Subscrever RSS Subscrever RSS
Edição de 30-11-2024
  • Edição Actual
  • Jornal Online

    Arquivo: Edição de 30-09-2019

    SECÇÃO: Destaque


    Alguns dados da histórica Fábrica de Sá

    Foto ALBERTO BLANQUET
    Foto ALBERTO BLANQUET
    Fundada nos princípios do séc. XX, no lugar de Sá, logo se afirmou como uma das mais importantes unidades industriais de Ermesinde, pela sua vastidão, instalações, quantidade de operários e, sobretudo, pela qualidade e perfeição dos seus artigos de então: panos crus, panos famílias e cotins.

    A referida unidade fabril foi uma das mais antigas desta cidade e foi fundada pelo grande industrial portuense Manuel Pinto de Azevedo, e o seu primeiro sócio gerente foi o ilustre ermesindense e convicto republicano, Amadeu Vilar.

    Dispunha de uma padaria destinada exclusivamente ao fornecimento de pão aos operários, de uma cooperativa de consumo, onde eles poderiam abastecer-se dos géneros de primeira necessidade, a preços muito mais baixos que os do circuito comercial normal e de uma cantina, também destinada aos operários.

    Sucedeu-lhe na gerência desta unidade fabril o também ilustre ermesindense Luís Soares.

    A fábrica ganhou uma tal dimensão e valor, que as doze Companhias Seguradoras da Empresa tinham sede em Londres e o pagamento dos respetivos prémios eram feitos em libras esterlinas, através de cheque.

    Da descrição da fábrica, para efeitos de seguro constava a existência de um para-raios no edifício principal; átrio; consultório médico; casa do porteiro; dobragem e armazém de tecidos; escritório da gerência; depósito de acessórios; escritório da fábrica; depósito de fio, acessórios e lubrificantes; oficina de eletricista e de solaineiro; tecelagem (220 teares); fiação; preparação da tecelagem; gomagem; preparação da fiação; depósito de algodão; refrigeração; cabine de transformação; força motriz; caldeiras; arrecadação; forja; serralharia; tinturaria e depósito de farinha para gomas; carpintaria; extração de água e soldadura a autogénio; armazém de sucata; bomba de incêndio; depósito de tintas; arrecadação; depósito de desperdícios; sentinas e balneário; lavatórios; moagem; depósito da moagem; depósito de óleos e gasolina; habitação, cozinha e refeitório; e chaminé das caldeiras.

    A Fábrica de Fiação e Tecidos dispunha de uma motobomba com motor de quatro cilindros, acoplada a uma bomba centrífuga de incêndio, mangueiras, agulhetas, escadas, acessórios e extintores químicos; no terreno da fábrica existem três poços privativos da mesma, e dentro da fábrica existiam bocas-de-incêndio com as respetivas mangueiras, alimentadas por uma bomba a vapor. A iluminação já era elétrica em toda a fábrica. A limpeza geral era feita semanalmente e as secções mais perigosas estavam isoladas das restantes secções da fábrica, com dois guarda-fogos e porta de ferro. MAD

     

     

    este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu
    © 2005 A Voz de Ermesinde - Produzido por ardina.com, um produto da Dom Digital.
    Comentários sobre o site: [email protected].