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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-04-2020

    SECÇÃO: Desporto


    Como vive o desporto ermesindense em tempos de quarentena

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    A pandemia da Covid-19 paralisou o desporto em praticamente todo o Mundo. De há pouco mais de um mês e meio a esta parte que é difícil encontrar no globo uma modalidade ou evento desportivo que não tenha sido adiada ou cancelada devido ao surto do novo coronavírus que assola o Mundo.

    Portugal não foi exceção, e todas as modalidades e respetivas provas, de todos os escalões, estão em stand-by à espera de que a pandemia dê tréguas para espreitar um possível regresso do desporto ao panorama nacional. E se algumas modalidades ainda não sabem se vão regressar ao ativo nos próximos meses, vivem uma incógnita por estes dias, outras, através das suas federações e associações, deram já por terminada, ou cancelada, a época desportiva de 2019/20, entendendo que não existem condições para o fazer, desde logo pela incerteza da disseminação da pandemia e pela longa paragem (competitiva) a que atletas e equipas ficaram sujeitos desde início de março. Uma dessas modalidades é o futebol, pelo menos o futebol não profissional, tendo a Federação Portuguesa de Futebol cancelado todos os campeonatos nacionais (de seniores e de formação) de futebol e de futsal, uma decisão que foi seguida por algumas associações distritais, como a do Porto, que a 8 de abril cancelou todas as competições seniores de futebol e futsal, masculino e feminino, devido à pandemia de Covid-19. Esta decisão teve como efeitos mais salientes, por um lado, a anulação de todas as descidas de divisão, e por outro lado a manutenção das subidas de divisão. Já antes, no dia 28 de março, a associação portuense havia anunciado a conclusão de todas as competições de todos os escalões jovens de formação de futebol e futsal, masculinas e femininas, determinando que nesses escalões subiam à divisão superior os clubes que se encontrassem nos lugares de acesso (ou seja classificados nos primeiros lugares) na data em que foi determinada a suspensão das provas (10 de março), não havendo, consequentemente, descidas. Tal e qual foi feito nos seniores.

    E nos seniores esta decisão implicou que o Ermesinde 1936 se mantivesse na Divisão de Elite da Associação de Futebol do Porto (AFP). Questionado pelo nosso jornal se esta decisão teria sido a melhor solução, ou se não haveria condições para mais à frente reativar as competições futebolísticas distritais, o presidente da Direção ermesindista, Rui Fernandes Almeida, disse que «o cancelamento dos campeonatos nos diversos escalões foi a decisão mais sensata. Efetivamente não se prevê um normalizar da situação para breve e com toda a certeza não seria exequível terminar os campeonatos até ao dia 30 de junho».

    Outros emblemas locais, como o Clube Zupper, que compete em modalidades como o hóquei subaquático, triatlo, trail e atletismo, diz-nos que para já toda a informação de que dispõem é que está tudo parado e sem perspetivas para voltar. E quando questionados sobre se a época desportiva deve ou não ser retomada mais à frente, os zuppers, na voz do dirigente António Silva, dizem-nos que «isto só depois de sabermos os timings, se dá ou não para acabar as épocas. Nas nossas modalidades já imensas provas foram canceladas e esta época já não vão ser realizadas. Mas cada modalidade tem a sua realidade e devemos saber viver com ela».

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    Também o Ermesinde Clube de Karaté (ECK) tem a sua atividade suspensa e sem previsões para voltar, sendo que a presidente do clube, Sílvia Freitas, explica-nos que «as atividades federativas e não federativas habituais estão suspensas e sem previsão para a sua reativação. Contudo, existem já ferramentas e planos para organizar campeonatos online na disciplina de Kata que, sendo individual, não implica confronto presencial». Acrescenta, porém, que «a reativação das atividades levará o seu tempo, pois deverá ser gradual e cautelosa. Mesmo que o pior seja ultrapassado a curto prazo, é opinião do ECK que, por precaução, as competições de karaté presenciais não deverão ser retomadas nesta época desportiva, já que algumas juntam centenas a milhares de pessoas num pavilhão».

