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    Arquivo: Edição de 29-02-2020

    SECÇÃO: Destaque


    Emanuel Santos toma posse como comandante dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde

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    Emanuel Santos tomou posse como comandante dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde (BVE) no passado dia 31 de janeiro, numa cerimónia realizada no salão nobre da associação humanitária.

    Recorde-se que Emanuel Santos já comanda a corporação desde abril do ano passado nas funções de Comandante em regime de substituição, mas a posse oficial deu-se então no último dia de janeiro, perante uma casa cheia de bombeiros e dirigentes desta e de outras associações humanitárias, e muitos outros convidados, destacando-se a presença dos ex-presidentes da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde (AHBVE), Artur Carneiro e Mota Ribeiro, do ex-diretor Fernando Dinis, bem como dos ex-comandantes dos BVE, Casimiro Gonçalves, Carlos Teixeira e Sérgio Barros.

    No início da cerimónia foram ainda promovidos três bombeiros de Segunda à categoria de Primeira.

    Após a tomada de posse, o comandante Emanuel Santos dirigiu algumas palavras aos presentes, começando por dizer que foi com um misto de manifesto orgulho, grande inquietação e desafio que aceitou o convite para encabeçar a equipa que irá liderar o corpo de bombeiros daquela que nas suas palavras é uma prestigiada associação. «Manifesto orgulho por conhecer a história da associação. Grande inquietação por saber o quanto há a fazer para honrar esta história, para manter honrado o nosso nome. Desafio para vos liderar, conhecendo as vossas excelentes qualidades como bombeiros. E se por um lado se torna fácil liderar um corpo de bombeiros com a vossa qualidade, a vossa experiência e o vosso saber, por outro lado é difícil estar à vossa altura, estar atento às vossas exigências. Mas uma certeza podem ter, darei o meu melhor para estar ao vosso nível».

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    Lembraria mais à frente que aquela associação humanitária ao longo da sua existência tem sabido, com maiores ou menores dificuldades, honrar os desígnios que estatutariamente lhe foram atribuídos pelos seus fundadores em 1921. «Nessa senda, cada homem e cada mulher que por cá passou, quer no corpo de bombeiros, quer na associação, deixou parte de si e do seu esforço, por vezes parte da própria vida. Se por mais não fosse por este já valeria a pena e o orgulho de estar hoje a tomar posse. Mas é sobretudo por estes que ao assumir as funções de comandante do corpo de bombeiros me percorre um sentimento de grande responsabilidade em preservar o seu legado no que ao comando diz respeito».

    Frisaria de seguida que os desafios e as dificuldades serão muitos, «se quisermos perseguir o maior nível de desenvolvimento organizacional, técnico e operacional. Nem sempre estaremos todos de acordo, nem temos de estar, o importante será mesmo um diálogo leal e responsável. Será o compromisso de cada um de nós independente do cargo ou do posto com vista a encontrar as melhores soluções para melhor servir a nossa população. Ninguém tem a exclusividade da razão e do conhecimento, todos são importantes na construção do nosso futuro coletivo. Temos de ter a humildade de que há sempre mais para aprender e para demonstrar, temos que nos abrir cada vez mais ao conhecimento e ao que comprovadamente melhor se faz no domínio do socorro. O nosso lema é “vida por vida”, mas a nossa base deve ser servir cada vez com maior qualidade as populações de Ermesinde e de Alfena e a população portuguesa em geral». Aproveitando a presença da vice-presidente da Câmara Municipal de Valongo (CMV), Ana Maria Rodrigues, que ali se encontrava em substituição do presidente da autarquia, José Manuel Ribeiro, que por motivos de última hora não pôde estar presente, o comandante dos BVE lançou um desafio à Câmara: o de criar o regulamento de concessão de regalias aos bombeiros, tal como já existe noutros municípios vizinhos. Emanuel Santos ressalvou que com as regalias «quase nulas que estes governos nos dão é difícil manter estes homens e mulheres que diariamente deixam a sua família para estarem empenhados em servir a população do concelho de Valongo».

    No sentido de ajudar a criar esse regulamento foi elaborado um documento conjunto entre os BVE e os Bombeiros Voluntários de Valongo (BVV) que o comandante Emanuel Santos entregou à vice-presidente da Câmara.

