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    Arquivo: Edição de 31-05-2021

    SECÇÃO: Cultura


    Ermesindense Drop lança projeto musical a solo

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    De acordo com o músico, este é um projeto assumidamente pop/rock e acústico, onde o apanágio de cantar em português se mantém inviolável. A também ermesindense Arya junta-se a Drop neste trabalho cujo vídeoclip de um dos temas foi entretanto gravado no Fórum Cultural de Ermesinde neste mês de maio.

    O músico ermesindense Drop, vocalista da banda Cavaleiros de Negro, apresentou neste mês o seu projeto a solo. Projeto esse do qual faz parte outra artista musical da nossa cidade, mais concretamente a Arya. Ambos estiveram no passado dia 8 de maio no Fórum Cultural de Ermesinde a gravar no auditório ali existente o vídeoclip de um dos temas já gravado por este duo acústico da nossa terra. Aproveitámos a oportunidade para conhecer um pouco melhor este novo projeto musical do líder dos Cavaleiros de Negro, banda de rock cantado em português com raízes em Ermesinde.

    Ao nosso jornal, Drop começou por explicar o “quando e o como” surgiu este projeto a solo, explicação que nos levou inevitavelmente até à banda da qual é o vocalista. «Os Cavaleiros de Negro (fundados em 2012) marcaram a diferença em vários aspetos e um deles foi não ter medo de nos assumirmos como uma banda de originais, originais esses da minha autoria. Os anos foram passando, vários músicos também e foi/é a formação atual que me ajudou a definir aos mais ínfimos pormenores: a sonoridade, o espírito e toda uma identidade que nos caracteriza e faz com que quem nos oiça nos identifique de imediato. Com isso muitas das minhas canções - ora pelas letras, ora pelas melodias - deixaram de se identificar com aquilo que os Cavaleiros de Negro são hoje, assim como muitas versões de outros artistas que também tocávamos, o que fez com que eu tivesse de tomar a decisão de separar as águas e, em vez de as deixar em arquivo, criasse este projeto a solo, onde posso afirmar “este sou eu, isto é o que eu gosto”, sem cedências».

    De acordo com o músico, este é um projeto assumidamente pop/rock e acústico, onde o apanágio de cantar em português se mantém inviolável e com a característica de convidar muitos amigos que a estrada da música lhe foi oferecendo ao longo da carreira. «Além das minhas canções tem algumas versões de artistas que me inspiram e me dizem muito como é o caso do mestre António Manuel Ribeiro (UHF), Miguel Ângelo (Delfins), Alexandre Silva (Templárius), Sérgio Lucas, Jorge Palma, Sérgio Godinho e talvez mais alguns, mas não posso revelar tudo» (risos).

    No decorrer desta breve conversa, Drop confessou-nos ainda que no início de abril deste ano regressou à sua casa em Ermesinde, «casa que me acolheu, a mim, à minha irmã e aos meus pais, quando tinha 3 anos. Portanto o regresso efetivo aqui 21 anos depois, deu-me a oportunidade de me focar também neste projeto e em quem poderia estar a meu lado. Como é imperativo cantar em português e colocar Ermesinde no mapa em cada concerto neste país, vi na Arya (também ermesindense) a pessoa ideal. Conheci a Arya em 2013. Além de uma voz angelical o rock corre-lhe nas veias, foi vocalista das Dorayachi e depois dos Kishi Kaisei (ambas as bandas de rock japonês) onde na última assumi o cargo de técnico de som, por vezes manager/road manager e tive algumas presenças em concertos como guitarrista. Ela está para mim como a Nicole Eitner estava para os Delfins, é um encaixe perfeito, mas o público há-de dar, como sempre o seu parecer».

    O Estúdio do Drop, que o artista abriu no início deste ano, é o local onde estão a ser gravadas as canções dos Cavaleiros (um EP e um CD), assim como o seu álbum a solo. Estas são as prioridades de Drop no momento, sendo óbvio que tocar ao vivo também, mas o foco está mesmo nos discos, pois «sinto que este é o momento de estar dentro do aquário e gravar aquilo que ficará para sempre, até porque sinto que estou na minha melhor fase».

    «ERMESINDE, A CAPITAL DO MUNDO»

    Drop fala da sempre nossa cidade com um carinho e encanto, e a propósito disso recorda um episódio passado em 2019, quando no Natal desse ano gravou uma versão da canção “Podia Ser Natal” do António Manuel Ribeiro, no Parque Urbano. «Sabem qual foi a reação? “Isso é na tua cidade? Isso é Ermesinde? Não tinha ideia que a tua cidade era tão linda”. Entre muitas outras reações positivas. Daí sempre referir que Lisboa é a capital de Portugal e Ermesinde a capital do Mundo. É uma cidade mágica, eu sou um sortudo por pertencer aqui. Tomei a decisão de me dirigir à Câmara Municipal de Valongo e louvo a resposta positiva do executivo. Abriram-nos as portas do Fórum para gravar o vídeo de uma nova canção que lançarei brevemente com a Arya. Tinha de ser em Ermesinde, é aqui o ponto de partida para todo o lado, não imagino ser de outra maneira. E ela também não».

    Por: MB

     

     

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