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    Arquivo: Edição de 31-01-2009

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA JUNTA DE FREGUESIA DE ERMESINDE

    Esclarecimento de declarações dominaram discussão

    A última reunião da Junta de Freguesia de Ermesinde que decorreu no passado dia 14 de Janeiro, ficou marcada pelo esclarecimento de declarações proferidas aquando da Assembleia de Freguesia, por Carlos Coutinho, da CDU.

    Américo Silva, tesoureiro da Junta, foi o que mais mostrou descontentamento. Sónia Sousa, da CDU, argumentou que as palavras de Carlos Coutinho foram mal interpretadas e garantiu que não houve intenção de insinuar que haveria processos ilegais na Junta.

    Para além disso foram abordados pequenos problemas já antigos da cidade.

    Fotos ARQUIVO MANUEL VALDREZ
    Fotos ARQUIVO MANUEL VALDREZ
    Sónia Sousa iniciou as intervenções dos partidos fazendo uma crítica à conduta da Câmara Municipal de Valongo (CMV) no que diz respeito às actividades extra-curriculares: «é uma brincadeira! Usam a educação para se promoverem políticamente», afirmou a representante da CDU fazendo referência a Fernando Melo aquando da sua intervenção, na reunião da CMV do dia 20 de Dezembro de 2008, quando disse que o chumbo do mapa de pessoal poria em risco a contratação de muitos professores. Sónia Sousa referiu que esta situação não implica qualquer risco no que diz respeiro à contratação de professores.

    Seguiu-se-lhe Américo Silva que colocou em cima da mesa alguns assuntos que muito deram que falar nesta reunião da JFE. O tesoureiro da Junta começou por relembrar que ao longo das quatro reuniões da Junta que tinham como objectivo chegar a um consenso sobre o orçamento, Sónia Sousa apresentou medidas que foram tidas em conta para melhorar o documento, no entanto na última reunião a representante da CDU votou contra o projecto.

    Perante esta declaração, Sónia Sousa argumentou que a CDU votou contra a proposta de orçamento por uma razão específica e não apenas «porque sim». «As propostas chave da CDU para orçamento não foi aprovada, e por isso votamos contra! Se querem que se chegue a um acordo então incluam as propostas que consideramos essenciais», justificou.

    MAL ENTENDIDOS

    GERAM CONFUSÃO

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    Américo Silva chamou a atenção para os «mal entendidos que decorreram aquando da reunião da Assembleia de Freguesia», declarando sentir-se triste com o sucedido. O tesoureiro referiu-se em particular às intervenções de Luís Santos do Bloco de Esquerda e de Carlos Coutinho da CDU. O primeiro porque levantou problemas relativamente à redacção das actas, e depois confrontado com a gravação das reuniões chegou à conclusão que não havia qualquer problema com as actas. Américo Silva reiterou a sua posição, afirmando que «as funcionárias da Junta são competentes e estas situações põem isso em causa». «As pessoas não podem dizer simplesmente tudo o que lhes apetece», declarou.

    Relativamente à intervenção de Carlos Coutinho, da CDU, Américo Silva reprovou a atitude do mesmo, uma vez que este se referiu à Junta como tendo «uma conta calada», insinuando «falta de transparência nos processos». O tesoureiro declarou que é preferível que «a Junta tenha no banco um dinheiro de lado, do que tenha uma dívida ao banco». «Não sabemos o dia de amanhã, e se a JFE tiver algum problema está prevenida, devemos gerir o dinheiro da Junta como se estivéssemos a gerir a nossa casa», argumentou.

    Américo Silva finalizou a sua intervenção apresentando uma proposta ao executivo que visava prestar uma última homenagem a Alberto Correia de Oliveira, figura típica de Ermesinde e conhecido como Berto gordo, disponibilizando uma sepultura, uma vez que o recém-falecido não possuía família próxima. Todos os elementos do executivo concordaram com a proposta apresentada.

    Artur Pais começou por prestar esclarecimentos sobre o assunto da «conta calada». Dizendo que não há nada de ilegal nisso, tratando-se de uma conta que passou a estar numa conta a prazo, devido à crise que estamos a atravessar.

    Artur Costa pediu ao presidente para questinar Fernando Melo acerca da localização do terreno para construção da escola na Travagem, há muito prometida. Prosseguiu reportando-se à declaração de Carlos Coutinho, na Assembleia de Freguesia, apelidando o episódio de «muito infeliz». Por fim, reclamou a pintura das passadeiras na rua Elias Garcia.

    Artur Pais declarou estar à espera de um telefonema a informar a localização do terreno para fazer a constução da escola.

    Almiro Guimarães questionou Artur Pais sobre as placas de identificação do Centro de Saúde de Ermesinde que já deveriam ter sido colocadas dentro da cidade, como havia sido prometido. Seguiu referindo que a vaga de assaltos que recentemente decorreram na cidade, há algumas semanas, requer uma rápida intervenção da polícia. No entanto «devido à escassez de agentes que não conseguem cumprir as suas funções» leva a que as pessoas tomem as suas próprias atitude, como foi recentemente noticiado no JN, que os comerciantes fazem, eles próprios, uma ronda nocturna, referiu.

    Almiro Guimarães chamou a atenção, mais uma vez, para a necessidade de auxiliar os idosos continuamente vítimas de assaltos, e voltou a pedir que fossem tomadas medidas, como sendo a sensibilização dos mais idosos para estes problemas.

    As declarações de Carlos Coutinho da última reunião da Assembleia de Frguesia foram também comentadas por Almiro que lamentou o sucedido, porque pôs todos os elementos dos executivo em cheque, não havendo razões para tal.

    Artur Pais informou que já comunicou à Câmara Municipal a falta das placas de indentificação do Centro de Saúde.

    CARLOS COUTINHO

    NÃO TEVE INTENÇÃO

    DE INSINUAR

    ILEGALIDADES

    Perante a tomada de posição por todos os elementos do executivo, Sónia Sousa justificou as declarações da CDU referindo que a afirmação da «conta calada» foi um mal entendido. Carlos Coutinho quereria dizer que «apesar de existir dinheiro para realizar os projectos propostos, muitas vezes o PSD não o faz, ou seja tem o dinheiro a render no banco e não lhe mexe, não o usa», argumentyou Sónia Sousa.. «Nós achamos que a JFE deve fazer obras, investir o capital». Nunca foi com a intenção de insinuar que haveria algo ilegal», declarou.

    Relativamente aos «processos transparentes» a representante da CDU remeteu esta afirmação para o caso da contratação do POC para o Gabinete de Acção Social da Junta, declarando que «depois de se fazer alguma coisa que não tenha sido transparente, tudo se pode dizer», justificou.

    Artur Costa reagiu a esta intervenção declarando que mesmo sendo a representante da CDU contra a contratação de POC´s tem de respeitar a maioria que decidiu a contratação deste tipo de trabalhadores.

    O último ponto da ordem de trabalhos reportou-se à aprovação de actas das reuniões anteriores.

    Por: Teresa Afonso

     

     

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