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    Arquivo: Edição de 15-06-2007

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA JUNTA DE FREGUESIA DE ERMESINDE

    Distúrbios desnecessários

    Devido ao alongar da reunião da Junta de Freguesia de Ermesinde do passado dia 6 de Junho – com as intervenções do público e dos membros do Executivo –, a maior parte da Ordem de Trabalhos prevista acabaria por ser discutida numa sessão extraordinária que se realizou no passado dia 11, ao fim da tarde.

    Na primeira destas sessões destaque para as intervenções do público dos senhores José Bezerra da Silva e José Soeiro. O primeiro queixando-se ao presidente da Junta pelos níveis de ruído insuportáveis que há longo tempo se fazem sentir junto da sua área de residência, na Santa Rita. O segundo, criticando asperamente a política municipal e dirigindo alguns remoques a “A Voz de Ermesinde”, a quem acusou de não publicar as cartas dos leitores. Quanto às intervenções dos membros do Executivo, destaque para Sónia Sousa, do PCP, que apresentou três requerimentos – sobre informações a propósito das obras ainda não concretizadas, de beneficiação dos parques infantis de Ermesinde, sobre o andamento dos trabalhos com vista à constituição do Conselho Consultivo da Cidade, e sobre o andamento dos trabalhos do edifício-sede da Junta. Foi ainda dado a conhecer aos membros da Junta a intervenção do Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República a propósito das condições da Esquadra de Ermesinde da PSP. Destaque ainda para a intervenção de Juliana Silva a propósito do funcionamento do Centro Veterinário Municipal.

    Na segunda sessão, destaque para a discussão da aquisição de software para a Gestão de Cemitérios e para a Gestão de Residentes, o Projecto Escolas Criativas, a questão da abertura de concursos (ou não) para os espaços vagos no Mercado de Ermesinde e, finalmente, para a questão dos distúrbios ocorridos na feira, os quais acabaram por se estender à própria reunião da Junta.

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    A primeira parte da reunião da Junta trouxe à baila uma questão já aflorada em “A Voz de Ermesinde”, mas para a qual nunca há respostas, a situação de atropelo continuado da lei do ruído por empresas que não respeitam o direito à tranquilidade e ao descanso dos moradores, com as manobras dos seus camiões. «Praticamente todos os fins-de-semana», queixou-se o munícipe, que disse identificar uma empresa importadora de carnes com instalações na Rua de Nossa Senhora da Mão Poderosa.

    Foi pedido à Junta que tome medidas junto das entidades competentes.

    As taxas cobradas pelo Centro Veterinário e o horário de acesso aos munícipes foi também alvo de intervenção.

    A sessão seguinte iniciou--se com uma informação do presidente da Junta que pretendia sensibilizar o Centro de Emprego para uma mais justa atribuição do subsídio de transporte aos seus contratados.

    Outra informação foi acerca da organização futura do Dia dos Avós, o qual deverá contar com um lanche e animação musical (além da oferta de um boné).

    Discutiu-se a seguir o Projecto Escolas Criativas, uma proposta que, através do investimento de 520 euros por parte da Junta, e recorrendo a outros patrocínios, visa desenvolver várias actividades educativas, como música, fotografia, teatro e iniciação ao jornalismo, sendo o projecto desenvolvido por uma associação cultural sem fins lucrativos, do Porto.

    Sónia Sousa defendeu que se deveria entrar em contacto com a Escola Secundária de Ermesinde, no sentido de as actividades não entrarem em choque com as eventualmente desenvolvidas na escola. Luís Ramalho, pelo contrário, achava que o projecto devia era ser dinamizado através dos alunos. A primeira posição prevaleceu.

    No ponto sobre a aquisição de software, houve acordo quanto à solução para Gestão de Cemitérios, mas não sobre a proposta para a Gestão de residentes. Sónia Sousa não via muito interesse nesta proposta que, em alguns pontos considerou redundante relativamente a ferramentas de software já existentes na Junta. Com competências nesta área técnica, ofereceu-se mesmo para trabalhar graciosamente numa solução. Luís Ramalho contrapôs que a solução apresentada tinha a vantagem de ser adequada e inteiramenrte compatível com o POCAL. A sua proposta seria aprovada com três votos a favor (PSD), três abstenções (PS) e um voto contra (PCP).

    A discussão sobre a loja de vago e o espaço terrado disponível no Mercado de Ermesinde, depois de analisar as práticas razoáveis anteriores, por um lado, e por outro, as medidas de rigor como são o lançamento de concursos, foi a certa altura refreada pela intervenção de Américo Silva que, prudentemente, propunha que se soubesse primeiro o que iria acontecer ao mercado, antes da Junta se comprometer.

    Luís Ramalho lembrou que esse aspecto estava salvaguardado no Regulamento, mas, mesmo assim, prevaleceu a posição do tesoureiro da Junta, Américo Silva, com Luís Ramalho isolado.

    Discutiu-se ainda brevemente a próxima realização do Passeio da Terceira idade que, desta vez, não será como nos últimos anos, à Quinta da Malafaia.

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    Foram também “despachados” vários assuntos de expediente, como uma antiga multa por estacionamento indevido a uma viatura ao serviço da Junta de Freguesia de Ermesinde, uma proposta do fotógrafo Manuel Valdrez, solicitando um apoio, sobre a criação de uma colecção de postais da cidade de Ermesinde, editada por este, e um pedido de apoio da associação cultural Ágorarte sobre a edição em livro dos documentos das I Conferências de Ermesinde, dedicadas a Eça de Queirós.

    Quanto à multa, a Junta iria tentar sensibilizar a Câmara, considerando injusta a multa atribuída.

    Foi aprovado o apoio à colecção de postais, dado não existir nada de semelhante referente à cidade de Ermesinde, ficando o Executivo, contudo, de ver o preço destes para decidir sobre quantas colecções pretenderia adquirir. Também ficou de se apurar a pretensão exacta do Ágora, havendo contudo uma posição de partida favorável da Junta de Freguesia de Ermesinde.

    Mais polémico foi o assunto dos distúrbios ocorridos na feira de Ermesinde, que opôs Luís Ramalho a Artur Costa (e Almiro Guimarães) e do qual fazemos o comentário na peça em anexo.

    Por: LC

     

     

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