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    Arquivo: Edição de 30-09-2019

    SECÇÃO: Opinião


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    VAMOS FALAR DE ASSOCIATIVISMO (18)

    Programa de Capacitação de Dirigentes Associativos – PO ISE 288

    O Curso de Estudos Avançados em Gestão e Dinamização Associativa, no âmbito da Operação de Capacitação n.º POISE 288, vai ter o início das suas 2ªs edições já no próximo dia 19 de outubro, no Porto, e no dia 26 do mesmo mês, em Lisboa.

    O Curso permite a participação de dirigentes de norte a sul do país. As aulas realizam-se nas instalações da Universidade Lusófona do Porto e de Lisboa.

    A importância da continuidade deste processo formativo justifica-se pelo êxito conseguido durante as 1ªs edições do curso, as quais também tiveram lugar no Porto e em Lisboa. Aliás, este é um processo que de uma forma ou de outra dá continuidade a muitas outras formações associativas, decorridas em anos anteriores, mas agora noutros moldes.

    Para além disso, revela a atenção prestada pela Confederação Portuguesa das Coletividades à Capacitação de Dirigentes, que a par de outras importantes iniciativas e responsabilidades assumidas a nível nacional, eleva assim o prestígio que tem conseguido obter pela sua persistência em acompanhar as várias frentes de ação e representação da sua atividade, em espaços da economia social, com enormes reflexos na defesa do movimento associativo nacional.

    Numa breve análise à participação nos Estudos Avançados, destaco as várias matérias dadas em forma de módulos, tais como: As Associações em Portugal, Passado Presente e Futuro; Área Financeira para não Financeiros; Planeamento Estratégico e Cultura Organizacional; Introdução ao Estudo da Legislação Associativa; Comunicação e Marketing; Fiscalidade do Setor Associativo; O (novo) Regulamento Geral de Proteção de Dados; Liderança e Gestão de Equipas,entre outros módulos. Todos estes módulos de idêntica relevância para os objetivos propostos.

    Destaco ainda o módulo Liderança e Gestão de Equipas, pela sua reconhecida relevância, enquanto fator de enorme pertinência para auto-valorização e aquisição de competências para saber dirigir e liderar com sucesso.

    Tal tema, é de todo importante na sua correta aplicação, a áreas de atuação e utilização, como um simples prolongar de todos os outros temas em questão. Assim nos dizem experiências de vária ordem, neste nosso caminhar de envolvimento com as várias experiências associativas que vão desde a ação do poder local autárquico, da ação partidária, da economia social, da vida sindical e outras, áreas com enorme influência de quadros dirigentes associativos formados ao longo da vida nas nossas coletividades.

    Esta formação associativa, com o ato de lidar com os outros dirigindo ou sendo dirigidos, permitiu o desenvolvimento de saberes empíricos, como “um facto que se apoia somente em experiências vividas, na observação de coisas, e não em teorias e métodos científicos”. Foi este nosso modelo de envolvimento que nos foi transportando até à data de hoje, para tempos que nos permitem outros saberes, com formações adquiridas no âmbito escolar académico, permitindo ainda e muito bem, um envolvimento destes dois saberes – a experiência prática e a teoria.

    Alguns tópicos do módulo de formação, em “Liderança e Gestão de Equipas” (da responsabilidade do Professor, Pedro Costa Malheiro):

    a) Os aspetos críticos da liderança. Diferença entre ser líder e dirigente

    b) identificação dos pontos fortes e áreas com potencial de melhoria em relação às competências da liderança

    c) Adotar estilos de liderança que provoquem ressonância emocional nos colaboradores

    d) Compreender as variáveis pessoais, da equipa e do contexto, que mais influenciam a escolha dos estilos de liderança mais adequados

    e) Saber utilizar estilos de liderança dissonantes com cuidado e nas situações adequadas. Aprofundar os mecanismos da “dissonância” na liderança e as suas condicionantes

    Ainda como objetivos ;

    f) Desenvolver competências sócio emocionais críticas na liderança: tais como autoconsciência, autocontrolo, empatia e influência

    g) Promover na sua equipa as características de uma equipa eficiente

    h) Aumentar a Inteligência Emocional dos Grupos: a equipa autoconsciente, a equipa autodirigida, e a equipa empática

    i) Elaboração de um projeto individual de desenvolvimento de competências de liderança.

    Com algum exercício de maior reflexão, avaliem-se sempre os objetivos mencionados, numa perspetiva de procura de modelos e estilo de trabalho e de liderança, conhecendo-os e utilizando-os corretamente como forma de os aplicar à gestão da sua/nossa equipa diretiva, e claramente motivadores.

    Importante também, a saliência prestada ao “Ciclo de Gestão” que nos permitirá trabalhar conhecimentos em como planear, organizar, controlar e liderar equipas.

    Aos dirigentes que receberam esta formação, e aos que agora a vão iniciar, fica o desafio de trabalharmos na perspetiva de levar estes conhecimentos e capacitação, para além da sua coletividade.

    Adelino Soares*

    *CPCCRD

     

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