A Página dos Jovens
Escuta a minha indignação
Este artigo tem como objectivo expressar a minha não conformidade e a minha revolta perante comportamentos que considero inaceitáveis numa sociedade dita desenvolvida.
Na realidade, sou muito jovem mas a minha indignação está acima de qualquer idade.
Diariamente assisto a comportamentos, sobretudo por parte dos jovens da minha escola, que me fazem questionar onde está afinal a sua modernidade.
Mais do que nunca assisto a discriminações raciais, económicas, pessoais e emocionais. Como é que uma peça de roupa pode qualificar alguém? Como é possível fazer-se juízos de valores de quem não se conhece?
Posso afirmar que vivo numa sociedade desprovida de valores e esse facto faz-me sentir vazia, triste e temerosa pelo futuro.
Não existem limites para a maldade quando a exclusão passa a crime. Na Escola Secundária de Ermesinde assisti a comportamentos cruéis que deveriam ser erradicados da face da Terra!
Não quero colocar em causa o modo como este estabelecimento é dirigido, porque quanto a isso não existem objecções a fazer. Agora, entristece-me saber que nem sempre foi assim. Alguns jovens adultos que aqui estudaram olham para a escola com enorme carinho, pois viveram momentos de saudável convívio. Fizeram muitos amigos e as recordações deste período de adolescência constituem referências para a sua vida actual.
Eu infelizmente não poderei um dia transmitir o mesmo.
Como qualificar o seguinte episódio: um aluno é vítima de violência física e psicológica só porque se quer integrar num grupo?
O que está por trás destes comportamentos?
Talvez carência afectiva, falta de auto-estima…
Quero deixar uma questão de reflexão: Qual é o papel das famílias, da escola e dos meios de comunicação?
Qual é o nosso papel?
Aqui deixo o meu contributo e a minha indignação!
Cátia Sofia O. Dias
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