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NO ÂMBITO DAS COMEMORAÇÕES DO 185.º ANIVERSÁRIO DO CONCELHO DE VALONGO:
Lançamento de mais um livro sobre a história do concelho de Valongo
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| Fotos CMV |
No passado dia 29 de novembro, no Museu Municipal de Valongo, e no âmbito das comemorações do 185.º aniversário da criação do concelho de Valongo, teve lugar o lançamento de mais um livro sobre a história do concelho de Valongo, para os primeiros 90 anos da sua existência.
Trata-se do volume I da “História Económica, Social e Administrativa do Concelho de Valongo (1836-1926)”, da autoria de Joel Silva Ferreira Mata.
Antes da entrada na sala onde se fez a apresentação deste estudo de Joel Mata, havia “painéis de azulejos” sobre o património material e imaterial de Valongo, a que davam vida atores da associação cultural ermesindense “Cabeças no ar e pés na terra”.
Na sala onde foi lançada esta importante obra histórica estavam vários elementos do Executivo da Câmara Municipal, presidente, vice-presidente e alguns vereadores, bem como o presidente da Assembleia Municipal e também a presidente da Junta de Freguesia de Valongo. Havia alguns alunos, julgamos que de uma escola profissional, bem como dirigentes de associações, como foi o caso da Agorárte, estudantes das Universidades Seniores do concelho, familiares do autor e outros convidados.
Deu início à sessão Isaura Marinho que estabeleceu a ligação do evento com a celebração do 185.º aniversário do concelho de Valongo, pedindo uma salva de palmas para o aniversariante. O presidente da Câmara Municipal de Valongo (CMV), que partilhou a Mesa com o autor, na sua intervenção lembrou a aposta que o seu executivo tem feito na publicação de livros, sobre a história do Município, considerando que estes estudos são «um farol que nos ilumina para o futuro».
E na verdade, como “A Voz de Ermesinde” tem noticiado, têm surgido ultimamente excelentes publicações sobre a história e o património de todo o município valonguense.
Ainda no passado dia 3 de novembro, neste mesmo espaço, foi lançado o livro “Valongo na Primeira República”, onde o autor dessa publicação «relata os acontecimentos políticos e sociais que marcaram o concelho de Valongo» durante toda a Primeira República.
Relativamente à presente obra de Joel Mata, José Manuel Ribeiro considerou que vem na sequência de outra apresentada há alguns anos e que há de ser sucedida de outras, contribuindo para um conhecimento mais aprofundado da nossa história, enquanto município, nas vertentes económica, social e administrativa.
Lançá-la neste dia de aniversário do município ainda lhe dá mais sentido. O programa deste aniversário prosseguiu no Fórum Cultural de Ermesinde, a seguir ao lançamento deste livro (ler a notícia noutro espaço desta edição de “A Voz de Ermesinde”).
Joel Mata interveio a seguir para fazer a apresentação do seu livro, através da exibição de um PowerPoint onde revelou alguns aspetos curiosos das investigações feitas para esta publicação.
Historiando a criação do concelho, naturalmente ligada ao período histórico da Revolução Liberal, a António Dias de Oliveira e aos conflitos que se sucederam no complexo processo de implantação do novo regime, Joel Mata mostrou que de certa forma o “artificialismo” deste novo concelho se manifesta no facto de ser o menos extenso daqueles com quem faz fronteira, nomeadamente Maia, Gondomar, Paredes e Santo Tirso. Este problema agrava-se na gestão quotidiana, porque, por vezes, não consegue receitas para as despesas que faz. Isto obrigou a várias tentativas de alargamento do concelho de Valongo, tirando freguesias aos concelhos vizinhos. Estas tentativas foram frustradas, sobretudo quando Valongo pretendia tirar território ao concelho de Paredes.
O Concelho de Valongo numa das reformas administrativas em que foi fértil a administração durante o período da Monarquia Constitucional seria mesmo extinto (no 3.º governo de Joaquim António de Aguiar), valendo, no entanto, a Janeirinha (governo de António José de Ávila) que anulou as decisões do governo anterior em matéria de circunscrições administrativas, mantendo-se assim o concelho de Valongo.
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Por:
Manuel Augusto Dias
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