|
Edifício do antigo Cinema de Ermesinde vai dar lugar à Oficina Municipal das Artes
 |
| Foto CMV |
Foi apresentado no passado dia 4 de novembro o projeto e lançamento da empreitada da Oficina Municipal das Artes, um novo espaço que vai nascer no antigo Cinema de Ermesinde. A cerimónia teve lugar no piso superior do Fórum Cultural de Ermesinde e contou com a presença de diversas figuras públicas, entre elas o presidente da Câmara Municipal de Valongo (CMV), José Manuel Ribeiro. Após o ato da assinatura da consignação da obra foi projetado um vídeo descritivo deste projeto que «tem como principal objetivo a participação cultural ativa, independentemente da idade e da origem sociocultural, económica, étnica e geográfica». O futuro espaço irá funcionar como uma escola de artes, onde qualquer cidadão poderá desenvolver/aprender competências ao nível da dança, teatro, música clássica e contemporânea, atividades circenses, cinema, fotografia, artes plásticas (pintura e escultura), vem como ter acesso a um estúdio de gravação (luz e som). Em termos concretos o edifício irá manter a traça da fachada original mas terá um design mais contemporâneo, com linhas modernas. À semelhança de outro edifício histórico localizado na sede do concelho, o da atual Oficina da Regueifa e do Biscoito, irá ser conjugado o “novo” com o “antigo”. Ao nível do piso térreo a futura Oficina Municipal das Artes terá, a título de exemplo, o seu grande auditório, ao passo que o piso superior vai ser dedicado às salas das várias atividades/áreas atrás referidas. A nível exterior, na cobertura, haverá um espaço que está projetado para ser uma extensão das atividades que decorrem, ou são desenvolvidas, no edifício, um espaço onde poderão ser realizados eventos culturais pontuais, sendo que para isso irá ser ali construída uma concha acústica, onde será possível realizar eventos todos eles abertos quer sobre o Parque Urbano, quer sobre a própria cidade em si. Aliás, no que diz respeito ao piso superior e cobertura todo ele se vai abrir perante o Parque Urbano, estando projetada uma ampla varanda envidraçada virada para todo aquele espaço verde. Há neste ponto uma intenção da autarquia que este novo espaço esteja interligado, ou que seja complementar, com o Fórum Cultural de Ermesinde.
 |
| Fotos MANUEL VALDREZ |
«A Oficina Municipal das Artes constitui um instrumento de primeira linha para a democratização do acesso à prática e à fruição culturais, contribuindo para a formação precoce de públicos e evidenciando o compromisso com instrumentos internacionais», começou por salientar o presidente da Câmara, acrescentando que acredita que em lugares onde se valoriza o acesso à democracia participativa, onde se valoriza o acesso à cultura, ou à educação, faz com que nesses mesmos lugares haja comunidades diferentes, para melhor, e que no concelho de Valongo esse exemplo de democracia local tem sido praticado consigo e a sua equipa ao leme do Município. Na sua opinião a construção de projetos como a futura Oficina Municipal das Artes que democratizem o acesso à prática da cultura «vai potenciar ainda mais uma tradição que se foi criando nesta cidade (de Ermesinde), em torno do ensino secundário que se especializou muito nos últimos anos na formação artística. De Ermesinde tem saído muita gente ligada à cultura a nível nacional», lembrou o autarca, que ressalvou que a Oficina Municipal das Artes não foi pensada para se sobrepor ao Fórum Cultural de Ermesinde, mas antes para potenciar e dar oportunidade à prática de atividades como a dança, música, teatro, artes plásticas, entre outras. José Manuel Ribeiro recordaria ainda que a Oficina Municipal das Artes «será um novo núcleo cultural articulado com a Oficina do Brinquedo Tradicional Português e com a Oficina da Regueifa e do Biscoito, com participação ativa da população, e que constituirá o triângulo cultural representativo da identidade e história do concelho». A este propósito frisaria que a autarquia tem feito nos últimos anos um esforço no sentido de reabilitar e requalificar edifícios históricos e emblemáticos como é o caso do antigo cinema de Ermesinde e do antigo quartel dos Bombeiros de Valongo onde hoje em dia se encontra a Oficina da Regueifa e do Biscoito. «Este e outros equipamentos que referi permitem afirmar a nossa identidade, e nós só atingimos os nossos objetivos se afirmarmos todos os dias a nossa identidade», disse o edil que mais adiante recordou um pouco da história deste edifício que albergou o antigo cinema da nossa cidade, «um edifício dos anos 40, e que nos anos 90 ficou abandonado. Mas a verdade é que era um edifício marcante na cidade, que estava numa situação de abandono, e a determinada altura houve aqui muita vontade de agarrarmos este tema», referindo a este propósito a envolvência do antigo presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, João Morgado, também presente nesta cerimónia, na intenção de recuperar aquele edifício que seria comprado pela Câmara e que segundo José Manuel Ribeiro «vai contribuir para a revitalização da identidade cultural e da memória coletiva da comunidade, visto que se trata de um edifício de grande valor histórico».
 |
O presidente da Câmara deu ainda nota de que a empreitada de reabilitação e adaptação do edifício do antigo cinema de Ermesinde na Oficina Municipal das Artes será na sua totalidade financiado pelo PRR - Plano de Recuperação e Resiliência. A empreitada será adjudicada pelo preço contratual de 2.972.114,62 euros, com um prazo de execução de 730 dias. A concluir a sua intervenção, José Manuel Ribeiro agradeceu o contributo de todos os que permitiram que este projeto acontecesse, desde autarcas, técnicos da câmara, a pessoas ligadas à comunidade. «Fazer este tipo de intervenções é a melhor forma de respeitar o passado deste território e este é mais um contributo que damos para fazer da nossa terra especial», rematou.
.
Por:
MB
|
Subscrever RSS 
1ª Página
