10 anos do Parque das Serras do Porto assinalado com a publicação de livro que é uma amálgama de memórias de um projeto invulgar
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Fotos CMV |
Os 10 anos da materialização do projeto intermunicipal Parque das Serras do Porto ficam assinalados pelo lançamento do livro “Bloco de notas e memórias da primeira década de um projeto invulgar”. A obra foi publicamente apresentada no passado dia 18 de novembro, na Oficina da Regueifa e do Biscoito de Valongo, pela mão da Associação de Municípios Parque das Serras do Porto, e pretende assinalar uma década de trabalho intermunicipal em prol da criação e gestão integrada da Paisagem Protegida Regional Parque das Serras do Porto.
Presentes nesta cerimónia estiveram vários autarcas, técnicos e personalidades que testemunharam de perto estes 10 anos de vida de um parque criado em 2014 pela mão dos municípios de Valongo, Paredes e Gondomar.
Nas palavras de Raquel Viterbo, diretora executiva da Associação de Municípios Parque das Serras do Porto e responsável pela conceção da grande maioria dos conteúdos desta publicação, este é um livro informal, «uma amálgama de memórias em forma de texto e fotografias», em que foi procurado resumir de uma forma muito sucinta, muito esquemática e muito visual, o trabalho desenvolvido ao longo deste percurso de 10 anos, conforme frisou a técnica, acrescentando que o livro «leva-nos numa viagem por algumas das componentes e das fases do nosso trabalho».
Presentes neste lançamento estiveram igualmente dois dos três presidentes das câmaras que estiveram na génese da criação deste projeto intermunicipal, nomeadamente, Marco Martins, edil de Gondomar; e José Manuel Ribeiro, líder da autarquia de Valongo e atual presidente do Conselho Executivo da Associação de Municípios Parque das Serras do Porto. Uma nota de rodapé para referir que Alexandre Almeida, presidente da Câmara Municipal de Paredes, não pôde estar presente na cerimónia devido a um impedimento pessoal de última hora. E na sua alocução, José Manuel Ribeiro, começaria por salientar que uma das características que tem este projeto é de que se trata de «um exemplo poderoso de que nós, os eleitos, podemos fazer mudanças. Este projeto tem esta virtude. Estes 10 anos desta caminhada mostram como mesmo não tendo conseguido, naturalmente, alcançar todos os objetivos, porque é difícil, já que estamos a falar de um território extenso, que na sua esmagadora maioria é propriedade privada, o que implica maior necessidade de tempo de negociação, de paciência, fomos conseguindo ao longo destes anos transformar a paisagem».
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Recordando mais adiante muitas das ações desenvolvidas no parque no decorrer desta primeira década de vida, tais como, as ações de reflorestação e o restauro ecológico, o combate às espécies invasoras e infestantes, e a rede de escolas, disse que este projeto é um bom exemplo para mostrar como vários autarcas, várias pessoas, presidentes de junta, demais eleitos, podem, quando querem, juntando várias pessoas e vários saberes, transformar o território. O presidente do Conselho Executivo da Associação de Municípios Parque das Serras do Porto, recordou ainda que no seu início o projeto arrancou apenas com o esforço (financeiro) das três autarquias envolvidas, sublinhando mais à frente que dentro de 50 anos o Parque das Serras do Porto «será um quadro lindíssimo com espécies autóctones e dinâmicas económicas ligadas à Natureza e à floresta, um espaço de convívio com uma infraestrutura verde ao serviço da saúde mental, ao serviço do desporto, ao serviço do convívio das famílias, ao serviço da promoção turística do centro e das grandes cidades à volta».
A concluir a sua intervenção, José Manuel Ribeiro confessou estar muito orgulhoso deste projeto. «Bem sei que não conseguimos fazer tudo, mas demos um poderoso exemplo de que é possível transformar. E ser político é ter a capacidade de transformar e querer transformar, e nós aqui neste projeto podemos ter orgulho, demos um enorme exemplo à região e ao país».
Também Marco Martins usaria posteriormente da palavra para entre outros aspetos ressalvar que este é um «projeto invulgar e bem-sucedido e que se transformou essencial para o futuro. Hoje, o Parque das Serras do Porto não é das câmaras, é da comunidade, é um projeto que vai ficar para as gerações futuras».
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Por:
Miguel Barros
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