    Outro dos clubes locais com vários atletas nas suas fileiras é o Clube de Ténis de Ermesinde (CTE) cujas competições estão paradas, embora o presidente da Direção, Diamantino Pinto, refira que há um plano federativo para reformular o calendário competitivo «e voltarmos às competições mal nos seja possível sair de casa. Como no ténis os torneios têm no máximo uma semana e o calendário competitivo apenas termina em dezembro, ainda temos esperança de conseguir desenvolver e participar em grande parte das competições deste ano de 2020», diz. Sobre se as competições devem ou não ser reativadas assim que surjam condições para tal, o CTE opina que «no caso do ténis, as competições devem ser reativadas, uma vez que, como dissemos anteriormente, o calendário desportivo apenas termina em dezembro. As competições que foram canceladas ainda poderão ter a oportunidade de se realizarem, dependendo sempre do tempo de confinamento a que estaremos sujeitos».

    Um dos clubes mais ecléticos, senão mesmo o mais eclético, da nossa cidade é o CPN. Neste trabalho, em que ouvimos alguns clubes da nossa freguesia, escutamos igualmente a opinião de uma das secções com mais atletas do clube propagandista, neste caso o basquetebol, que agrega a si 150 atletas, divididos pelos escalões baby-basket, Sub-6, Sub-8, Sub-10, Sub-12, Sub-14, Sub-16, Sub-19 e seniores, sendo que em Sub-14 o clube tem três equipas inscritas e duas em Sub-16 e Sub-19. O coordenador da secção, Agostinho Pinto, opina que as competições não devem ser reativadas, se não houver condições para tal, porque o mais importante é a saúde de todos.

    NOVAS TECNOLOGIAS USADAS

    PARA MANTER A FORMA... DENTRO DO POSSÍVEL

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    Este trabalho, em que contactámos alguns clubes da Cidade, outros foram contactados mas não responderam a tempo à nossa solicitação, pretendeu igualmente perceber como as coletividades estão a viver este tempo de paragem de atividade desportiva, fruto do isolamento social imposto pelas autoridades, sem treinos, sem competição…

    São centenas de atletas que estão em casa, em confinamento domiciliário, sem sentir o prazer, e a necessidade, de treinar e competir nas instalações dos seus clubes e com o apoio in loco de treinadores e junto dos colegas de equipa.

    O Ermesinde 1936, por exemplo, que em todos os seus escalões agrega um total de 250 atletas, diz-nos que está bastante apreensivo quanto ao futuro, «pois neste momento é impossível perspetivar o impacto que esta pandemia terá no nosso país, e sobretudo prever a data para o reinício da atividade normal do clube. No entanto, o clube não pára e estamos já a preparar a nova época desportiva em todos os escalões do clube», diz-nos o seu presidente. (Nota de rodapé: nas suas redes sociais o Ermesinde 1936 anunciou a renovação com o treinador Jorge Lopes para a época 2020/21).

    O ECK diz-nos que vive estes dias com algumas dificuldades, mas também com grande criatividade, encarando o problema como um desafio e uma aprendizagem, ao passo que o CTE lembra que com o fecho dos parques municipais, o clube teve de encerrar as portas (temporariamente) no dia 16 de março, fruto de a sua atividade se localizar dentro do Parque Vila Beatriz, enquanto que o basket cepeenista se encontra sem atividade desde 10 de março. Já o Clube Zupper diz que «como todos, temos de estar em casa e cada atleta em sua casa deve tentar ficar o mais ativo possível seguindo os seus planos de treino adaptados às circunstâncias».

    E neste tempo de confinamento domiciliário, sem treinos coletivos, sem competição, os clubes/secções estão a adotar algum plano de treinos específico para os seus atletas realizarem em casa, ou até mesmo se estão a recorrer às novas tecnologias para levar por diante esses treinos à distância? O ECK, por exemplo, que nos seus quadros tem atualmente 28 atletas, responde-nos que através das novas tecnologias, todas as semanas, são lançados e avaliados vários exercícios que permitem aos atletas manter-se ativos. Os atletas são também incentivados a participar em aulas online promovidas a nível associativo. E relativamente aos atletas que por hábito competem ao mais alto nível nacional e internacional, caso da karateca Beatriz Mendonça, o ECK explica que a referida atleta está a seguir um plano de treino mais específico que é acompanhado um pouco mais de perto pelo treinador, mas igualmente com recurso às novas tecnologias.

