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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-08-2006

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA JUNTA DE FREGUESIA DE ERMESINDE

    Velhas questões que continuam a atormentar o quotidiano da Cidade vieram (novamente) ao de cima

    A passada reunião pública da Junta de Freguesia de Ermesinde, realizada a 2 de Agosto último, ficou marcada pela denúncia de diversas maleitas que convivem diariamente com a Cidade. Alguns destes problemas já “têm barbas”, ou seja, são uma presença constante nas reuniões dos últimos meses, sendo que para muitos deles ainda não foi desta que se encontrou uma solução. Aparte desta lista de questões problemáticas apresentada quer pelos elementos da Oposição quer pelos do público a sessão ficou ainda marcada pelo rescaldo das comemorações do Dia da Cidade.

    Como é da praxe nestas ocasiões, foram do público as primeiras intervenções da noite, e para não variar as mesmas voltaram a pertencer a duas caras habituais nestas andanças, Esmeralda Carvalho e Telmo Vilar. A primeira continua a trazer ao de cima velhas questões que teimam em prevalecer na vida da Cidade, tais como se a Refer já deu resposta sobre a colocação do painel electrónico na estação ferroviária de Ermesinde, cuja instalação estava prevista para Maio passado e até ver nem sinal da infraestrutura. Para quando a instalação de um tapete rolante na mesma estação, já que ali circulam diariamente centenas de pessoas com dificuldades de movimentação (idosos e deficientes) e nem sempre os elevadores funcionam, ou se o abaixo-assinado a enviar à Refer já havia – finalmente – seguido para esta empresa, foram algumas das antigas questões que Esmeralda voltou a colocar à Junta de Freguesia de Ermesinde (JFE). No entanto, a intervenção da ex-autarca não se ficou por “avivar” a memória da Junta em relação aos velhos problemas, já que novas maleitas foram dadas a conhecer por esta paroquiana, mais precisamente – entre outras – para a existência de uma elevada quantidade de lixo que se encontra depositado no espelho de água da Praça da Estação.

    Foto RUI LAIGINHA
    Foto RUI LAIGINHA
    Já Telmo Vilar alertou para um pequeno leque de problemas na Rua da Gandra, mais concretamente para o constante estacionamento de viaturas em local proibido e para a existência de vidros no meio da referida artéria que tornam perigosa não só a circulação de automóveis como também de peões. Perante isto o presidente da JFE começou a dar respostas às questões colocadas pelos dois paroquianos, informando então que segundo um ofício enviado pela Refer à entidade por si dirigida a instalação do painel informativo na estação está prevista para o último trimestre do corrente ano civil. Disse ainda que o abaixo-assinado a enviar à empresa ferroviária já havia seguido. Quanto ao lixo que se encontra depositado no espelho de água da Praça da Estação Artur Pais deu a saber que iria dar a conhecer o problema à Câmara de Valongo. Em relação aos casos da Rua da Gandra informou que os iria apresentar às autoridades policiais para que estas os pudessem resolver.

    A VEZ DA OPOSIÇÃO

    Seguiram-se as intervenções dos elementos da Oposição, que nesta reunião se apresentou desfalcada, pois a representante da CDU, Sónia Sousa, esteve ausente por se encontrar a gozar um período de férias. Alcina Meireles seria a primeira a usar da palavra, começando por dar a conhecer a sujidade em que se encontra mergulhada a Rua do Pinheiro que, segundo a autarca, já não recebe os serviços de limpeza há bastante tempo. A necessidade de instalar marcos do correio em zonas periféricas da Cidade mereceu também uma chamada de atenção da socialista, já que ao seu partido chegaram recentemente inúmeras queixas de paroquianos que têm de se deslocar propositadamente ao centro da freguesia para depositar uma carta no correio ou simplesmente para comprar um selo, visto que na zona onde habitam não é possível realizar estas operações pela inexistência de marcos do correio. Faria ainda um breve balanço das comemorações do Dia da Cidade – ocorridas a 13 de Julho –, referindo que as mesmas ficaram muito aquém do esperado. «As comemorações não correram bem, o presidente da Junta chamou até si todo o processo da organização das festividades, e por muito boa vontade que tenha tido ninguém consegue fazer tudo sozinho. Alguns dos grupos que actuaram nas comemorações queixaram-se da organização, como, por exemplo, diversos elementos do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Ermesinde que ponderaram a hipótese de ir embora sem actuar, pois as horas estavam a passar e no dia seguinte tinham de ir trabalhar. A rubrica histórica sobre a Cidade também foi esquecida, aliás eu tinha sugerido alguns nomes que poderiam falar sobre a história de Ermesinde durante as comemorações, como por exemplo o Jacinto Soares, a Fernanda Lage ou o Manuel Augusto Dias, pessoas que sabem muito sobre a freguesia. Um aspecto importante que fez falta ao programa das comemorações. No entanto, julgo que podemos fazer mais qualquer coisa no futuro, já que outras ocasiões podem ser aproveitadas para colocar em prática alguns destes projectos que foram esquecidos no Dia da Cidade», sugeriu.

