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    Arquivo: Edição de 30-04-2010

    SECÇÃO: Tecnologias


    Sistema operativo – o que é? (1)

    Um sistema operativo é um programa ou um conjunto de programas cuja função é gerenciar os recursos do sistema (definir qual programa recebe atenção do processador, gerenciar memória, criar um sistema de ficheiros, etc.), além de fornecer uma interface entre o computador e o utilizador. É o primeiro programa que a máquina executa no momento em que é ligada (num processo chamado de bootstrapping) e, a partir de então, não deixa de funcionar até que o computador seja desligado. O sistema operativo reveza sua execução com a de outros programas, como se estivesse vigiando, controlando e orquestrando todo o processo computacional.

    Segundo alguns autores (Silberschatz et al, 2005; Stallings, 2004; Tanenbaum, 1999), existem dois modos distintos de conceituar um sistema operativo:

    * pela perspectiva do utilizador ou programador (visão top-down): é uma abstracção do hardware, fazendo o papel de intermediário entre a aplicação (programa) e os componentes físicos do computador (hardware); ou

    * numa visão bottom-up, de baixo para cima: é um gerenciador de recursos, i.e., controla quais as aplicações (processos) que podem ser executadas, quando, que recursos (memória, disco, periféricos) podem ser utilizados.

    A sigla usual para designar esta classe de programas é SO (em português) ou OS (do inglês Operating System).

    História

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    Na primeira geração (aproximadamente 1945-1955), os computadores eram tão grandes que ocupavam salas imensas. Foram basicamente construídos com válvulas e painéis, os sistemas operativos "não existiam". Os programadores, que também eram os operadores, controlavam o computador por meio de chaves , fios e luzes de aviso. Nomes como Howard Aiken (Harvard), John von Neumann (Instituto de Estudos Avançados de Princeton), John Adam Presper Eckert Jr e William Mauchley (Universidade da Pennsylvania) e Konrad Zuse (Alemanha) formaram, com as suas contribuições, a base humana para o sucesso na construção dos computadores primitivos.

    Na geração seguinte (aproximadamente 1955-1965), foram criados os sistemas em lote (batch systems), que permitiram melhor uso dos recursos computacionais. A base do sistema operativo era um programa monitor, usado para enfileirar tarefas (jobs). O utilizador foi afastado do computador; cada programa era escrito em cartões perfurados, que por sua vez eram carregados, juntamente com o respectivo compilador (normalmente Fortran ou Cobol), por um operador, que por sua vez usava uma linguagem de controlo chamada JCL (job control language).

    No início da computação os primeiros sistemas operativos eram únicos, pois cada mainframe vendido necessitava de um sistema operativo específico. Esse problema era resultado de arquitecturas diferentes e da linguagem de máquina utilizada. Após essa fase, iniciou-se a pesquisa de sistemas operativos que automatizassem a troca de tarefas (jobs), pois os sistemas eram monoutilizadores e tinham cartões perfurados como entrada (eliminando, assim, o trabalho de pessoas que eram contratadas apenas para trocar os cartões perfurados).

    Um dos primeiros sistemas operativos de propósito geral foi o CTSS, desenvolvido no MIT. Após o CTSS, o MIT, os laboratórios Bell da AT&T e a General Electric desenvolveram o Multics, cujo objectivo era suportar centenas de utilizadores. Apesar do fracasso comercial, o Multics serviu como base para o estudo e desenvolvimento de sistemas operativos. Um dos desenvolvedores do Multics, que trabalhava para a Bell, Ken Thompson, começou a reescrever o Multics num conceito menos ambicioso, criando o Unics (em 1969), que mais tarde passou a chamar-se Unix. Os sistemas operativos eram geralmente programados em assembly, até mesmo o Unix no seu início. Então, Dennis Ritchie (também da Bell) criou a linguagem C a partir da linguagem B, que havia sido criada por Thompson. Finalmente, Thompson e Ritchie reescreveram o Unix em C. O Unix criou um ecossistema de versões, onde se destacam: System V e derivados (HP-UX, AIX); família BSD (FreeBSD, NetBSD, OpenBSD, etc.), Linux e até o Mac OS X (que deriva do Mach e FreeBSD).

    Na década de 1970, quando começaram a aparecer os computadores pessoais, houve a necessidade de um sistema operativo de utilização mais fácil. Em 1980, William (Bill) Gates e o seu colega de faculdade, Paul Allen, fundadores da Microsoft, compram o sistema QDOS ("Quick and Dirty Operating System") de Tim Paterson por 50 mil dólares, baptizam-no de DOS (Disk Operating System) e vendem licenças à IBM. O DOS vendeu muitas cópias, como sistema operativo padrão para os computadores pessoais desenvolvidos pela IBM. IBM e Microsoft fariam, ainda, uma parceria para o desenvolvimento de um sistema operativo multitarefa chamado OS/2. Após o fim da breve parceria a IBM seguiu sozinha no desenvolvimento do OS/2.

    No começo da década de 1990, um estudante de computação finlandês postou um comentário numa lista de discussão da Usenet dizendo que estava a desenvolver um núcleo de sistema operativo e perguntou se alguém gostaria de auxiliá-lo na tarefa. Este estudante chamava-se Linus Torvalds e o primeiro passo em direcção ao tão conhecido Linux foi dado naquele momento.

    Visão geral

    Um sistema operativo pode ser visto como um programa de grande complexidade que é responsável por todo o funcionamento de uma máquina desde o software a todo hardware instalado. Todos os processos de um computador estão por detrás de uma programação complexa que comanda todas a funções que um utilizador impõe à máquina. Existem vários sistemas operativos; entre eles, os mais utilizados no dia a dia, normalmente utilizados em computadores domésticos, são o Windows, Linux e Mac OS X.

    Um computador com o sistema operativo instalado poderá não dar acesso a todo o seu conteúdo, dependendo do utilizador. Com um sistema operativo podemos estabelecer permissões a vários utilizadores que trabalham com este. Existem dois tipos de contas que podem ser criadas num sistema operativo, as contas de Administrador e as contas limitadas. A conta de Administrador é uma conta que oferece todo o acesso à máquina, desde a gestão de pastas, ficheiros e software de trabalho ou entretenimento ao controlo de todo o seu Hardware instalado. A conta limitada é uma conta que não tem permissões para aceder a algumas pastas ou instalar software que seja instalado na raiz do sistema ou então que tenha ligação com algum Hardware que altere o seu funcionamento normal ou personalizado pelo Administrador. Para que este tipo de conta possa ter acesso a outros conteúdos do disco ou de software, o administrador poderá personalizar a conta oferecendo permissões a algumas funções do sistema, como também poderá retirar acessos a certas áreas do sistema.

    Wikipedia

     

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