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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-11-2019

    SECÇÃO: Destaque


    PROJETO “SAIBREIRAS - PINTAR O FUTURO”

    Por entre sonhos e motivações os jovens do Bairro das Saibreiras querem mudar o futuro através da arte

    O exercício da cidadania em prol do desenvolvimento da sociedade é não só um direito como um dever que cabe a cada um de nós no dia-a-dia. É um exercício que não tem estrato social, religião, etnia, ou… idade. “De pequenino é que se torce o pepino”, uma expressão popular que encaixa nesta perspetiva de que a cidadania – na sua plenitude, como um conjunto de valores, direitos e deveres a serem praticados – deve começar a ser exercida desde tenra idade, pois é na infância que aprendemos a ver o Mundo, a agir e a interagir em comunidade.

    Esta breve e muito sucinta reflexão sobre quando a cidadania deve nascer em cada um de nós serve de introdução ao projeto “Saibreiras - Pintar o Futuro”, que fomos conhecer neste mês e do qual damos conta nas linhas que se seguem. Em linhas gerais, este é um projeto da Associação Helpo, em parceria com a Vallis Habita e a Associação Ermesinde Cidade Aberta e que tem como finalidade trabalhar os sonhos e motivações dos jovens, maioritariamente entre os 12 e os 18 anos e residentes no empreendimento de Habitação Social das Saibreiras, em Ermesinde, dando-lhes oportunidade de dar significado às suas experiências e demonstrando que através da arte podem expressar-se e deixar a sua marca no citado bairro. As sessões têm decorrido no Centro de Animação das Saibreiras e o produto final será uma expressão artística no bairro, que prevê a melhoria de espaços não só sinalizados pelas entidades competentes como alvos de intervenção, mas identificadas pelos próprios jovens.

    Foto PROJETO "SAIBREIRAS - PINTAR O FUTURO"
    Foto PROJETO "SAIBREIRAS - PINTAR O FUTURO"
    Deslocámo-nos ao Centro de Animação das Saibreiras, a casa da Associação Ermesinde Cidade Aberta (ECA), para conhecer um pouco melhor um projeto que nos seria detalhadamente esmiuçado por duas das quatro técnicas que fazem parte do núcleo duro da equipa que coordena esta ideia. Susana Bilber (técnica da Ação Social da ECA) e Marisa Silva (técnica Assistente de Projetos da Associação Helpo) receberam-nos pouco antes do início de mais uma sessão onde este grupo de jovens se prepara para mais uma manhã de libertação de sonhos e motivações. São 10 os jovens que estão inseridos num projeto que tem igualmente como objetivo mantê-los - a esses jovens, claro está - afastados de situações de risco, possibilitando-lhes a prática de atividades artísticas e em simultâneo fazer com que experienciem situações que os tornem mais conscientes do seu papel ativo, não só na sua vida como no próprio bairro que habitam, no sentido de através da arte ali deixarem uma marca própria, trabalhando, neste aspeto, a questão do sentido de pertença à comunidade, de criar a própria identidade deles num espaço que no fundo é o seu espaço, segundo nos foi explicado inicialmente pelas duas interlocutoras.

    “Saibreiras - Pintar o Futuro” é um projeto que foi iniciado em outubro último, e que de lá para cá - ao longo das cinco sessões já realizadas até à data desta entrevista - tem trabalhado, através de diferentes dinâmicas, os tais sonhos e motivações destes jovens, sendo que a grande meta final será a materialização dessa expressão artística a ser deixada no Bairro das Saibreiras. Além de Susana Bilber e de Marisa Silva, integram a equipa que coordena este projeto pioneiro no seio do nosso concelho a arquiteta voluntária Joana Fonseca, que assume a “pasta” da assessoria criativa, e Filipa Oliveira, estagiária de Psicologia na Associação Helpo.