    DE NOVO A MEDALHA

    A socialista iria ainda propor ao presidente da Junta que na próxima sessão pública se inclua na Ordem de Trabalhos a discussão sobre a proposta do PS para a atribuição da Medalha da Cidade, que como é sabido assenta na distinção a quatro entidades/personalidades de Ermesinde, nomedamente o Centro Social de Ermesinde, o Clube de Propaganda da Natação, os Bombeiros Voluntários de Ermesinde e Alberto Taborda.

    À intervenção de Alcina Meireles seguiu-se a de Artur Costa, que apresentou uma longa lista de antigos problemas que continuam a atormentar a Cidade. Problemas já anteriormente colocados por si em sessões passadas, mas que continuam sem respostas da parte da JFE. A falta de iluminação na ponte sobre o Leça, as árvores dos canteiros da Praça da Estação que secaram – entretanto retiradas – sendo que a plantação de novas árvores não foi feita até à data, a limpeza de algumas bermas de ruas da freguesia que continuam uma lástima – segundo Costa em algumas artérias de Sampaio a altura das ervas daninhas ultrapassa o metro e meio de altura –, os projectores de água da parte nova do parque urbano que continuam a ser vandalizados e, como é óbvio, sem funcionar, entre outros casos problemáticos que continuam sem resposta. «Tudo isto são problemas dos quais já ando aqui a falar há dois e três meses consecutivos e até agora o senhor presidente não teve uma única resposta para me dar», atirou o socialista. Questionaria ainda o presidente sobre o ponto da situação em relação à conclusão das obras da terceira fase do edifício da Junta, do mercado de Ermesinde e a hipótese de requalificação da infraestrutura – como informou Artur Pais na última sessão depois de ter tido uma reunião com um vereador e um arquitecto da Câmara –, ou ainda sobre a colocação de pequenas lojas dentro dos cemitérios com vista à comercialização de cera e flores como também foi equacionado na última reunião.

    Por seu turno, Almiro Guimarães também se mostrou desiludido com as comemorações do Dia da Cidade, dizendo que Artur Pais não cumpriu com o que tinha prometido, mais concretamente no que toca à inclusão da já referida rubrica histórica com a presença de Jacinto Soares, promessa essa que, segundo Guimarães, ficou registada em acta. Quis saber ainda, entre outras coisas, o ponto da situação no que toca ao assunto do moinho que a Socer pretende oferecer à JFE.

    AS CURTAS RESPOSTAS DE PAIS...

    E se a lista de problemas colocados pela Oposição foi demasiado extensa, as respostas de Pais não podiam ter sido mais curtas. Senão vejamos: em relação aos temas relativos ao mercado, aos cemitérios, ao moinho, ou à conclusão do edifício da Junta a resposta foi a mesma, «não há novidades em relação a isto. Como estamos em época de férias estas pessoas (vereadores, arquitectos, técnicos, engenheiros, etc.) com quem estamos a trabalhar nestes assuntos estão de férias, pelo que tudo isto está em stand-by». No que diz respeito a outras questões inicialmente apresentadas quer por Alcina Meireles quer por Artur Costa lá foi respondendo, umas vezes dizendo que já havia colocado o problema à autarquia e que aguardava por uma resposta desta, outras referindo que o problema iria em breve ser solucionado, e outras ainda dizendo que a Junta vai tomar providências para resolver a questão. «A Cidade continua à espera de resposta», ou «está tudo de férias», foram alguns comentários irónicos proferidos pelos socialistas Artur Costa e Alcina Meireles, respectivamente, após a intervenção do presidente. Relativamente às críticas referentes às comemorações do Dia da Cidade, Pais diria que a seu ver as coisas até não correram assim tão mal, que se havia feito o melhor possível, «julgo que esta foi uma experiência nova para todos nós, já que este foi o primeiro ano em que realizámos os festejos. Se calhar sobrecarregámos um pouco o programa da noite, mas tirando isso penso que as coisas até correram bem. Quanto ao Jacinto Soares ter ficado de fora do programa ficou a dever-se ao facto de a televisão não ter vindo cobrir o acontecimento, pelo que se assim não fosse teria muito gosto em que ele estivesse presente», justificou-se.

    Por: Miguel Barros

     

     

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