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NOTICIAS DA UNIVERSIDADE SÉNIOR DE ERMESINDE
Direção do Centro Social de Ermesinde perspetiva que 2022 seja um ano virtuoso do ponto de vista do funcionamento da instituição
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| Fotos MANUEL VALDREZ |
2022 afigura-se como um bom ano para o Centro Social de Ermesinde (CSE). Quem o disse foi o presidente da Direção da instituição, Henrique Queirós Rodrigues, no decorrer da Assembleia Geral levada a cabo na noite de 29 de novembro último e que teve como único ponto a apresentação, discussão e votação do Plano de Atividades e Orçamento para o próximo ano. Documento este que viria a ser aprovado por unanimidade.
Na apresentação e análise do documento ali em discussão, o presidente do Centro começou por dar conta de que estima que o orçamento de 2022 venha a ter um resultado líquido positivo de cerca de 43.000 euros. O dirigente ressalvou, no entanto, que como qualquer orçamento essa garantia é incerta, e mais incerta é nos tempos que correm, «em que nunca se sabe se o dia de amanhã vai ser como o de ontem, ou se como o dia de hoje», frisou o dirigente. Toda esta incerteza devido à pandemia que nos assola, e cuja evolução, para além da inquietação que provoca nas pessoas, tem tradução nas organizações em termos de receitas e de despesas, conforme elucidou Henrique Queirós Rodrigues. «O Plano de Atividades e Orçamento para 2022 são pois ainda mais precários do que normalmente acontece com documentos desta natureza, marcados pela incapacidade de previsão do que seja o futuro. Ninguém está em condições de assegurar, com um mínimo de confiança, como vai decorrer do ponto de vista dos constrangimentos externos o futuro mais próximo», podia ler-se no documento apresentado aos associados. Contudo, o presidente do CSE referiu que é perspetiva da instituição que neste cenário de agravamento da pandemia se mantenham as medidas extraordinárias de apoio ao setor solidário que foram adotadas pelo Governo na primeira fase pandémica, sendo por isso expectável que mesmo que a evolução da pandemia continue a implicar efeitos desfavoráveis na execução orçamental do lado da despesa, que venha a haver compensação do lado da receita através dos instrumentos de apoio que o Governo tem feito aprovar.
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Porém, dentro deste quadro de incerteza relativamente aos efeitos da pandemia nas atividades do próximo ano, o CSE prevê alguma atividade extraordinária, nomeadamente em matéria de investimentos «que irão marcar de forma positiva o novo ano». Mesmo sem a receita proveniente da venda do edifício do antigo cinema à Câmara alocada no orçamento do próximo ano, venda essa que ainda não foi celebrada, e por isso não tem tradução no orçamento de 2022 (independentemente de tal ingresso financeiro proveniente dessa venda se verificar ainda em 2021 ou apenas em 2022, o certo é que, segundo o documento apresentado aos associados, só a partir de 2022 será viável o investimento em novos projetos com a utilização desse montante), há expectativa de que seja possível alocar investimento em melhoria e alargamento de instalações da instituição. Refira-se a este propósito, e em primeiro lugar, a remodelação do telhado do Lar de S. Lourenço, a remodelação da cobertura e vão exteriores da creche e a remodelação e adaptação de uma moradia para a valência do Serviço de Apoio Domiciliário. Obras que de acordo com o dirigente irão reforçar e valorizar a qualidade dos serviços prestados aos utentes destas valências.
Outro investimento previsto para 2022 prende-se com o reforço das instalações da Escola de Segunda Oportunidade de Valongo (ESOV), gerida, como se sabe, pelo CSE. Este alargamento e qualificação das instalações da escola, acontece para poder corresponder ao aumento de procura que se tem verificado a «esta nova resposta, emblemática e inovadora que há cerca de dois anos o Centro abraçou», conforme lembrou Henrique Queirós Rodrigues. Mais em concreto, está prevista a criação de mais dois equipamentos pré-fabricados, um deles colocado pelo Município de Valongo (no âmbito das atribuições que lhe foram conferidas no protocolo de cooperação que institucionalizou a ESOV), e outro deles pelo CSE mediante o financiamento obtido no âmbito prémio BPI infância que foi concedido à instituição, no valor de cerca de 18.000 euros. Está ainda prevista a requalificação de uma das casas do largo da antiga feira de que o Centro é proprietário para reforço da escola.
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«Do ponto de vista do investimento temos a noção de que será um ano de grande atividade, o que é bom, porque significa a qualificação e o enriquecimento das respostas e a possibilidade de expandir quer as respostas já desenvolvidas, quer o alargamento a novas respostas sociais. Estamos em crer que a execução orçamental não dificultará essa pretensão, e portanto a nossa perspetiva é de que o ano de 2022 seja um ano virtuoso do ponto de vista do funcionamento da instituição», salientou o presidente da Direção.
Antes de terminar a sua alocução aos associados, o dirigente deu ainda nota de que a partir do início de 2022 se verifique a integração da associação Ermesinde Cidade Aberta (ECA) no CSE. A este propósito, recordou que a ECA foi criada fundamentalmente para o projeto de reabilitação, qualificação, adaptação e funcionamento do antigo cinema, e para que esse processo não pusesse em risco as atividades correntes do CSE esta última instituição promoveu a constituição dessa associação. Contudo, esvaziada essa possibilidade de intervenção do CSE no antigo cinema, esvaziado ficou o impulso inicial que levou à constituição dessa associação, explicou Henrique Queirós Rodrigues, perspetivando ainda que 2022 será para a instituição um bom ano.
Com o parecer favorável do Conselho Fiscal este Plano de Atividades e Orçamento para 2022 seria, como avançamos inicialmente, aprovado por unanimidade.
Por:
MB
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