    Como tudo na vida também este projeto teve um início, e esse início dá-se no seguimento de um levantamento realizado pela Helpo sobre as necessidades de um bairro com cuja comunidade esta organização não governamental - com sede em Lisboa - mantém contacto no seu dia a dia, tendo em conta que muitos dos habitantes daquele empreendimento social frequentam a Loja Social que a Helpo tem em Ermesinde. Espaço este, e faça-se aqui um parêntese, que se situa na passagem inferior da Estação dos caminhos-de-ferro, estando, além dessa loja social, ali instalado o escritório da delegação do norte desta organização.

    Foto PROJETO "SAIBREIRAS - PINTAR O FUTURO"
    Foto PROJETO "SAIBREIRAS - PINTAR O FUTURO"
    Posto este levantamento inicial das necessidades no bairro, a Helpo entrou em contacto com as entidades que no terreno trabalham diariamente com aquela comunidade, chegando assim ao contacto com a ECA, uma associação que desde longa data desenvolve um trabalho de proximidade com esta população. Paralelamente a este contacto inicial, a Helpo tentou perceber se, a nível concelhio, este trabalho social de âmbito artístico com esta faixa etária estava já a ser feito, no sentido de não estar a replicar projetos. Constatando que não, que esta ideia era pioneira ao nível destas idades, a Helpo deitou mãos à obra juntamente com a ECA, às quais, mais à frente, se juntou a Vallis Habita, a empresa municipal responsável pela gestão habitacional dos empreendimentos sociais no concelho. «A Helpo promove o projeto mas sozinhos não conseguiríamos chegar até aqui, porque há um conhecimento da realidade por parte de outras entidades e só em rede conseguiríamos ter estes resultados. O caminho da Helpo ficou mais facilitado com a parceria com a ECA e a Vallis Habita», diz Marisa Silva.

    Muitos dos jovens que abraçaram de pronto o projeto não só cresceram no bairro como também já participaram em anteriores projetos de inclusão através da arte em que a ECA esteve - ou está - envolvida. «Há aqui miúdos com percursos muito interessantes na área da arte, inclusive um deles está ligado à gestão artística porque frequenta a Escola Artística Soares dos Reis. São miúdos com uma visão muito criativa. Aquilo que lhes foi apresentado foi, de alguma forma, dar continuidade a alguns projetos de inclusão através da arte em que muitos deles já tinham participado, casos do “Saibreiras Bairro de Artes, ou do “Entulheca Som”. Mas desta vez o desafio era maior, porque achamos que eles tinham de ser ouvidos para fazer uma possível reabilitação dos espaços que seriam a casa deles, neste caso o bairro de uma forma ampliada, isto é, os espaços verdes do bairro e mesmo na estrutura arquitetónica deste. Isto porque também tivemos conhecimento que a Vallis Habita - que na altura também foi convidada para esta parceria - teria em mente para o próximo ano fazer a reabilitação de alguns espaços que estão um bocadinho degradados nos bairros que gerem, inclusive o das Saibreiras». explicam.

    DEIXAR MARCAS PARA O FUTURO ATRAVÉS DOS SONHOS

    Foto PROJETO "SAIBREIRAS - PINTAR O FUTURO"
    Foto PROJETO "SAIBREIRAS - PINTAR O FUTURO"
    Como qualquer outro projeto também este carece de apoios. E na rampa de lançamento de “Saibreiras - Pintar o Futuro” a equipa coordenadora efetuou uma candidatura a um fundo social criado pelo BPI. O projeto ficou-se pela 2.ª fase deste concurso, não conseguindo ser selecionado para a fase final, mas mesmo assim os três parceiros (Helpo, ECA e Vallis Habita) acharam pertinente que a ideia avançasse, «pois era importante que estes miúdos que aqui moram deixassem a sua marca no bairro. Marca essa que nós decidimos que seria a voz deles expressa de uma forma artística, de arte urbana, fosse ela em graffiti, fosse uma pintura, fosse através da fotografia, fosse através de uma frase, fosse através de uma exposição itinerante a céu aberto, que possivelmente irá acontecer, espelhando os sonhos e as motivações que eles têm. No fundo, algo que espelhe o que é que eles queriam não só para o bairro mas também para o futuro deles. Então a nossa ideia é que esses sonhos e essas motivações que eles nos têm transmitido ao longo destas sessões, essas ambições que nos têm transmitido, cheguem à comunidade, conquistem a Vallis Habita no sentido de autorizarem a expressão artística que eles vão escolher, sendo que para isso convidámos alguns artistas urbanos para nos poderem ajudar na concretização desses sonhos e motivações. Isto porque, estes miúdos partilham frases, deixam-nos desenhos, pensamentos, onde espelham esses tais sonhos e motivações, mas depois para concretizar isto de uma forma apelativa para a comunidade vamos precisar de alguém da área artística que nos ajude. Daí termos já feito alguns contactos com artistas que no fundo vão compilar todas as ideias reunidas e formar um resultado final que espelhe aquilo que os jovens vêm trabalhando ao longo das sessões».

