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    Arquivo: Edição de 28-02-2022

    SECÇÃO: Opinião


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    Igreja Católica – Mudança que permita acesso de mulheres ao Sacramento da Ordem e de Padres e Bispos ao Sacramento do Matrimónio (parte 1)

    Este artigo resulta da intervenção que se fez no 9.º Congresso da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), Comunicação e Transformações Sociais, realizado na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em nov2015. O texto contém a estratégia de comunicação para haver sucesso nos dois objetivos. O tema integrou-se nas transformações sociais favoráveis à igualdade da mulher e à valorização da família. A intervenção pretendia envolver o Papa Francisco para que se estudasse o acesso de padres e bispos ao Sacramento do Matrimónio e de mulheres ao Sacramento da Ordem. Até agora pouco tem havido de significativo em relação a esta mudança, mas decorre a Caminhada Sinodal 2021/23, havendo esperança numa Igreja diferente baseada em Comunhão, Participação e Missão.

    PONTO DA SITUAÇÃO

    SOBRE A IGREJA CATÓLICA

    Ao percorrer a Nova BÍBLIA dos Capuchinhos, 1ªed, nov1998, apenas se obtiveram referências sobre a possibilidade de padres e bispos acederem ao matrimónio.

    No Génesis, “Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. Abençoando-os, Deus disse-lhes: Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra”. (1. 27/28).

    Levítico, referindo-se ao Sumo Sacerdote. “Tomará para esposa uma virgem. Não casará com uma viúva, com uma mulher repudiada ou desonrada pela prostituição. Só poderá tomar por mulher uma virgem do seu povo. Assim, não desonrará a sua descendência no meio do seu povo. Eu sou o SENHOR que o consagrei”. (21 13/14/15).

    Novo testamento, primeira carta a Timóteo, Qualidades do bispo, “Mas é necessário que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, ponderado, de bons costumes, hospitaleiro, capaz de ensinar, que não seja dado ao vinho, nem violento, mas condescendente, pacífico, desinteressado; que governe bem a própria casa, mantendo os filhos submissos, com toda a dignidade. Pois, se alguém não pode governar a própria casa, como cuidará ele da igreja de Deus?”. (3. 2/3/4/5).

    Carta a Tito, Qualidades dos presbíteros, “Cada um deles deve ser irrepreensível, marido de uma só mulher, com filhos crentes, e não acusados de vida leviana ou de insubordinação”. (1. 6).

    Encíclica do Papa Francisco, “Laudato Si’ – Sobre o cuidado da Casa Comum”.

    - Cap IV – Uma ecologia integral – n.º 3, Ecologia da vida quotidiana, “Aprender a aceitar o próprio corpo, a cuidar dele e a respeitar os seus significados é essencial para uma verdadeira ecologia humana. Também é necessário ter apreço pelo próprio corpo na sua feminilidade ou masculinidade, para se poder reconhecer a si mesmo no encontro com o outro que é diferente”. (155)

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    OUTROS TESTEMUNHOS

    PARA JUSTIFICAR AS

    DUAS MUDANÇAS

    “Papa Francisco – Conversas com Jorge Bergoglio”. Livro/Entrevista, quando era arcebispo de Buenos Aires. Em relação a celibato de padres e bispos e ordenação de mulheres o primeiro assunto é analisado no tema IX, O claro-escuro da consciência, mas o segundo nem sequer aparece aflorado em nenhum dos quinze temas.

    Em relação ao celibato a pergunta incluiu três questões: “a eliminação do celibato diminuiria os casos de abuso sexual? Possibilitaria o crescimento do número de sacerdotes? Tornar-se-ia opcional, a médio ou longo prazo? O cardeal Bergoglio respondeu parecendo que essa mudança ia ocorrer. “(…) supondo que a Igreja decidisse rever essa norma, creio que não o faria por causa da escassez de sacerdotes. (…) Insisto: se a Igreja chegar alguma vez a rever esta norma, ela enfrentá-la-ia como um problema cultural de um lugar determinado, não de uma forma universal e como uma opção pessoal. É essa a minha convicção”. (p98). As Conversas podem contribuir para justificar as duas propostas. No tema VII, O desafio de sair ao encontro das pessoas, observa-se abertura à possibilidade de se estudar o ordenamento de mulheres, quando salienta; “Rever a vida interna da Igreja para sair ao encontro do povo fiel de Deus. A conversão pastoral chama-nos a passar de uma Igreja ‘reguladora da fé’ para uma Igreja ‘transmissora e facilitadora da fé”. (pp80/81). No tema XI, A construção de uma cultura do encontro, infere-se da resposta à pergunta, como se avança para uma cultura do encontro, disposição cultural e religiosa para aceitar mudanças. Resposta: “Para já, refletindo profundamente sobre o que é a cultura do encontro humano. Uma cultura que pressupõe, como ponto central, que o outro tem muito para dar. Que tenho de ir ao seu encontro numa atitude de abertura e escuta, sem preconceitos, isto é, sem pensar que pelo facto de ele ter ideias contrárias às minhas, ou ser ateu, não me pode trazer nada. Não é assim. Toda a pessoa pode dar-nos alguma coisa e toda a pessoa pode receber alguma coisa de nós. O preconceito é como um muro que impede que nos encontremos.” (pp113/114).

    Neste conjunto inscreve-se o resultado do estudo de duas obras do padre, doutor em Filosofia, professor na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Anselmo Borges. A primeira, Deus ainda tem futuro? foi referida no texto apresentado no 9.º Congresso da SOPCOM (2015) e a segunda, O Mundo e a Igreja – Que Futuro? de nov2021.

    (...)

    leia este artigo na íntegra na edição impressa.

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    António Pena*

    *Coronel do Exército (TecnManTm), situação de reforma (85 anos); licenciado em Comunicação Social, mestre e doutorado em Ciências da Comunicação (FCSH/UNL – out1988 a jan2006); membro emérito do CICANT/ULHT. Agradecemos esta colaboração em exclusivo para o jornal “A Voz de Ermesinde”.

    (continua)

     

     

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