    Por seu turno, o CTE, atualmente com 180 alunos nas suas fileiras, com idades compreendidas entre 4 e os 71 anos, explica que no seu caso o ténis é uma modalidade difícil de se praticar dentro de casa, «por isso não é possível lecionarmos as aulas online. No entanto, os professores do clube têm elaborado uns desafios com bolas e raquete que podem ser executados dentro de casa ou num pátio e que têm sido divulgados através das nossas redes sociais (facebook e instagram)». E para além destes contactos referidos através das redes sociais, o clube tem esporadicamente enviado algumas “sms” aos alunos para que eles se mantenham a par das diferentes atitudes que a Direção do CTE vai tomando no que toca ao funcionamento das aulas.

    Já o Clube Zupper (que tem nos seus quadros 82 atletas distribuídos por todas as suas modalidades) tem procurado nestes tempos de confinamento que todos os seus atletas estejam o mais ativos possível, cada um dentro das suas possibilidades, acrescentando que a coletividade vai mantendo contacto com todos eles, referindo ainda que cada modalidade tem o seu grupo onde falam todos entre si.

    Na secção de basket do CPN, Agostinho Pinto, diz-nos que o preparador físico da secção elaborou um programa de treino para os atletas, sendo ainda que os treinadores têm recorrido às novas tecnologias onde têm partilhado alguns vídeos (por telemóvel e/ou redes sociais).

    PARAGEM PREJUDICIAL AOS ATLETAS...

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    Questionados ainda se esta paragem pode ou não prejudicar os atletas, não só os que participam em competições, mas também aqueles que não competem a um nível mais exigente, perdendo-se assim rotinas de treinos, os nossos interlocutores admitem que sim. «Sim, a ausência das rotinas diárias e da componente social facilita a dispersão de atletas que, não treinando com a mesma frequência, perdem ritmos de treino e algum do trabalho desenvolvido até agora. Por outro lado, muitas famílias tiveram que se ajustar à situação e nem todos têm igual acesso a meios tecnológicos, pelo menos em tempo útil», diz-nos o ECK. Quanto aos maiores receios que o clube admite ter em consequência desta paragem, o ECK refere que «a componente social inerente às atividades presenciais é indispensável para motivar a atividade física, na maior parte dos atletas. Nesse sentido, receamos que o isolamento social se prolongue no tempo e que as tecnologias não sejam capazes de travar a perda de interesse e o abandono da atividade física».

    Por sua vez, o CTE também admite que a paragem é prejudicial para os seus alunos, e «para aqueles que praticam de uma forma competitiva é difícil manterem o físico e não perderem aquele contacto com a bola e raquete que é tão necessário. Para os que praticam como forma de lazer, perdem a rotina desportiva e por vezes é difícil retomar, algo que esperemos não aconteça». Quantos aos receios que esta paragem de atividade física possa causar aos atletas, o maior receio do CTE «é que as pessoas demorem a ganhar a confiança para saírem de casa após o término do período de confinamento, principalmente nas faixas etárias mais jovens. Quanto mais tempo demorarem a voltar ao desporto, mais difícil será voltarem a essas rotinas diárias desportivas».

    Agostinho Pinto, do basket do CPN; diz mesmo que a maioria das atletas sente falta do treino (presencial), temendo ainda que esta paragem faça com que as atletas percam a sua forma física.

    Também o Clube Zupper admite que a paragem «prejudica tudo e todos, não só em termos desportivos mas em tudo na vida, é uma grande pandemia, e aqui entra a lei do mais forte e que se adapta melhor a todas as controvérsias. O Clube Zupper tenta com o seu espírito lutador que todos os seus atletas sejam fortes todos os dias».

    Relativamente aos receios que esta paragem possa trazer ao clube, os zuppers são perentórios em afirmar que «temos de ser fortes todos os dias para que quando for para voltar ainda estejamos mais fortes. Este é o pensamento do clube».

