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    Arquivo: Edição de 15-11-2005

    SECÇÃO: Destaque


    Honrada a memória do padre António Joaquim Mota

    Em cerimónia que decorreu no passado dia 5 de Novembro na Igreja Paroquial de Ermesinde, a comunidade católica, instituições da cidade e do concelho, fiéis e outros munícipes associaram-se para homenagear a memória do saudoso cónego Mota. Na cerimónia estiveram presentes, em particular, a sua família e o presidente da Câmara de Valongo e seus vereadores e da Junta de Freguesia de Ermesinde.

    Na ocasião foi descerrado um busto da autoria do escultor Lopes Cardoso, foi distribuída uma publicação que reuniu um conjunto de textos de homenagem, memória e saudade em seu louvor, e foram proferidas algumas palavras por uma menina da paróquia de Ermesinde, pelo irmão do homenageado padre Manuel da Costa Mota e pelo presidente da Câmara de Valongo, Fernando Melo, que se emocionou até às lágrimas.

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    A cerimónia de homenagem ao cónego Mota teve início com a celebração de uma cerimónia litúrgica, de carácter solene, na qual participaram diversos sacerdotes, sendo um deles o padre Luís Ferreira, que antecedeu na paróquia o padre António Mota. Presidiu à celebração o actual pároco de Ermesinde, cónego João Peixoto.

    Com a igreja de Ermesinde completamente cheia, o cónego João Peixoto começou por tecer umas breves palavras sobre o teor da cerimónia, salientando a presença da família do homenageado e agradecendo a presença dos muitos ermesindenses, das instituições e dos representantes das associações presentes.

    No decurso da cerimónia, salientou o cónego João Peixoto a propósito de António Mota: «Era a Cristo que o padre Mota se dava, nunca se lhe conheceu outro Senhor».

    E abordando a questão da inevitabilidade da morte, afirmou desta maneira, a fé cristã: «A verdade fundamental da nossa esperança não é a imortalidade, é a Ressurreição».

    O padre João Peixoto lembrou S. João da Cruz e terminou a sua prédica mencionando que «o Senhor proclamou não a intermitência, mas a morte da morte».

    O pároco de Ermesinde, no fim da Eucaristia, voltou a agradecer a presença dos que puderam, ali de corpo inteiro, homenagear o cónego António Mota, mas também àqueles que não tendo podido estar presentes, enviaram saudações.

    Referiu, por exemplo, o beneplácito do bispo D. Armindo à cerimónia, a mensagem do padre Marçalo, impedido de estar presente por afazeres ligados ao Secretariado da Pastoral Familiar e da Educação Católica e de outros mais que se associaram a esta homenagem. Referiu, por fim, a participação da cidade.

    DESCERRAMENTO DO BUSTO

    foto

    Teve então lugar a cerimónia do descerramento do busto, colocado na entrada lateral da Igreja, e uma acção de Graças.

    Usaram da palavra, brevemente, a menina Ana Luísa – que tinha apenas dois anos quando o cónego Mota assumiu a paróquia ermesindense –, o cónego João Peixoto, que sublinhou a presença da família do padre Mota – «que o recebeu de Deus e o partilhou connosco», do presidente da Câmara Municipal de Valongo, Fernando Melo, que não pôde conter as lágrimas e referiu o «relacionamento pessoal e institucional «excepcional» tido com o saudoso homenageado, cuja maneira de ser tinha conquistado o concelho e a cidade, referiu ainda «a participação da Câmara, de muitos modos, nesta Igreja», e salientou finalmente a sábia decisão do bispo do Porto em ter designado para presidir à paróquia de Ermesinde o padre António Mota.

    Fernando Melo fez também questão de estender este louvor da decisão episcopal à designação mais recente do cónego João Peixoto para sucedor ao cónego António Mota na paróquia de Ermesinde.

    Usou finalmente da palavra o padre Manuel da Costa Mota, irmão do cónego Mota, que dele deu um testemunho muito próximo, sobretudo dos momentos em que, com perplexidade, tomou conhecimento da proposta do bispo.

    Com algumas «dúvidas» e o «constrangimento pela falta de experiência da vida paroquial», o padre António Mota responderia positivamente ao chamamento do bispo, tendo-se entregado com entusiasmo ao «povo bondoso de Ermesinde, que muito amava».

    Manuel da Costa Mota referiu também como o seu irmão conseguiu, de uma forma incansável, conciliar a paroquialidade de Ermesinde, com outras suas responsabilidades pastorais.

    E no fim, agradeceu aos «ermesindenses, autoridades, Igreja, instituições, presentes e aos que gostariam de estar aqui».

    O padre Manuel Mota anunciou então a disponibilidade do livro editado em memória do cónego Mota, deu os pareabéns ao escultor Lopes Cardoso, e agradeceu a simpatia de todos, que considerou um verdadeiro «lenitivo da dor».

    Por: LC

     

     

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