NOTICIAS DA UNIVERSIDADE SÉNIOR DE ERMESINDE
Visita de Estudo ao navio Gil Eannes, em Viana do Castelo
No âmbito do plano de atividades da disciplina de Sociedade e Cidadania, da Universidade Sénior de Ermesinde, a docente e os seus alunos, realizaram uma visita de estudo no contexto da cidadania cultural ao navio-hospital Gil Eannes.
No passado dia 15 de novembro, rumámos de comboio à cidade de Viana de Castelo e visitámos o navio-hospital Gil Eannes, fundeado no porto da cidade, já adaptado e remodelado para visitas do público. Este navio, construído nos estaleiros desta cidade, deu origem a uma fundação com o seu nome. Entrou ao serviço como navio-hospital em 1955 para apoio da frota bacalhoeira portuguesa, sobretudo nos mares da Terra Nova e Gronelândia.
Após o ocaso desta atividade económica portuguesa, em 1973 fez a sua última viagem, ao Brasil, com o embaixador de Portugal vigente, Prof. José Hermano Saraiva.
Quando regressou, fundeou abandonado e vandalizado em Lisboa, para ir para a sucata em 1977. Em 1998, em resposta ao apelo do Prof. José Hermano Saraiva, a população vianense, com apoio financeiro de mecenas, criou a Fundação Gil Eannes, que comprou o decrépito navio e o trouxe de volta para a sua cidade natal, onde foi restaurado e transformado para ser património museológico da extinta arte pesqueira portuguesa.
Com os seus compartimentos, retrata as funções originais das atividades náuticas, de apoio médico, abastecimentos alimentares, de artefactos de pesca, como quebra-gelos e rebocador náutico, para apoio aos navios pesqueiros que operavam na pesca do bacalhau.
O grupo de alunos da Universidade Sénior de Ermesinde, com o apoio de guia local, percorreu o interior do navio, visualizando os elementos multimédia informativos e interpretativos expostos, seguindo desde a ponte de comando, aos compartimentos da tripulação, às salas técnicas de navegação e do serviço hospitalar, de apoio e confeção alimentar da tripulação e dos pescadores, entre outros.
O navio-hospital Gil Eannes também contempla, o Centro de Mar, que é um espaço composto por um Centro de Interpretação Ambiental e de Documentação do Mar, que se encontra instalado à ré, e pertence à Câmara Municipal de Viana do Castelo.
Finalizada a visita o grupo saiu para o exterior, animado com os conhecimentos náuticos e as dificuldades do trabalho dos marinheiros e pescadores dessa época, para que os portugueses pudessem degustar o famoso, pelo dito, “é tradição portuguesa ter o fiel amigo à mesa”.
No regresso para a estação ferroviária de Viana do Castelo, fizemos uma paragem, para os lanches próprios ou refeições, no bonito centro comercial anexo à estação dos comboios, já enfeitado para o Natal, e o regresso a casa do grupo foi animado e cheio de satisfação com este convívio.
Joaquim Almeida
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