    ... E À ECONOMIA DOS CLUBES

    Esta paragem de atividade física/desportiva traz não só consequências aos atletas mas igualmente aos cofres dos clubes. Não há receitas de bilheteiras, não há frequência de aulas/treinos nas suas instalações, as mensalidades que os atletas pagam em muitos casos estão suspensas. Ou seja, este confinamento a que todos nós somos obrigados traz tormentos económicos aos clubes que colocam em causa a sua subsistência.

    Um dos clubes mais ecléticos, com dezenas de modalidades e centenas de atletas/utentes que diariamente frequentam o seu complexo desportivo, é o CPN.

    Para o presidente da Direção deste clube, Rui Moutinho, o CPN é hoje um clube adormecido pela Covid-19. «Com toda a sua atividade suspensa e as instalações encerradas desde o dia 16 de março esta é uma situação nova que o CPN enfrenta com consequências imprevisíveis quer no plano desportivo quer no plano financeiro», começa por dizer o dirigente. «Cerca de 500 atletas estão atualmente impedidos de praticar desporto e mais de 600 utentes não podem usar as nossas piscinas e ginásio, a maioria população sénior, que se encontra também em casa e privada de exercício tão importante para o seu bem-estar físico e mental», diz Rui Moutinho, acrescentando que «em média mais de 200 pessoas passam pelo CPN todos os dias, isto sem contar com os próprios familiares que muitas vezes acompanham os atletas nos seus treinos e para quem a situação atualmente vivida não era de todo alguma vez esperada».

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    Com custos demasiado elevados ao longo de todo o ano fruto da sua atividade e pelo facto de ser o único clube do concelho com piscinas próprias que, embora publicas, «nunca lhes foi dado o apoio necessário à manutenção desse estatuto, o CPN com esta crise vê assim muito do seu trabalho colocado em causa por não dispor de outras receitas senão aquelas que resultam da sua própria atividade. E os medos de um passado não muito longínquo voltam a surgir nas nossas mentes», refere o seu presidente.

    E o que pensa fazer o CPN para ultrapassar esta paragem? Há neste momento algum plano traçado? A estas questões sucedem-se outras por parte do clube: «Quando recomeçam as atividades desportivas com piscinas encerradas e pavilhões fechados? Quais as consequências financeiras para um clube que todos os meses tem de pagar salários, manutenção das piscinas, mesmo paradas, encargos com o crédito anteriormente contraído etc. etc. Muitas dúvidas para poucas certezas e que estão diretamente relacionadas com o arranque de todas as nossas atividades, que receamos ser das últimas a retomar o seu funcionamento normal pelo facto de concentrarem muita gente junta. Mas a nossa missão é nunca desistir perante as adversidades que enfrentamos e o CPN ao longo de 78 anos da sua história sempre enfrentou vários desafios que superou e o importante é que o país saia desta pandemia, mais forte, mais resiliente, mais lutador e essa sempre foi uma característica do nosso povo», diz Rui Moutinho, que dá ainda conta de que são muitas as manifestações de sócios e não sócios, «que muitas vezes com alguma surpresa nossa, que nos deixam uma palavra de carinho e de solidariedade e a pergunta … como posso ajudar…? E muitos são os atletas e também os nossos utentes que religiosamente continuam a contribuir para que o clube se mantenha de pé. E a estes um muito obrigado pelo vosso empenho, pela vossa solidariedade. E é com toda esta fé e muita força que vamos todos conseguir superar mais esta dificuldade porque nós os cepeenistas, mas também todos os ermesindenses, sempre demos o nosso melhor pelo nosso clube pela nossa cidade e assim vai ser desta vez! Juntos vamos conseguir!».

    Outro clube que sente os efeitos da crise pandémica na vertente económica é o Ermesinde 1936, desse logo pela ausência de receitas, no futebol sénior, pela paragem e posterior cancelamento das competições, que fez com que o clube deixasse de ter qualquer tipo de receita de bilheteira, mas também pelas mensalidades pagas pelos atletas dos escalões de formação. «Uma situação como a que estamos a viver acarreta graves prejuízos para o clube, pois neste momento não existem receitas, mas continuam a existir contas para pagar. Neste momento é impossível quantificar o prejuízo futuro, pois não conseguimos prever a data para o regresso à atividade, mas será certamente bastante elevado».