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    Emanuel Santos elencaria posteriormente algumas das metas a alcançar nesta sua missão de comando. Fortalecer os diversos patamares dos bombeiros, que na ótica do comandante não devem ser entendidos como patamares de degrau, mas sim patamares de caminho, usados para caminhar, «para passo a passo avançarmos no bom caminho. O nosso comando será um comando que tentará liderar fundamentalmente pela competência e pelo exemplo, sem deixarmos de ser o amigo sempre pronto a escutar os problemas de todos. Continuaremos a avaliar e a valorizar as pessoas que connosco trabalham, fundamentalmente em função das suas competências, da capacidade de relacionamento, da integridade e interajuda. Tentaremos sempre integrar o diálogo e usar o melhor juízo no nosso processo de decisão. Tentaremos ser justos, rigorosos e integradores das diversas correntes de pensamento existentes no corpo de bombeiros». Para Emanuel Santos o comando é uma equipa e é nesse sentido que pretende trabalhar, disse, não sem antes deixar agradecimentos aos elementos do comando, aos seus antecessores, pela experiência e conhecimento que lhe transmitiram; ao presidente da Direção da AHBVE, Jorge Videira, «pela confiança que deposita em mim e sobretudo pelo brilhante trabalho que tem feito por esta casa»; aos restantes órgãos sociais pela «coragem que têm para se dedicar a gerir esta associação, são eles os bombeiros sem farda que dedicam o seu tempo livre a criar condições para esta associação de bombeiros»; aos bombeiros, independentemente do seu posto ou cargo, «pois com eles aprendi, aprendo e aprenderei até ao fim, são bombeiros no melhor sentido da palavra, saberão auxiliar-me, a progredir no melhor dos caminhos»; ao quadro de honra «pelos anos que dedicaram a servir a nossa causa, tendo muitos deles partilhado o ativo comigo, eles são a prova viva de que o bombeiro não tem limite de idade»; e ainda ao comandante Bruno Fonseca (BVV), «pela amizade, colaboração e interação que tem comigo e com o nosso corpo bombeiros. Aos BVE muito obrigado e lembrem-se sempre que juntos somos mais fortes».

    RASGADOS ELOGIOS AO NOVO COMANDANTE

    E CRÍTICAS AO PODER CENTRAL

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    Na mesa de honra desta cerimónia estiveram Serafim Santos (presidente da Assembleia Geral da AHBVE), Ana Maria Rodrigues (vice-presidente da CMV), José Miranda (presidente da Federação de Bombeiros do Distrito do Porto e representante da Liga de Bombeiros Portugueses), Albano Teixeira (Segundo Comandante Distrital de Operações de Socorro do Porto), João Morgado (presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde), Arnaldo Soares (presidente da Junta de Freguesia de Alfena) e o próprio Emanuel Santos.

    Jorge Videira recordou os dois períodos em que Emanuel Santos ocupou o comando em regime de substituição, «reconhecendo-se nele, durante o tempo que comandou, a competência e lealdade para com a Direção e em particular com a minha pessoa, quer no trato, quer na prontidão, bem como na procura de soluções que sempre procurou encontrar». Mostrando-se certo de que com Emanuel Santos ao comando da corporação «o barco ancorará em bom porto», o dirigente lembraria ainda que com a escolha do lugar de comandante em aberto foi opção unânime por parte da Direção em propor ao Comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil o nome de Emanuel Santos. Unanimidade que se verificou igualmente em todos os chefes de grupo, que entregaram um documento à Direção da AHBVE antes da reunião em que este assunto foi tratado onde propunham a nomeação de Emanuel Santos.

    «Comandante, neste seu novo ciclo, para além do conhecimento e da capacidade de comandar que lhe reconheço, lembre-se sempre que nas decisões tem de ser justo, imparcial, assertivo, comunicativo, motivador e que o trabalho é sempre realizado em equipa. Estas são algumas das vertentes que levam ao sucesso de um líder. Confiamos em si, desejamos-lhe sucesso, conte com os órgãos sociais», concluiu Jorge Videira.

    Além de rasgados elogios a Emanuel Santos, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito do Porto, José Miranda, aproveitou a oportunidade para lançar duras críticas ao Poder Central face à pouca atenção que este tem tido para com os bombeiros portugueses.

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