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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-11-2022

    SECÇÃO: Ciência


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    Universidades portuguesas continuam a dar cartas

    Neste mês de novembro trazemos mais um artigo que demonstra a excelência do trabalho realizado pelas instituições e universidades portuguesas no Mundo, neste caso particular, pela Universidade do Minho através da sua Escola de Engenharia.

    Em novembro foi divulgado o ranking elaborado anualmente pela Times Higher Education que deu a conhecer que a universidade americana de Harvard mantém o primeiro lugar no ranking de prestígio das instituições do ensino superior, a partir da opinião recolhida junto de milhares de académicos de todo o mundo, enquanto o nosso país não coloca nenhuma instituição no top 200. Estes rankings têm um valor importante ao nível de estatuto e possíveis financiamentos, pecando por não destacar o que de tão meritório se faz na investigação em Portugal como temos demonstrado neste espaço com diversas ações e descobertas realizadas em Portugal ou por cientistas portugueses espalhados pelo globo.

    Ao mesmo tempo que era divulgado o ranking de prestígio das universidades, foi anunciado que o nosso país tinha registado a segunda maior percentagem de mulheres inventoras entre os Estados-membros do Instituto Europeu de Patentes (IEP), ultrapassado apenas pela Letónia. O IEP é uma das maiores instituições de serviço público na Europa tendo sede em Munique e contando com escritórios em Berlim, Bruxelas, Haia e Viena, tendo sido fundado com o objetivo de fortalecer a cooperação entre países europeus no âmbito das patentes. Ainda, neste estudo, curiosamente de todas as regiões europeias, o Alentejo é a região com a maior percentagem de mulheres inventoras. O estudo salienta que, embora a taxa global de mulheres inventoras na Europa tenha aumentado nas últimas décadas continua a existir desigualdade entre os sexos (de apenas 2% no final dos anos 70 para 13,2% em 2019).

    Estas “nossas” inventoras estão principalmente nas universidades e nas organizações públicas de investigação. Estas instituições têm uma percentagem significativamente maior de mulheres inventoras (19,4% entre 2010 e 2019 em toda a Europa, 36% em Portugal) do que as de empresas privadas (10% em toda a Europa, 19,4% em Portugal), ou de entre os inventores individuais (9,3% em toda a Europa, 14,6% em Portugal). Concluindo desta forma que as universidades públicas desempenham um papel fundamental nas atividades de invenção e patenteamento em Portugal.

    Podemos não ter universidades no topo dos rankings mas continuamos a demonstrar pelo mundo fora o trabalho meritório que se vem desenvolvendo em Portugal.

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    “UNIVERSIDADE DO MINHO AJUDA A PRESERVAR MONUMENTO INDÍGENA DOS EUA

    Uma equipa da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) aplicou uma mistura natural de pedra e terra para preservar parte do Monumento Nacional de Wupatki, um ícone da cultura nativa dos EUA. A aplicação é inovadora nos EUA e num caso de estudo desta importância, pois a maioria das aplicações do género é laboratorial. O trabalho insere-se num projeto de 1.3 milhões de dólares financiado pela Fundação Getty e pode vir a ser aplicado no futuro a outros patrimónios culturais e naturais em risco devido às alterações climáticas.

    A par dos monumentos vizinhos de Sunset Crater Volcano e Walnut Canyon, Wupatki destaca-se pela preservação das ruínas, pela importância ancestral e pela diversidade geográfica. Além da paisagem de rocha vermelha povoada por coelhos, coiotes e águias, o parque de 90 quilómetros quadrados no Arizona possui mais de 5000 sítios arqueológicos indígenas. O coração deles, Wupatki Pueblo, é um complexo de 900 anos com paredes em alvenaria de pedra, que abrigou as tribos Hopi, Zuni, Navajo, Yavapai, Havasupai, Hualapai, Apache e Paiute. Recebe 200.000 visitantes por ano, mas está vulnerável face a séculos de instabilidade sísmica, inundações, deslizamentos e, hoje, eventos climáticos extremos.

    “O aquecimento global acelerou a deterioração do monumento, que revela uma significativa experiência humana na terra”, diz Paulo Lourenço, que é professor catedrático do Departamento de Engenharia Civil da EEUM e diretor do Instituto de Sustentabilidade e Inovação em Engenharia de Estruturas (ISISE). A sua equipa é uma referência mundial na alvenaria histórica e no risco sísmico e foi chamada para avaliar os sistemas construtivos de Wupatki. É curioso ver, por exemplo, impressões digitais com quase um milénio na argamassa, um lintel de janela ou uma viga de madeira. O trabalho de campo iniciou-se em 2022 e, até 2024, junta professores, estudantes e indígenas para desenvolver métodos sustentáveis de mitigação do risco.

    Assim, utilizou-se tecnologia laser e modelos 3D para avaliar as paredes, algumas delas frágeis. Depois, a equipa da UMinho, que inclui os investigadores Rui Silva e Laura Gambilongo, injetou argamassa fluida em fendas e juntas onde a água encontrou caminhos para erodir o material. A nova mistura natural aplicada baseia-se em solos locais, com adição de pó de calcário. Nas últimas décadas, tinham-se ali tentado vários tipos de estabilização e pareciam funcionar por um tempo, como o cimento Portland e aditivos, mas nem sempre ambientalmente e estruturalmente adequados. Agora retoma-se os materiais naturais e menos invasivos. Ali, eventos extremos como as chuvas intensas de 2018 são uma ameaça maior do que o calor e a seca, pois sobrecarregam os sistemas terrestres de rocha e solo de Wupatki.

    PARCERIA EXEMPLAR

    (...)

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    Cristina Pinto / Universidade do Minho / Associação Portuguesa de Imprensa”

    Por: Luís Dias

     

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