    Este contacto direto com artistas e diferentes expressões de arte é pois uma segunda fase do projeto, sendo que a primeira ainda passa pela equipa coordenadora estar com os jovens, ouvi-los, captar e trabalhar as ideias que eles trazem, sair para o terreno, o mesmo é dizer para o bairro, para perceber o que eles querem mudar e ver reabilitado.

    A terceira fase será a implementação dessas ideias, desses sonhos e motivações, a materialização do conteúdo trabalhado ao longo das duas primeiras fases e deixar assim a tal marca artística como resultado de todo o trabalho que tem vindo a ser feito.

    «Estão a ser feitos pedidos de autorização formal para podermos avançar com intervenções nas zonas dos jardins comuns, que era um dos espaços em que havia necessidade de intervir. Os próprios miúdos identificaram-se com a falta de vida dos jardins e o que eles pretendem é dar cor, vida, reabilitar esses espaços verdes. Eles identificaram ainda algumas entradas de blocos que não gostam da forma como se apresentam, que não estão bem cuidadas pelos moradores, e aí teremos de ter autorização dos moradores para intervir no âmbito do projeto. O polidesportivo que existe no bairro também vai ser reabilitado pela Vallis Habita e simultaneamente há já aqui uma ideia que será apresentada por estes jovens para embelezar aquele espaço, que é também um espaço de utilidade não só para eles como também para todos os moradores do bairro. Estas são apenas algumas ideias que eles nos transmitem. Neste momento são as grandes vertentes em que estamos a trabalhar e não temos datas já definidas para terminar o projeto, depende de como vai decorrer, e estamos dependentes da Vallis Habita que tem o seu próprio caderno de encargos, e portanto, a terceira fase, a da implementação, já será no início do próximo ano».

    Voltando um pouco atrás, e no que concerne aos apoios, a equipa coordenadora vai estando atenta a possíveis linhas de financiamento às quais se possam candidatar. No entanto, e através de parcerias, o projeto tem angariado alguns apoios de âmbito mais prático, digamos assim, como por exemplo tintas. «É uma rede de parcerias que estamos a tentar mobilizar para conseguirmos fazer face aos custos. Além de que temos a disposição da Vallis Habita no sentido de depois nos ajudar em termos de materiais e da implementação das ideias».

    «ESTES MIÚDOS SENTEM QUE TÊM VOZ...»

    SUSANA BILBER E MARISA SILVA
    SUSANA BILBER E MARISA SILVA
    O entusiasmo e motivação com que desde o início este grupo de jovens encara este projeto é outro aspeto que as duas interlocutoras foram sempre sublinhando ao longo desta conversa. «Esta ideia de deixar uma marca deles que vai ficar para o futuro está a deixá-los super orgulhosos e motivados. Mesmo para nós (equipa coordenadora) este tem sido um desafio, porque eles são muito criativos e gostaram tanto desta ideia que se aplicaram muito. Fazem listas de locais (no bairro) que gostariam de ver reformulados, fotografam esses locais que acabam por ser pontos de encontro entre eles, falam-nos de espaços que eles acham que não estão assim tão bem e que devíamos propor à Vallis Habita e à Câmara para que ali se faça algo de diferente. Achamos que eles veem este projeto como algo já bastante valioso, porque ajuda a motivá-los a pensar, a refletir, neste caso sobre a realidade em que vivem, que não é má, que não pode ser estigmatizante, não é, pois este bairro atualmente não tem nada de dramático», diz Susana Bilber que enquanto técnica de Ação Social há já 14 anos que trabalha junto da comunidade do Bairro das Saibreiras.

