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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-11-2005

    SECÇÃO: Destaque


    8ª MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO

    Foto ANDRÉ CASTRO
    Foto ANDRÉ CASTRO

    Rir com a vida de um grande artista - “Vincent, Van e Gogh” aqueceram o Fórum

    Numa noite fria, como já nos habituámos, a companhia Peripécia Teatro trouxe ao palco do Fórum Cultural de Ermesinde, a humorística peça “Vincent, Van e Gogh”. O espectáculo, realizado a 28 de Novembro, inseria-se no programa da 8ª Mostra Internacional de Teatro (MIT) de Valongo.

    A companhia originária de Macedo de Cavaleiros, conhecida pelos espectáculos “Ibéria – A Louca História de uma Península” e “Clean Clown – Serviços de Limpeza”, trouxe ao MIT a vida de um dos maiores pintores impressionistas: Vincent Van Gogh. A iniciativa, criada e interpretada pelo português Sérgio Agostinho e pelos hispânicos Ángel Fragua e Noelia Dominguez e dirigida por José Carlos Garcia, levou ao rubro a casa de espectáculos do Fórum, que merecia estar mais preenchida, mostrando uma visão muito original da vida de Van Gogh.

    Começando por interpretar três dos girassóis pintados no célebre quadro do pintor holandês, os actores entrariam num rodopio de personagens que duraria até ao final do espectáculo. Um público divertido assistiu a como apenas três actores conseguiam representar três personalidades distintas do pintor (Vincent, Van e Gogh), interpretando também os médicos que o assistiam nas suas fases recorrentes de doença e de loucura, um pai que ia contra a sua vida de artista, uma mãe submissa às vontades do seu marido, um irmão que o apoiava e defendia, os empregados da família e uma série de personalidades do mundo artístico com as quais Van Gogh teve um intenso contacto, tais como Paul Gauguin, Émile Bernard, Henri de Toulouse-Lautrec ou Camille Pissarro. O fracasso em Paris (para onde havia emigrado), a desilusão com o impressionismo, a ida para Arles, os problemas com Gauguin, a tentativa da abandono das suas múltiplas personalidades são elementos mostrados na peça que serviriam como factores para uma caminhada alucinante rumo à loucura, que o levaria ao célebre acto de cortar a sua orelha e, mais tarde, ao suicídio.

    Sem dúvida mais um dos excelentes espectáculos que passaram pelo MIT deste ano. Na noite seguinte, a produtora Natércia Campos, homenageada desta edição da Mostra, confessaria a “A Voz de Ermesinde” o quanto se divertiu ao assistir a esta peça, considerando-a um dos melhores espectáculos em cartaz.

    FICHA TÉCNICA

    Criação e interpretação: Sérgio Agostinho, Noelia Dominguez e Ángel Fragua.

    Desenho de luz: Paulo Neto

    Figurinos e adereços:

    Peripécia Teatro

    Direcção: José Carlos Garcia

    Produção: Peripécia Teatro

    Por DANIEL FARIA

     

     

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