Irmã Consolação (1925-2012) – uma vida dedicada ao amor e serviço dos outros
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Foto ARQUIVO AVE |
Despediu-se de nós na manhã do passado dia 17 em Fontiscos, Santo Tirso, a Irmã Maria Rosa de Freitas (Irmã Consolação), cuja missa de corpo presente e funeral decorreram no dia 18 de outubro, em Ermesinde, localidade onde deixou uma profunda saudade a todos os que a conheceram. Nesta que foi sua terra de acolhimento, dedicou-se aos que dela precisaram com um invulgar espírito de serviço, desde que aqui chegou até 2007, quando partiu, de vez, para Santo Tirso, onde viria a falecer vitimada pela doença de Alzheimer.
A missa de corpo presente da Irmã Consolação realizou-se na Igreja Matriz de Ermesinde, de onde o seu corpo partiu para o Cemitério n.º1 da cidade, onde ficou sepultada.
Maria Rosa de Freitas, filha de Manuel de Freitas Júnior e de Maria dos Santos, nasceu a 10 de fevereiro de 1925, em S. Martinho, Funchal, na ilha da Madeira.
Professou nas Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição em 15 de fevereiro de 1944, e sempre foi fiel ao espírito hospitaleiro, consolando os doentes nos hospitais – dinamizou o voluntariado no Hospital de S. João – e visitando-os depois em suas casas, àqueles que eram de Ermesinde, com extrema dedicação.
Eram frequentes as suas visitas à Bela, que era um dos lugares mais pobres de Ermesinde, recordou após a cerimónia solene, o cónego João Peixoto.
Foi já em Ermesinde, a 8 de abril de 1994, que cumpriu as suas Bodas de Ouro da Profissão de Fé, cerimónia essa a que o jornal “A Voz de Ermesinde” deu relevo nas suas páginas, e que se realizou no Colégio Santa Joana, local de residência da Irmã Consolação, sendo então a missa desta cerimónia celebrada pelo Padre Luís, pároco da freguesia de Ermesinde.
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Foto URSULA ZANGGER |
Nessa altura a Irmã Consolação teve com ela a presença das sobrinhas, que então envergaram roupas típicas madeirenses.
Também na hora da seu funeral, a Irmã Consolação teve a companhia de uma sobrinha que viajou da Madeira para estar com ela nesta despedida.
Na missa de corpo presente, o cónego João Peixoto, que com mais três celebrantes presidiu à cerimónia fúnebre, assinalou que «falar da Irmã Consolação é falar de um Evangelho Vivo».
E apontou ainda: «Deus não quer a resignação fatalista, quer as pessoas felizes, um mundo novo. A Irmã Consolação foi expressão desta vontade de Deus (…), e expressão da generosidade franciscana».
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