    E por falar em paragem, e posterior cancelamento, de todas as competições futebolísticas distritais, e sobre as consequências/impactos negativos que esta decisão da AFP possa trazer aos clubes de um modo geral, Rui Fernandes Almeida diz que «o maior impacto será sempre a nível financeiro. No nosso caso concreto, o clube vinha a encetar uma recuperação da sua situação económica, que pode acabar por ser posta em causa com o prolongar desta situação». Recentemente, a AFP, para ajudar os clubes seus filiados nestes tempos de crise, anunciou que iria disponibilizar 200 000 euros para distribuir por todos. E na opinião do Ermesinde 1936, esta ajuda é suficiente para colmatar eventuais problemas financeiros que advêm desta paragem ou não? «Essa verba é manifestamente insuficiente. Estamos a falar de cerca de 700 euros por clube. Penso que a AFP deveria repensar ou até isentar os clubes, do pagamento do valor das taxas de inscrição no início da nova época. Essa sim seria uma grande ajuda».

    E quando questionado se o Ermesinde 1936 já elaborou um plano para ultrapassar esta crise, o presidente da Direção diz que «o clube está a preparar a modalidade de pagamento de quotas de associados através de referência bancária, para tentar pelo menos receber as quotas dos associados. Tudo o resto é para esquecer. Vamos tentar também perceber o impacto desta situação nos nossos parceiros/patrocinadores e se, de alguma forma eles nos podem ajudar, pois existem verbas relativas a essas parcerias que se venceriam por estes dias». Rui Fernandes Almeida aproveita igualmente para deixar uma mensagem a todos os ermesindistas e restante comunidade local nesta altura das nossas vidas: «Uma mensagem de esperança para o futuro e que todos consigamos passar esta fase menos positiva da melhor forma possível, apelando a todos que cumpram com as recomendações emanadas pelas autoridades de saúde para que tudo volte a ficar bem. Muita saúde para todos».

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    E como vivem os outros clubes locais face à ausência de receitas/mensalidades de atletas nestes tempos de crise? O CTE diz-nos que «neste momento optamos por suspender as mensalidades. Relativamente a esta opção, claro que isso acarretará dificuldades financeiras futuras, mas neste momento foi o que achamos de mais correto fazer, pois como nós também muitos atletas e seus pais se encontram em dificuldades financeiras». Por seu turno, o ECK explica que as mensalidades foram mantidas para fazer face às despesas, mas com reduções e com o compromisso de serem compensadas assim que retomadas as atividades presenciais. «No entanto, o tempo poderá tornar a solução insustentável, sendo difícil assegurar a continuidade do clube».

    Também o Clube Zupper suspendeu as mensalidades dos seus atletas, «e quando voltarmos vamos tentar reorganizar as coisas. O nosso clube vive o dia a dia e assim será tentar ultrapassar todas as dificuldades inertes a esta situação», dizem.

    Planos para voltar ao ativo, para voltar à normalidade? É uma incógnita, à data em que esta reportagem foi elaborada, em meados de abril. «Tudo depende do que o país decidir e só nos resta esperar e continuar a manter ativos e em boa forma, que é o nosso desejo para toda a sociedade», dizem os zuppers, enquanto que o CTE tem a esperança de que o plano é reabrir (o clube) mal o confinamento termine, uma vez que o ténis é uma modalidade em que não há contacto físico e podemos facilmente evitar contacto entre as pessoas mantendo uma distância de segurança. Adotando as medidas básicas que já têm sido notícia, é possível realizarmos as aulas de uma forma segura».

    O ECK diz que «por civismo, o “regresso à normalidade” ficará a aguardar que hajam orientações governamentais e institucionais nesse sentido». Já Agostinho Pinto diz que o regresso do basquetebol ao ativo depende do que acontecer com o país no imediato, desejando ainda «que esta pandemia seja ultrapassada rapidamente e que em breve, todos possamos fazer, neste caso os nossos atletas, aquilo que mais gostamos que é jogar basquetebol».

    Porém, e mais importante do que regressar aos treinos, à competição, todos, sem exceção, nos dizem que o mais importante em todo o Mundo é sairmos desta pandemia rapidamente e com saúde.

    Por: Miguel Barros

     

     

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