, da CDU, o primeiro a comentar o balanço, partiu de outra perspetiva, começando por dizer que, na sua opinião, o balanço não era tão negro como algumas pessoas apontavam, mesmo que houvesse ruas sem limpeza em todos estes 100 dias. Admitiu a realização de poupanças, que todavia se explicavam pelo corte de serviços. Considerou positivo o boletim municipal, que considerou todavia dever ter uma periodicidade mais do que a prevista trimestral, já que, geralmente, a comunicação social, exceção feita à comunicação social local em que nos incluímos, dava uma imagem muito deturpada do acontecido na Câmara, refletindo apenas as posições da maioria socialista. O autarca queixou-se também de apenas ter um gabinete de trabalho em Ermesinde, claramente insuficiente, porque não ia pedir a um munícipe de Sobrado para ser recebido por ele em Ermesinde!

    Denunciou também a acumulação de lixo na Rua Rodrigues de Freitas em Ermesinde, que não seria limpa há muito tempo, uma situação perigosa para a segurança rodoviária junto à Rua da Passagem e, finalmente, apresentou uma proposta de moção sobre a Escola Secundária de Ermesinde.

    João Paulo Baltazar, PSD e ex-presidente da Câmara, considerou redutor um mérito de 100 dias de governação apresentado como se fosse exclusivo da maioria. Mas considerou positiva a afluência do público às reuniões da Câmara. Defendeu também a realização de reuniões da Câmara descentralizadas, desvalorizando o recebimento dos munícipes à segunda-feira, porque antes eram recebidos a qualquer dia – ao que José Manuel Ribeiro responderia que agora também o eram, mas que às segundas todos os assuntos, previstos ou não, podiam ser abordados.

    Numa crítica mais profunda e, a propósito do anunciado concurso para fornecimento de refeições às escolas – pondo termo ao atual protocolo com as IPSS – apontou que tal tinha sido apresentado como um dado adquirido, quando tal decisão não tinha sequer sido sujeita a discussão da Câmara, que era constituída por todos os nove eleitos, não se podendo sequer prever o sentido da decisão. E apontou isto como um claro exemplo de défice democrático.

    A esta crítica, José Manuel Ribeiro haveria depois de esquivar-se à resposta, limitando-se a defender os méritos do futuro concurso e a sua razoabilidade, esquiva esta que João Paulo Baltazar mais tarde fez notar.

    O autarca social-democrata considerou ainda muito infeliz uma entrevista dada por José Manuel Ribeiro à “Visão”, já que, em seu entender, esta beliscava a dignidade da Câmara, nomeadamente ao deixar-se fotografar junto a baldes de água que atestavam as deficiências do edifício camarário. E lembrou as críticas de que ele próprio tinha sido alvo aquando de realização de pinturas na Câmara.

    Sobre a proposta de moção apresentada por Adriano Ribeiro, manifestou-se completamente de acordo, denunciando que o anúncio de uma requalificação até tinha recentemente feito parar obras de manutenção em curso, pelo que a situação na escola se tinha inclusive agravado.

    E apresentou mais uma situação de perigo rodoviário, na Quinta da Lousa.

    Nogueira dos Santos (PSD) avisou de uma situação de inundação ou perigo de inundação causada pelas cheias agravadas pela falta de limpeza do rio Balsinha.

    José Manuel Ribeiro, respondendo a algumas críticas, garantiu que o balanço era de toda a Câmara e não só da sua maioria, prometeu arranjar um espaço para o trabalho dos vereadores da oposição em Valongo, e defendeu que a sua entrevista não prejudicava a imagem de ninguém.

    Discutida a proposta de moção sobre a Escola Secundária, seria aprovada por unanimidade.

    Por: LC

     

     

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