    Acrescenta que “Saibreiras - Pintar o Futuro” incutiu desde logo neste grupo um sentido de comunidade, um sentido participativo, explicando que eles sentem que são cidadãos ativos e que têm voz, e que não são só os pais, o presidente da Junta ou o presidente da Vallis Habita que têm voz. «Estes miúdos têm voz e podem ajudar a concretizar a mudança da realidade onde vivem e isso é a capacitação. Eles já crescem a dizer “eu posso fazer isto, eu posso fazer aquilo, é importante eu dar a minha opinião”. Eles agarraram esta ideia com muito orgulho, como que: “alguém vai ouvir-nos”».

    Susana Bilber opina mesmo que este sentido de civismo, do ser pró-ativo, por vezes não acontece tão facilmente na faixa etária adulta, «e os miúdos, é engraçado, começaram logo pela parte positiva, começaram logo a dizer “aquilo não está assim tão bem, pode ficar melhor”, ou seja, criticam mas logo a seguir sugerem, dão ideias e sugestões para melhorar. Aliás, nós partimos, desde o início, do pressuposto de que não íamos trabalhar com eles aspetos negativos, partimos sempre do lado positivo, daí trabalharmos os sonhos e as motivações que eles nos trazem».

    Segundo nos dizem Susana Bilber e Marisa Silva, uma das grandes ideias iniciais do projeto é fazer com que no decorrer das sessões estes jovens se venham a organizar numa espécie de movimento cívico e que depois possam deixar frutos no bairro para que posteriormente haja o envolvimento de outros jovens.

    REABILITAR É UM SONHO, MAS HÁ OUTROS!

    Foto PROJETO "SAIBREIRAS - PINTAR O FUTURO"
    Foto PROJETO "SAIBREIRAS - PINTAR O FUTURO"
    Mas não é apenas o sonho de mudar, ou reabilitar neste caso, algo no seu bairro que estes jovens carregam consigo. É também o sonho da liberdade, expressa em coisas tão simples, como tirar a carta de condução, de viajar, de ser autónomo, de seguir uma carreira no exército ou na polícia para ajudar a construir uma sociedade com regras.

    Esta envolvência dos jovens com o projeto é estendida às próprias famílias. Envolvência essa que é, aliás, propositada, pois as duas técnicas recordam que no início, quando foram a casa destes jovens falar com os encarregados de educação para lhes dar a conhecer o projeto e no sentido de motivar estas crianças e adolescentes a virem à primeira sessão, existiu prontamente um entusiasmo dos próprios progenitores. «A ideia é também envolver as famílias, que assim que as contactámos começaram logo a sugerir a construção de equipamentos no bairro, ou seja, ficaram também elas motivadas e isso foi para nós surpreendente, porque as pessoas gostaram do projeto».

    O interesse em volta de “Saibreiras - Pintar o Futuro” ultrapassou já as fronteiras do bairro, digamos assim, e dos jovens que semanalmente - até aqui aos sábados de manhã - integram o projeto. A própria Associação de Pais da Escola Básica das Saibreiras já mostrou interesse em integrar o projeto, com o intuito de, e de alguma forma, poder reabilitar os espaços da escola, utilizando os sonhos e a “mão-de-obra” destes miúdos para prolongar na escola o que se quer fazer no bairro, até porque muitos dos jovens que habitam no empreendimento social das Saibreiras também frequentam a escola. Aqui a ideia pode passar por trabalhar este projeto em determinadas disciplinas na escola e posteriormente poder materializá-las no local, de acordo com as duas técnicas.

