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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-05-2023

    SECÇÃO: Saúde


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    MEDICINA DE A a Z (Continuação)

    ÓRGÃOS (Doação)

    No dia 3 de dezembro de 1967 o médico cirurgião Christian Barnard procedia, na África do Sul, ao primeiro transplante cardíaco bem-sucedido, com o qual implantou no corpo dum doente o coração doutra pessoa saudável falecida no decurso dum acidente. A partir daí a técnica do transplante desenvolveu-se e podem-se transplantar vários órgãos ou tecidos. Porém, para haver órgãos capazes de serem transplantados, é necessário haver doadores desses órgãos. Há órgãos que podem ser doados por pessoas vivas. É o caso do rim. Um doador oferece um dos seus rins, embora com certas regras. Mas há outros órgãos que só podem ser colhidos no cadáver. É o caso do coração, pulmões e fígado, entre outros. A política de doação de órgão implica conceitos jurídicos e éticos muito complexos, dos quais se salientam a confidencialidade (as identidades do dador e de recetor permanecem desconhecidas) e a gratuitidade (ninguém pode receber nenhuma recompensa, seja de que tipo for, em virtude da doação dum órgão). Em Portugal existe uma complexa legislação sobre a doação de órgãos, mas basicamente o Estado considera potencial dador todo aquele que, em vida e na posse da totalidade das suas faculdades mentais, não se opôs à eventual utilização dos seus órgãos para efeitos de transplante. Existe, para este fim, um registo nacional de não-dadores (RENNDA, Registo Nacional de Não Dadores). Todo o Ser Humano é convidado a ser dador de órgãos, nos termos da solidariedade com o Outro. A Dádiva de Sangue é uma forma especial de Doação de Tecidos.

    ORTOPNEIA

    Falta de ar relacionada com a posição do corpo. A mais clássica é a falta de ar quando o doente está deitado. É um sinal frequente que pode ser devido a insuficiência cardíaca, que o doente resolve, pelo menos parcialmente, deitando-se com a cabeça apoiada em várias almofadas, dormindo numa posição de quase sentado.

    ORTOSTÁTICA (Hipotensão)

    Trata-se dum abaixamento dos valores da Tensão Arterial quando uma pessoa se levanta da posição deitada de manhã, quando se levanta da cama. A baixa tensional pode ser suficiente para levar a pessoa ao desmaio e desse desmaio pode nascer uma queda, com todas as consequências possíveis. Os valores normais de Tensão Arterial (ver abaixo) rondam os valores de 120/80 mm de mercúrio (Hg, o antigo sistema de medição dos valores de Tensão Arterial, baseado numa coluna de mercúrio, hoje sistema abandonado). Com estes valores não é provável que uma pessoa possa sofrer de episódio de Hipotensão Ortostática. Mas se os valores forem de 100/60 mm Hg, ainda dentro dos parâmetros considerados normais, quando a pessoa se levanta e se o fizer de repente, estes valores podem baixar ao ponto da pessoa perder a consciência. Neste caso o cérebro não recebeu a quantidade necessária de sangue e, portanto, de oxigénio. Esta situação requer tratamento e o conselho de não se levantar de repente, mas sim sentar-se na cama durante uns segundos, até que os valores de Tensão Arterial se equilibrem.

    OVÁRIO POLIQUÍSTICO

    Chama-se “Ovário Poliquístico” à situação anormal em que o ovário (órgão feminino) apresenta quistos. Porém, é preciso ter cuidado com o conceito de quisto, pois mensalmente a mulher apresenta nos seus ovários vários quistos chamados “quistos foliculares”, dos quais pode emergir um óvulo. Se esse óvulo for fecundado, a mulher pode engravidar. O verdadeiro quisto patológico é o quisto que surge fora do período normal de aparecimento destes quistos foliculares. Causa perturbação hormonal, nomeadamente irregularidade menstrual. O estudo por ecografia do ovário deve, por isso, ser realizada fora do período em que é suposto aparecerem quistos foliculares. Ou seja, deve ser realizado nas duas semanas em torno da data do corrimento menstrual. Todo o quisto do ovário que apareça nesta altura, até prova em contrário, é patológico. Todo o quisto do ovário que apareça em torno do período ovulatório, até prova em contrário, é normal e fisiológico.

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    OVERDOSE

    Over é uma palavra inglesa que significa “acima de”. Este termo está muito associado ao consumo de drogas estupefacientes e é vulgar lermos nos jornais que determinada pessoa foi levada ao hospital por Overdose. Pode causar a morte por depressão respiratória. Isto aconteceu porque a pessoa em questão, por um motivo qualquer, “consumiu droga” numa quantidade acima do que seria suposto consumir para o efeito pretendido – fins recreativos.

    OXIMETRIA

    Avaliação da quantidade de oxigénio existente no sangue arterial. Habitualmente é feita por método não invasivo: a pessoa coloca um seu dedo dentro duma pinça especial que avalia aquele valor. O princípio físico que está por trás desta técnica é a absorção de luz vermelha com um determinado comprimento de onda, pela oxihemoglobina (sangue arterial). Há oxímetros de utilização doméstica muito fiáveis e relativamente baratos (poucas dezenas de euros). É útil para os asmáticos, doentes de bronquite crónica, desportista, fisioterapeutas, etc. e, obviamente, em qualquer estojo de Medicina de Emergência, quando é necessário conhecer-se a quantidade de oxigénio disponível num determinado momento. Estes oxímetros são conhecidos como Oxímetros de Pulso. Nada tem a ver com o pulso (punho) da pessoa, mas sim com o facto de a leitura necessitar da pulsação das artérias do local de medição, normalmente a extremidade dum dedo. Sem essa pulsação, a leitura não se efetua.

    PACEMAKER

    Traduzido livremente para português, seria “marca-passo”. O nosso coração tem um marca-passo fisiológico, que é responsável pela batida cardíaca. Esta deve ser rítmica, embora possa haver algumas arritmias fisiológicas. Mas quando este marca-passo adoece, o coração pode passar a bater descontroladamente ou então muito lentamente. Para evitar uma série de problemas que isso causa, alguns muito graves, pode implantar-se um Pacemaker no corpo do doente. Trata-se duma caixinha metálica com circuitos eletrónicos que se liga ao coração através de um fio metálico introduzido por uma veia. O local mais habitual para colocar o pacemaker é por baixo da clavícula do lado esquerdo. Os antigos pacemakers tinham de

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    José Campos Garcia*

    *Médico

     

     

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