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    Arquivo: Edição de 15-03-2006

    SECÇÃO: Local


    CONFERÊNCIA “RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS”

    Capitalismo de rosto humano

    Organizado pela Câmara Municipal de Valongo – tendo como moderadora Eunice Neves, adjunta do presidente da edilidade –, e contando com as intervenções de Hermano Correia, da APCER (Associação Portuguesa de Certificação), e de Carmo Tovar, da Primus – Promoção e Desenvolvimento Regional, realizou-se, no passado dia 9 de Março, no Fórum Cultural de Ermesinde, a Conferência “Responsabilidade Social das Empresas”. O evento, que contou com a presença de umas dezenas de empresários, revelou-se como uma excelente oportunidade para reflectir sobre as “boas” práticas do capitalismo.

    Fotos URSULA ZANGGER
    Fotos URSULA ZANGGER
    Hermano Correia, técnico da APCER, embora não nessa qualidade, como aliás afirmou reiteradamente durante a sua palestra, foi o autor da mais importante intervenção proferida no evento “Responsabilidade Social das Empresas”.

    Frisando bem tratar-se ali não apenas de práticas simpáticas (mero marketing), mas de uma profunda cultura de empresa com implicações a muitos níveis, mas também, evidentemente, com propósitos que, acima de tudo, levariam à valorização da empresa e, por conseguinte, ao almejado lucro, o conferencista deixou no ar algumas muito interessantes interrogações e reflexões sobre os limites de uma prática de gestão capitalista.

    Precisando, e citando o Livro Verde da Comissão Europeia “Promover um Quadro Europeu sobre Responsabilidade Social das Empresas”, Hermano Correia apresentou esta como «... essencialmente, um conceito segundo o qual as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo».

    Assim, seria essencial para prosseguir estes propósitos, que as empresas se enquadrassem dentro da perspectiva de um desenvolvimernto sustentável, numa perspectiva integradora das vertentes sociais, ambientais e mesmo económico-financeiras.

    Citando um relatório de 2001 da Comissão Europeia, o conferencista esclareceu que «é cada vez maior o número de empresas europeias que promovem estratégias de responsabilidade social como reacção a diversas pressões de natureza social, ambiental e económica. Pretendem assim, dar um sinal às diversas partes interessadas com as quais interagem: trabalhadores, accionistas, consumidores, poderes políticos e ONG». E, explicando melhor os objectivos pretendidos: «Ao procederem desta forma, as empresas estão a investir o seu futuro e esperam que este compromisso voluntário contribua para um aumento da sua rendibilidade».

    Este espírito empresarial responsável implicaria «proporcionar vantagens directas para a empresa e garantir a competitividade a longo prazo», através da «criação de uma boa reputação», da «fidelização e expansão da carteira de clientes», da «confiança da comunidade», da protecção do ambiente» e da «satisfação dos trabalhadores».

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    SER PME

    RESPONSÁVEL

    Tudo sem nenhum equívoco, portanto.

    Carmo Tovar, da Primus, dedicou a sua palestra ao tema “Ser PME Responsável”, aliás objecto de projectos de concretização. Citando Etienne Wenger, especialista em inteligência artificial e, sobretudo, no caso em questão, teórico das “comunidades de prática” – «como sendo grupos de pessoas que compartilham o mesmo interesse ou dedicação a um tema específico» – Carmo Tovar procurou divulgar as parcerias em que a Primus está envolvida, no sentido do Desenvolvimento na Área Metropolitana do Porto, com a colaboração de vários organismos e de pequenas e médias empresas.

    ENCERRAMENTO

    Eunice Neves, da Câmara Municipal de Valongo, encerrou a conferência, não sem antes ter apontado como exemplo de boas práticas sociais algumas empresas no concelho que tinham simpaticamente ajudado a pôr de pé várias iniciativas da Câmara, algumas delas distinguidas com prémios – como as actividades da Agência para a Vida Local, em que teve (e tem) um grande envolvimento a própria Eunice.

    Presentes na Conferência estiveram o presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Artur Pais, e o secretário Luís Ramalho.

    Por: LC

     

     

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