    O projeto tem, segundo nos dizem, futuro, ou seja, é para continuar mesmo depois da conclusão da terceira fase, isto é, da implementação dos sonhos e ideias deste grupo de jovens. Aliás, e de acordo com Marisa Silva, a filosofia de trabalho da Helpo é investir em algo - projetos - que tem sustentabilidade para continuar, caso contrário, caso não houvesse essa continuidade, esta organização não estaria envolvida.

    Susana Bilber e Marisa Silva frisam que o objetivo final deste projeto não é de todo o reabilitar do Bairro das Saibreiras, mas sim no sentido mais pessoal, ou seja, de capacitar estes jovens para algo, «de serem alguém, e portanto este processo também nos interessa manter. Interessa-nos continuar a trabalhar estes miúdos, até porque eles já criaram uma rede informal de apoio entre eles e com certeza eles próprios, no futuro, cuidarão destes espaços. Disso não temos dúvidas. Porque eles estão a identificar-se muito com tudo isto. No fundo, eles próprios vão apadrinhar aquele espaço que futuramente será reabilitado, vão cuidá-lo, vão protegê-lo, não vão permitir que haja vandalismo», referem as nossas interlocutoras que traçam como extremamente positivo o balanço destes primeiros passos do projeto.

    SONHOS MÚLTIPLOS MAS COM UM SÓ OBJETIVO: UM BAIRRO MELHOR

    QUATRO DOS JOVENS COM QUEM CONVERSÁMOS
    QUATRO DOS JOVENS COM QUEM CONVERSÁMOS
    Finda a conversa com as duas coordenadoras do projeto, trocámos breves palavras com alguns dos jovens que dão vida ao “Saibreiras - Pintar o Futuro”, no sentido até de perceber que ideias, ou sonhos, eles trazem consigo para mudar, ou reabilitar, o bairro que habitam. Cláudia Pinto, de 18 anos, estudante na freguesia vizinha de Águas Santas, começa por sublinhar que desde o início este projeto a cativou. E porquê? «Porque tenho o sonho de mudar o meu bairro, de ter parques para as crianças brincarem, de ter plantas mais bonitas, em suma, um bairro melhor».

    Um dos elementos mais novos é Bernardo Carvalho, de 10 anos, que tem em mente uma ideia bem clara do que quer mudar no seu bairro: o ringue (polidesportivo). «Pretendia fazer algumas mudanças lá, porque as redes estão furadas e não há balizas, basicamente quero remodelar o ringue porque gosto de futebol».

    Bastante ativo e dinâmico, João Pedro Andrade fez questão de falar à nossa reportagem no sentido de também ele fazer ouvir a sua voz... criativa. Diz que gosta de desenhar, de usar a sua criatividade, e quer usar esse talento para que o seu bairro fique mais bonito... «para quando as pessoas lá passarem dizerem que o bairro é bonito», diz-nos, sem, no entanto, saber ainda muito bem, em concreto, o que pretende implementar. «Ainda não cheguei lá... mas espero que seja uma coisa em grande!».

    Também Paula Letícia Vieira, de 14 anos, diz-nos que desde o princípio achou este projeto muito interessante, um interesse e motivação que no seu caso em concreto foram crescendo à medida que as sessões iam sucedendo. Tem uma ideia daquilo que quer implementar no bairro, será uma mensagem, que mais do que ficar na retina de quem a ler faça com que ninguém desista dos seus sonhos. «Gostava de fazer um desenho ou uma frase que exprimisse os nossos sonhos, porque todos no bairro temos sonhos, e muitas pessoas desistem deles muito facilmente. E então a mensagem que gostaria de passar era de que não queremos desistir dos nossos sonhos, por mais difíceis que sejam».

    Por: Miguel Barros

     

     

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