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    Arquivo: Edição de 28-02-2022

    SECÇÃO: Crónicas


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    «O pequeno paraíso estava visto»

    Quer queiramos quer não, o tempo continua seco e ameno. A mente é convidada a visitar novas paragens. De tanto pensar, passa-se à fase da organização da viagem. Pelo sim, pelo não, e por motivo de a pandemia continuar, o melhor é tratar de acondicionar um pequeno lanche na mochila.

    A ideia é ir para os lados da serra de Fafe. O pensamento é assaltado por uma questão pertinente. Para quê ir para Fafe se não conheço o meu concelho? Quase sempre é assim. Conhecemos e percorremos outros concelhos distantes, sem olharmos para o que temos “à mão de semear”. Mas fica a promessa de num futuro próximo o percorrer.

    O carro galgou a distância que separa a nossa cidade de Fafe. Na cidade não entrei. Despertou-me a curiosidade uma indicação junto de uma rotunda. “Albufeira da Queimadela”. Nunca tinha lido nem conhecimento de tal. Albufeira implica rio e ou barragem. Vamos lá visitar.

    A serra ficaria para mais tarde. Os meus planos nunca são rígidos. Por vezes perco-me noutras rotas e fica tudo em “águas de bacalhau”. A estrada nacional atravessa várias localidades e esta passa para estrada camarária. Subidas íngremes, o que me fez questionar se de facto estaria no trajeto correto. As casas deram lugar a vegetação de pequeno porte e blocos de granito recortam a paisagem. Num entroncamento a indicação era para percorrer uma estreita estrada, encosta abaixo. Sinal de água nem vê-lo. Após poucos quilómetros a indicação de um parque de estacionamento para autocarros e outro para ligeiros, em terreno de campo agrícola. Qual não foi o meu espanto de ver ali, no meio do arvoredo, um parque de campismo e caravanismo. Uma subestação da EDP. Parei junto de uma indicação informativa do trilho que percorria todo o perímetro da mesma. Decidi percorrê-lo.

    Albufeira da Queimadela (Fafe)
    Albufeira da Queimadela (Fafe)
    Ora em passadiço de madeira, ora em terra batida. Mesas e bancos de madeira para as merendas. Aqui e ali equipamentos para foguear. Lugares numerados à beira da água para campeonatos de pesca. Um silêncio só quebrado pelo belo cantar dos pássaros ou pelo sussurrar das folhas das árvores. Tambores disfarçados por elementos de madeira, para depósito de lixo. No extremo da mesma e junto da parede de cimento que retém a corrente, uma pequena abertura para a passagem da água, mas tão diminuta que não dava para preencher o leito do rio. Sensação estranha percorrê-lo por cima dos blocos graníticos e ouvir a água no seu percurso sem, no entanto, a ver. Fui interpelado por alguém que andava a recolher madeira caída junto das margens. Mora aqui na aldeia ? Não!... respondo. Moro em Ermesinde. Se conhecer alguém que queira comprar uma casita, diga que eu tenho algumas ali na aldeia. Vou procurar saber, respondo-lhe. O pequeno paraíso estava visto.

    A hora já estava adiantada. Ainda teria que andar por ali às voltas para retomar a estrada que me levaria ao cimo da serra de Fafe. O carro é deixado no início da estrada de terra batida. A partir daquele ponto, iria a pé, por vontade própria. Por aquela estrada em alturas próprias do ano ronronam os motores dos bólides do Rally de Portugal. O mítico salto da serra de Fafe, é já ali.

    (...)

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    Por: Manuel Fernandes

     

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